Investigue-se a inércia na Justiça

Os últimos dias têm sido férteis para as nossas forças de segurança, em particular a Polícia Judiciária.

Há governantes investigados, empresários e autarcas corruptos detidos e até o terrorista que pediu um milhão para não abater Marcelo a tiro foi hoje apanhado numa operação à moda NCIS.

Qual é o problema? [Read more…]

O Evangelho segundo São Mendes (2)

Roberto Ayala sabe o que diz, mas não diz tudo o que sabe. 16 foram as contratações horizontais à la Mendes nas últimas 4 temporadas. Se o Valência descer de divisão, vai ser o princípio do fim.

A SAD do FC do Porto e um escândalo chamado Rúben Neves

ruben-neves
Tenho aqui no Aventar uns amigos benfiquistas (obcecados pelo Porto?) que gostam muito de zurzir no FC do Porto a propósito de tudo e de nada. Já lhes disse que deviam olhar mais para dentro de casa. Não lhes faltaria material para escrever.
Como portista, é o que eu faço, sendo que, com este post, penso estar a fazer um favor ao clube.
O Rúben Neves, como sabem, é um jogador da formação do FC do Porto. Está no clube desde os 8 anos. É dos poucos cujo passe está 100% na posse do FC do Porto.
Ou melhor, estava. Aquando da renovação do contrato por mais dois anos – de 2017 para 2019 – o FC do Porto ofereceu 5% do passe ao empresário José Caldeira. 5%. Se for vendido no fim da época por 40 milhões, bem, é fazer as contas.
José Caldeira, por um dos muitos acasos em que a vida é fértil, é irmão de Adelino Caldeira, um dos administradores da SAD do FC do Porto. Não saberíamos da renovação com Rúben Neves se não tivesse sido o inefável Dragões Diário. E nunca saberíamos dos 5% oferecidos ao irmão do administrador da SAD se não fosse o Football Leaks. [Read more…]

O Porto é uma família

com sangue italiano, suponho.

Fidúcia

“É normal e totalmente seguro ter créditos sem garantias”

Sim, é muito normal os bancos emprestarem sem garantias.
Que o digam os empresários portugueses, sempre que pedem financiamento bancário: quais avais, hipotecas ou fianças?…

Os ladrões e as medalhas

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Nesta eira de contestação onde se malham as desilusões dum povo, a impugnação passou a ser o único móbil da sociedade portuguesa.

Contestam os muito ricos porque serão sempre muito ricos. Que chatice! Contestam os simplesmente ricos porque continuarão simplesmente ricos. Que merda! Contesta a classe média porque querem acabar – ou já acabaram – com ela. Que país! Contestam os pobres porque serão cada vez mais pobres. Que lástima! Contestam os jovens porque não têm futuro.  Que miséria! Contestam os de meia-idade porque o passado está a esfumar-se em dívidas, e o futuro não lhes diz como poderão pagá-las.  Que desgraça! Contestam os velhos porque, sem futuro, alguém transformou a sua história numa sucessão de despautérios de fazer vergonha à vergonha de terem cada vez menos para cada vez mais necessidades. Puta de vida que está pela hora da morte! [Read more…]

António Borges completamente bêbado

Muita coisa poderia ser dita sobre este discurso de António Borges, o mentecapto. Mas como mentecapto é o registo mais educado que arranjo, fiquemos por aqui.

Não deixem de observar a pose, a geometria dos braços, os trejeitos do focinho, a coreografia das patas superiores. Este animal quando se levantou não fazia o 4. Espero que seja apanhado a conduzir assim e levado a tribunal. Por muito menos já vi gente (ok, humanos, é outra espécie animal) a entrar em coma alcoólico.

O direito ao esclavagismo e à ignorância

Lembrou-se o Daniel Oliveira desta banalidade:

Ir de férias não é um luxo. Sair de casa e da cidade onde se vive, estar com a família e recarregar baterias é, na sociedade que julgávamos estar a construir, um direito.

