Não passarão

A enchente na Avenida da Liberdade e nos Aliados fez-me perceber que me deixei alarmar em demasia com o protesto eleitoral que reforçou a extrema-direita.

Preocupado estaria se, ao invés de captar um voto de protesto conjuntural, os herdeiros do Estado Novo fossem capazes de encher as ruas com dezenas ou mesmo centenas de milhares de pessoas a celebrar o 11 de Março.

Contudo, o máximo que os vi fazer foi encher o pequeno auditório de uma livraria, para ouvir homens a preto e branco defender que a mulher devia estar na cozinha e que a violência doméstica não existe porque elas não se queixam. É repugnante, bem sei, mas o 25 de Abril que tanto desprezam deu-lhes a possibilidade de arrotar estas e outras verborreias.

Combatam-se os saudosistas com a razão.

Não passarão.

Comments

  1. JgMenos says:

    Os abrilescos prosseguem na sua idiotia de que a mediocridade das suas realizações só podem ser disputadas por saudosistas do Estado Novo.
    A grande panaceia da sua indigência é recordar condições de vida de há 50 a 98 ano atrás, de a guerra só ter continuado em África com africanos.
    E quanto à Liberdade, o mais espantoso é acreditarem-se como seus paladinos como se isso se reduzisse a puderem dizer quanta besteira lhes passe pela cabeça enquanto constroem um qualquer corretês para consumo geral.
    As comemorações tiveram o significado de recusa da apropriação da festa por bandeiras vermelhas, e isso bem lhes doeu!

    • Tuga says:

      Estimado Salazarento menor

      Para azia persistente como parece ser o teu caso,
      aconselho qualquer produto como akka selza, rennie ou semelhante.
      Os teus colegas PIDES andam a tomar esses medicamentos há 50 anos e infelizmente alguns ainda estão vivos.
      Como estão vivos ainda alguns da rede bombista do MDLP que deves conhecer muito bem

  2. POIS! says:

    Pois “ser disputadas”?

    “Mediocridade”? Ora, como é que um saudozeiro do estado novo e salazaresco encartado não é levado a louvar as fascinantes realizações do mesmo: 32% da população a viver e a morrer da agricultura, 30 % de mulheres analfabetas e 20% dos homens, menos de 3% de jovens no ensino secundário, e ainda muito Menos no superior (não se conseguia fazer melhor, em 48 anos???), uma taxa de mortalidade infantil de 37/1000 (número enganador, dada a discrepância entre meios urbanos e rurais, onde estava ao nível das do 3º Mundo…), um milhão de portugueses em férias na famosa “Côte du Bidon” (alguns dos quais recusavam os belos “safaris” em África que o Estado lhes proporcionava, com a desculpa do “mau cheiro das zebras”), milhares e milhares sem qualquer perspetiva de assistência médica, 21 mil famílias a viver em bairros da lata só em LIsboa e arredores, a maioria das casas sem saneamento básico, nem água canalizada, nem casa de banho, ainda Menos sem banho…

    Fiquem lá com a taça, ó saudozescos do estado salazarovo…

  3. Figueiredo says:

    Não esquecer a dr.ª Celeste Caeiro que no dia do golpe de Estado da OTAN em 25 Abril de 1974 “distribuiu” os cravos vermelhos – que só florescem em Portugal no final de Maio e início de Junho – chegados em contentores a Portugal no dia 24 de Abril e foram distribuídos por viaturas da OTAN pelas unidades afectas ao golpe.

    • POIS! says:

      Pois, e os tanques de cavalaria 7 já lá estavam há três dias, só que disfarçados com panos por cima estampados . Com os militares, que os tanques eram muito modernos tinham casa de banho e tudo!

      E na véspera colocaram lá a estátua do D. José no Terreiro do Paço porque aquilo estava muito descampado e dava mau aspeto para as televisões que vinham cobrir o golpe.

      Há muita coisa ainda por explicar!

    • Tuga says:

      Figueiredo

      Fala constantemente num golpe militar patrocinada pela NATO num dia 25.
      Tem razão mas o mês e o ano estão errados. O ano foi em 1975 e o mês foi Novembro.

      Com o alto patrocínio do Sr Carlucci.

      Tirando esses pequenos pormenores tem toda a razão

      • Figueiredo says:

        Esqueceu-se do dr. Henry Kissinger.

        Após o golpe de Estado da OTAN em 25 de Abril de 1974, Portugal entra no chamado “Processo Revolucionário em Curso” (“PREC” 1975-1976) preparado e dirigido pelo dr. Henry Kissinger e o dr. Frank Carlucci, que quase levou o País para a guerra civil.

        • Tuga says:

          Claro. Dizem até que foi kissinger que forneceu as bombas com que a organização do cônego Melo, conhecida também pelo MDLP, assassinou o padre Max. E no 11 de Março foi ele também o piloto que bombardeou o RALIS na Portela, tendo morto 3 soldados que estavam a xonarna caserna. Sempre foi um operacional esse kissinger

          • Tendo em conta o que andavam pela europa a fazer, só punha as mãos no fogo pelo 25 de Abril.

