Como Se Fora Um Conto – A Srª Maria, o Sr Manuel, e o Orgulho de se Ser Português

A srª Maria e o sr Manuel casaram-se em 2008 entre o Natal e o Ano-Novo. Para ela o primeiro casamento, tardio, pois que quase na casa dos cinquenta anos. Para ele uma repetição.

A srª Maria tem formação em economia e é CEO de um banco, e o sr Manuel foi Ministro das Finanças e é uma pessoa muito importante num partido político, ambos da África do Sul.

A srª Maria é uma das mulheres mais influentes do Mundo, segundo uma revista importante, a Fortune. Diz-se por lá até, que é a nona mulher mais influente do planeta.

Para esta crónica o sr Manuel deixa aqui de ter interesse. Não é Português nem nasceu em Portugal. É uma pessoa que não nos diz nada seja a que título for. As suas relações sanguíneas e familiares com o nosso País, são nulas. Só foi aqui falado pelo peculiar nome, que faria lembrar um qualquer ancestral lusitano, e pelo seu casamento com a srª Maria

Para esta crónica a srª Maria continua a ter interesse. Não é Portuguesa mas nasceu em Portugal, na capital do que um dia foi um Império. [Read more…]

Os gestores eternos

Por amor à pátria, há gestores públicos que ameaçam ficar até à cova, nas empresas públicas. Há aí gente que está há trinta anos, na administração das empresas públicas, pulam de umas para as outras, sem se conhecer obra, a ganharem balúrdios, mas nem a idade os tira de lá.

 

Conheci-os, a maioria pessoalmente, com menos trinta anos e, alguns deles já eram velhos, mas continuam aí, por amor à coisa pública. Não saem, nem empurrados e quando saem é com pensões fabulosas e com um lugarzinho em "zero time" numa outra qualquer empresa nossa, muito nossa.

 

Quando as privatizações diminuiram os lugares nas administrações das empresas publicas, por o universo ser menor, logo arranjaram um esquema para manterem os lugares. Importaram o esquema "anglo-saxónico" do "Chairman" e do "CEO", lugares em duplicado, que não poucas vezes serve para fomentar guerras internas.

 

Não saem, não permitem a renovação, impedem que a geração seguinte cresça com mais energia e outras experiências, mas o amor à coisa pública não os deixa irem para casa.

 

O Engº Van Zeller já se queixou, e bem, de que está farto deles, não fazem nem deixam fazer, caquéticos, deviam ir para casa tomar conta dos netos.

 

Tudo, porque ganham milhares de euros por mês, a somar às mordomias dos grandes bólides, sem risco, sem meterem lá o dinheirinho próprio, enfim o paraíso na terra.

 

E são os mesmos que andam há anos a ameaçar que se vão embora. Eu pago para, por cada dez deles, apareça um empresário sem aversão ao risco, que crie postos de trabalho, inove, exporte e enriqueça.

 

Há aí uns lares com vistas para o mar…