A extrema-direita não gostou. Vamos por partes: se as férias pagas são uma conquista lançada pela Frente Popular em 1936, e portanto um direito conquistado, qualquer não mentecapto com conhecimentos mínimos de gestão empresarial sabe que hoje são mais um dever: os trabalhadores descansando aumentam a sua produtividade, coisa a que recarregar baterias dá muito jeito.

Claro que vivemos em Portugal,  onde até os homens do FMI afirmam isto: [Read more…]

O dinheiro do futebol não tem cor… nem rasto…nem ética!

“Passe de João Moutinho foi vendido a empresa gerida por membro suplente do conselho superior do FC Porto e recomprada a fundo gerido por empresa em que está um ex-dirigente do Sporting.” (in Público, p.4)

O Público sugere que o dinheiro se perdeu numa rede de fundos.

Não me parece. Os estudos mais recentes mostram que existe uma distância significativa entre os recursos disponíveis para os clubes portugueses e para os seus adversários europeus. No entanto, no plano desportivo, essa diferença não é, antes pelo contrário, visível.

Com dificuldades em aceder ao crédito, os clubes Portugueses vão buscar dinheiro onde ele existe.

A transparência? A ética?

Está na Holanda! À venda no Pingo-Doce!

IRS 2011, aviso muito importante

Não se esqueça de preencher em pessoas a cargo:

Mercados financeiros e outros especuladores, BPN em particular e banqueiros em geral, Alberto João Jardim e respectivo séquito, ex-titulares de cargos públicos na reforma, ex-ministros trabalhando em parcerias público privadas, EDP,  empresários contemplados com contratos de prestação de serviços ao estado que o estado deveria assegurar pelos seus próprios meios, escritórios de advocacia contratados pelo governo, hospitais privados, colégios com contratos de associação, transportes privados subsidiados, governantes actuais quando passarem a ex-governantes e outros assaltantes não identificados.

(versão minha a partir de uma ideia que circula no facebook)

A Cimpor a fazer tijolo…

Uma guerra em que o Governo, como se nada tivesse para fazer e nenhuma preocupação , está a travar como se fosse o dono da empresa.

É esta a política deste governo no que às empresas diz respeito, quer mandar, controlar, ter lá os seus homens de mão, uma vergonha, com a CGD pelo meio, uma OPA falhada e grupos privados sem estratégia perante um Estado de que tanto dependem. Isto só vem dar razão a quem, perante a falta de decoro, já propôs ao Presidente da República que as nomeações de boys e girls, sejam controladas por um comissário independente dos partidos.

O governo, de uma vez por todas, deve sair da economia, deve nomear reguladores actuantes e independentes  e deixar que os mercados funcionem. O que se passa nas empresas públicas está a deixar profundas marcas, tanto nas próprias empresas como na sociedade. É tempo de o governo tirar as mãos de onde não lhe cabem competências , onde não tem obtido bons resultados, em que afunda o nosso dinheiro e deixar de brincar aos empresários .

Prof. Dr. Engº José Sócrates

Com o curso tirado numa escola de grande reputação – A Independente – (nome apropriado tendo em vista a sua particular independência em relação ao conhecimento e ao mérito), o nosso primeiro e os seus ministros chamam empresários e economistas para lhes darem aulas de política e de empreendorismo!

Com um curriculum particularmente activo e com obra feita (vejam-se as famosas casas ) e com passagem na JSD, meteórica, é certo, mas de grande relevo, e na JS com êxito absoluto (chegou a secretário de Estado, a ministro e agora a primeiro-ministro), José Sócrates tem mais do que capacidade para dar lições a quem arrancou com empresas, vende para a exportação, paga a trabalhadores e ainda paga impostos!

Ontem, no CCB, chegou atrasado 45 minutos, sem um desculpem, avançou com um discurso que ninguém percebeu se se tratava do “seu sonho de menino” e, antes que alguém dissesse alguma coisa, arrancou como chegou e deixou toda a gente a falar sozinha.

O Dr. João Salgueiro ( um tipo que tirou o curso numa coisa que está instalada numa rua que se chama “Quelhas” o que diz tudo sobre a sua reputação), ainda foi dizendo que o sr primeiro-ministro tinha dado uma prova de grande orador, mas que  tinha falado de coisas que ninguem entendia, tal era a complexidade do tema e a originalidade!

