As gravuras ainda não sabem nadar?

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No início, de modo simplista, havia isto: a barragem ou as gravuras.
Optou-se, bem, pelas gravuras.
Como sempre, parte da substância foi reduzida a discussões de economês básico: qual a solução que geraria mais dinheiro? A barragem, disseram muitos em coro, começando por boa parte da população local.
Paradoxalmente, a defesa das gravuras do Coa foi, talvez, uma das últimas causas capazes de gerar movimentos engajados e participativos em Portugal, integrando vozes e manifestações activas norte a sul, levando a discussões que envolviam modelos de desenvolvimento e salvaguarda de património cultural.
Ora, um paradoxo gera outros, e grande parte dos defensores nunca visitou o local e os percursos postos ao serviço do público, contribuindo, também assim, para a aparente estagnação actual.
E é pena. Pena, porque, de novo, é a gestão do património comum que está em causa, e pena porque se trata de um programa inesquecível para quem nele participa.
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O Hino da EDP

As gravuras não aprenderam a nadar. A EDP, que agora mete comboios a flutuar nas suas barragens, também não.