Vinte anos depois da sua morte, reencontro A 25ª Hora (1949), a mais conhecida obra de C. Virgil Gheorghiu (1916-1992) e provavelmente indisponível nas livrarias…
O jornal The New York Times escreveu: “who denounced Nazism and Communism in a best-selling novel, “The 25th Hour”.
Transcrevo algumas frases da edição que tenho da Difel, traduzida por Vitorino Nemésio e cujo prefácio é dedicado a Aldous Huxley!:
– Não haverá homem livre à superfície do Globo – disse Traian.
– Definharemos então, sem culpa, nas prisões? -perguntou o delegado.
(…)
Mas não aceito que outros, a não ser eu, me indiquem a maneira como devo viver – e que julgam melhor – e me obriguem a conformar-me com ela. A minha vida é minha. A minha vida não pertence nem ao kolkhose, nem à comunidade, nem ao comissário político. Portanto, tenho o direito de a viver do modo que eu próprio houver escolhido. (…) E recuso-me a viver esta vida à moda soviética. Aqui está porque me mato.
Nora pôs-se a chorar. Traian continuava a atar a corda. Nora segurava com firmeza a outra ponta. (…) A melhor ocasião para nos evadirmos há-se ser quando as sentinelas russas renderem as americanas. (…)
Às seis horas da tarde mandaram sair Traian e Nora da sua cela e meteram-nos num camião americano com outros detidos.
(…)
Em 1967 foi adaptado ao cinema por Carlo Ponti e com a participação de Anthony Quinn e Serge Reggiani (no papel de Traian).
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