À noite, no que já foi o “Prós e Prós e agora é o “Contra e Contra”, na RTP1, todos os que lá foram debitar assuntos sem interesse, disseram que não conheciam as matérias em que o governo é perito o que mostra bem o avanço civilizacional que, Portugal pobre e mal agradecido, não reconhece.

Entretanto, o ingrato e pouco reconhecido Constâncio já veio para aí dizer que “está muito pessimista”, eu percebi logo que se referia ao lugarzinho na Europa, era o que faltava quando o país vai de vento em popa, que a questão fosse os desempregados, a dívida e o déficite.

E é preciso que se perceba de uma vez por todas. O nosso défice é igual ao dos outros países, o endividamento também, por isso nada de chatear, porque a capacidade para  aumentar a riqueza para pagar isso não é igual, mas também não há pressa nenhuma em pagar.

Afinal, o que querem? Não andamos sempre com uma mão à frente e outra atrás?

Belmiro de Azevedo, o grande explorador da classe trabalhadora…


… falou ao país em extensa entrevista à «Visão». Agora liberto de cruciantes compromissos profissionais que me ocuparam os últimos dias, prometo deixar por aqui a minha visão sobre algumas das coisas acertadas que o grande explorador da classe trabalhadora disse à revista.

Downsizing, dizem eles

É uma triste realidade aquela em que pequenos e médios empresários tentam obter, junto da banca, liquidez para salvarem as suas empresas, depois de já lhes ter sido sugado todo o património e mais algum para garantia dos financiamentos.

Mendigam apoios àqueles a quem eu, eles, e todo o povo português, avalizou os seus financiamentos externos. Pois convém lembrar que a banca portuguesa foi pedir dinheiro lá fora com o aval do Estado português, ou seja com o nosso aval. E a nenhum de nós algum banco deu de garantia o que quer que fosse pelo aval que o povo lhes deu.

Esse dinheiro que veio de fora á custa do nosso aval está a chegar a conta-gotas às empresas, atrofiando-as em termos de liquidez. E quando o empresário chega à banca, como eu já assisti, para pedir ajuda, volta-meia-volta lá vem a lógica do “downsizing”, ou seja, a diminuição da estrutura da empresa para melhorar a sua viabilidade. Que é o mesmo que dizer mandar trabalhadores para a rua para se gastar menos em salários. [Read more…]

Sem trabalho não há emprego

João César das Neves dixit:

(…) Os empregos primeiro criam-se, só depois podem ser ocupados. Muitos desempregados deveriam lançar o próprio negócio, sem acreditar na geração expontânea de tarefas. Trabalhar é ser útil, criar valor. O mal está na opinião pública, que começa por desprezar empresários e gestores, tratando-os como exploradores, parasitas ou pior. Depois, o Governo persegue-os com impostos, regulamentos e fiscalizações. No final, todos se surpreendem por faltarem postos de trabalho. (…)

(…) A quinta tolice é pensar que, porque o montante de trabalho é fixo, os empregados tiram empregos aos desocupados. Esta velha falácia é persistente, apesar de sempre negada. É trabalhando que se gera a necessidade de mais trabalho. Aqui não há partilha, mas crescimento. Ou queda se, em vez de aumentar o bolo, se lutar pela sua divisão.

Isto leva à estupidez suprema de considerar obsoletas e fora de prazo pessoas de certa idade, ainda com décadas de capacidade e eficácia à sua frente. Usar a reforma para promoção do emprego é um infame crime nacional, que estrangula empregos e paralisa a economia. (…)

PS : Aventado ao Blasfémias

Os gestores eternos

Por amor à pátria, há gestores públicos que ameaçam ficar até à cova, nas empresas públicas. Há aí gente que está há trinta anos, na administração das empresas públicas, pulam de umas para as outras, sem se conhecer obra, a ganharem balúrdios, mas nem a idade os tira de lá.