          • Figueiredo says:

            E por falar nos 50 anos do golpe, deixo aqui estas palavras de André Dias para que os Portugueses chamais esqueçam os crimes que o ilegítimo, tirânico, criminoso, corrupto, e anti-democrático regime/liberal maçónico imposto pelo golpe de Estado da OTAN em 25 de Abril de 1974 cometeu contra os Portugueses:

            «Ainda sou do tempo que foi proibido celebrar o 25 de abril na rua.
            Ainda sou do tempo que mais de 5 pessoas era um aglomerado de pessoas ilegal.
            Anda sou do tempo que os pais não podiam ver os filhos sem provar a sua pureza.
            Eu lembro me de velhinhos que morreram encarcerados sem filhos pudessem visitar.
            Ainda sou do tempo que expressar a palavra liberdade dava direito a multa, perseguição e ostracismo.
            Ainda sou do tempo que pessoas inocentes encarceradas por decisão de um burocrata, por denúncia de um vizinho, sem julgamento ou sequer ser ouvido por um juiz.
            Ainda sou do tempo que “tudo pela segurança” era o mote.
            Eu sou do tempo que uma sociedade tinha medo de mostrar a cara.
            Eu sou do tempo que o grande líder dizia que “não interessa o que diz a constituição.
            Eu sou do tempo que os contratos do estado não são publicados, entregues aos amigos dos decisores.
            Eu sou do tempo que o serviço nacional de saúde fechou e recusou cuidados a quem precisa.
            Eu sou do tempo com livros banidos, mas álcool obeigatorio.
            Eu sou do tempo quando crianças recebiam álcool para entrar na escola, na loja, na rua.
            Na minha época a comunicação social falava a uma só voz, de inimigos terríveis que era imperioso combater.
            Na minha época, as crianças não iam à escola.
            Na minha época as famílias perdiam o emprego porque não tinham a ligação certa, o papel de pureza.
            Na minha época a mortalidade de crianças subiu depois de um século de queda continua.
            Na minha época só os escolhidos podiam viajar para fora do país.
            Na minha época os jovens eram educados a ter medo do corpo, do toque com os outros.
            Na minha época era proibido dançar.

            Eu nasci em 1978

            Eu vivi 25 de abril, de 2020. O dia da grande ditadura decadente. Eu sei do vermelho, não dos cravos, mas do sangue que escorre HOJE na calçada. Eu sei quem o derramou.»

            Fonte: https://t.me/andrediasPhd/4172

          • POIS! says:

            Pois temos de aplaudir a brilhante iniciativa do Sr. Figueiredo em dar tempo de antena aos colegas lá do hospício.

            Realmente a Síndrome do Traumanato, também conhecido pela Síndrome de Traumotan é de muito difícil tratamento, dado que os afetados se deslocam para um universo paralelo, no caso mesmo paralelipipedo, que é a forma que toma o cérebro destes traumatizados.

  4. Tuga says:

    Figueiredo

    O golpe organizado e chefiado
    pelo da terra dos cães, mais tarde premiado, foi em 1975 em Novembro no dia 25.

  5. Figueiredo says:

    Resposta a «POIS! says: 30/04/2024 at 01:50»

    A verdade incomoda.

    • Carlos Almeida says:

      O 25 de Abril organizado pelos americanos da NATO.????
      Tem respeito por quem depois de andar nas guerras de Angola, Moçambique ou Guiné, arriscou a carreira e a vida para combater um regime que conheciam e que não lhes dava alternativa.
      A maior parte dos oficiais que fizeram o 25 de Abril, conheciam as FA e o regime de Salazar há cerca de 10 a 15 anos, incluindo as várias comissões em Africa
      Ainda não existias há 50 anos e falas por ouvires dizer.
      Cresce porque estás coisas são mais complicadas do que os chavões de pós adolescentes.

      A bem da Nação

      Como dizia o outro

      Carlos Almeida

      • Figueiredo says:

        Você não tem argumentos, pobre coitado.

        Pois claro que “arriscaram” a vida, com as costas quentes pelos navios de guerra da OTAN ao largo de Lisboa, qualquer um é um herói.

        E lave as mãos antes de escrever sobre os Ex-Combatentes, como dizia Samora Machel:

        «…Enfrentámos Generais Portugueses corajosos como Caeiro Carrasco e Kaúlza de Arriaga, que nos teriam derrotado.

        Mas não queremos em Moçambique, depois da Independência, esses oficiais e soldados que se renderam cobardemente, nem sequer defenderam aquilo por que morreram tantos dos seus…»

        • Carlos Almeida says:

          Figueiredo

          Estimo as melhoras

        • POIS! says:

          Pois está tudo incomodadíssimo, ó Figueiredo. A vida aí pelo hospício, realmente, não deve ser agradável.

          Principalmente o jantar, que é quase sempre “Sopa da Era Soviética”, “Bacalhau à Nato com batotans” e “Gelatina de Cravos”. Tudo regado com rum cubano.

          E já agora; olhe que o gajo que conheceu aí do hospício que se apresentou como Samora Machel é capaz de não ser o verdadeiro, pelo que deve dar um desconto ao que diz.

          Em que dia fez este discurso? Qual a quantidade de “trotil” ingerido? É que só se encontra referência a isto em blogues de tipos aí do hospício. Cá fora, ninguém ouviu tal coisa.

  6. Votos 1.169.836………

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