 

Conheci-os, a maioria pessoalmente, com menos trinta anos e, alguns deles já eram velhos, mas continuam aí, por amor à coisa pública. Não saem, nem empurrados e quando saem é com pensões fabulosas e com um lugarzinho em "zero time" numa outra qualquer empresa nossa, muito nossa.

 

Quando as privatizações diminuiram os lugares nas administrações das empresas publicas, por o universo ser menor, logo arranjaram um esquema para manterem os lugares. Importaram o esquema "anglo-saxónico" do "Chairman" e do "CEO", lugares em duplicado, que não poucas vezes serve para fomentar guerras internas.

 

Não saem, não permitem a renovação, impedem que a geração seguinte cresça com mais energia e outras experiências, mas o amor à coisa pública não os deixa irem para casa.

 

O Engº Van Zeller já se queixou, e bem, de que está farto deles, não fazem nem deixam fazer, caquéticos, deviam ir para casa tomar conta dos netos.

 

Tudo, porque ganham milhares de euros por mês, a somar às mordomias dos grandes bólides, sem risco, sem meterem lá o dinheirinho próprio, enfim o paraíso na terra.

 

E são os mesmos que andam há anos a ameaçar que se vão embora. Eu pago para, por cada dez deles, apareça um empresário sem aversão ao risco, que crie postos de trabalho, inove, exporte e enriqueça.

 

Há aí uns lares com vistas para o mar…

Mais modernidades: Tudo pelo lucro, nada pelo roubo

Ao que parece estamos em crise, certo?

Como é que se explica que uma empresa que vende bens de primeira necessidade aos portugueses, nomeadamente à classe média e média baixa, consegue aumentar os lucros desta maneira. Repito – aumentar os lucros… Até manter seria vergonhoso… agora aumentar?!!

 

Sim, eu sei, eu é que vejo o mundo ao contrário

 

 

Manifesto pelo fim da divisão na carreira III

Boas, se me permite car@ leitor@, vou insistir na minha tese de que não faz sentido haver qualquer divisão na carreira docente. E volto ao tema tendo como ponto de partida o texto do Luís (Trabalho igual, salário igual). Numa resposta a dois tempos:

 

 

Karl Marx

 

E o primeiro comentário vai no sentido de rebater um pré-conceito menos declarado, mas sempre muito presente, contra "O" sindicalista, como se os problemas do nosso país fossem estes e não outros. Sem qualquer tipo de Pré-conceito afirmo que a culpa dos problemas estruturais do nosso país está nas elites dirigentes e não nos trabalhadores. Temos patrões a mais e empresários a menos. Temos gatunos a mais e governantes a menos. Temos uma minoria dirigente interesseira, nada interessada nos interesses da maioria dirigida.

Há sindicalistas conservadores? Com visões do passado? Claro…

 

Mas, quando me dizem que hoje é preciso voltar a jornadas de trabalho de 60h / semana, quando me dizem que talvez seja preciso voltar a trabalhar mais do que oito horas por dia por causa da competitividade… quem é que é reaccionário e conservador?

Será moderno o incompetente Albino Almeida, o pai de todos os pais, vir dizer que quer as creches e escolas das 7h30 às 19h30?

E seria conservador, se por exemplo, exigisse dos empresários um maior apoio aos trabalhadores com filhos em idade escolar, para que estes podessem ajudar os filhos?

 

Nunca na história da humanidade houve tanto dinheiro disponível, nunca como hoje Portugal e os Portgueses foram capazes de gerar tanto dinheiro – porque é que alguns têm que ficar com "ele todo" e outros com nada?

 

Porque é que os lucros de uma empresa, pública ou privada não importa, são para os accionistas na sua totalidade? Porque é que o trabalho é visto como um custo de produção e não como parte essencial ao lucro? Porque é que as empresas não dividem por exemplo, parte dos seus lucros, numa proporção igual, entre accionistas e trabalhadores?

 

Já sei, isto é ser conservador e ter uma visão do passado. O que é moderno é ter gente a ganhar milhões quando temos portugueses a passar fome.

 

Repito – a questão central é mesmo a da distribuição da riqueza.

 

E com isto me perdi no que queria escrever, mas certamente vão ter a paciência de me acompanhar no próximo post…

 

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