Davos serve-se fria e o Magreb a ferver

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Davos, estância de neve suíça, é outra vez cenário do Fórum Económico Mundial. O acesso de contestatários às proximidades do local é interdito. Um militar de arma alçada é a força dissuasora. Há que proteger banqueiros, empresários e políticos. O ambiente de serena reflexão é imprescindível. Permite a crueldade da continuidade e, de resto, Davos serve-se fria.

Os homens das finanças e dos negócios, em Davos, não dispensam a  participação de políticos. Além de outros, compareceram Merkel, a proprietária do euro, Sarkozy, o presidente mais cabotino da história republicana francesa, e Cameron, um PM britânico gentil e sorridente, ainda que longínquo da capacidade de Blair, no número de sorrisos por segundo. De realçar que Merkel, Sarkozy e Cameron comungam de ideais do neoliberalismo e do nefasto modelo de globalização que arrasa a vida a milhões de seres humanos.  Porém, existe outro fenómeno comum entre eles,  o desemprego; Alemanha, França e Grã-Bretanha orbitam à volta de idêntico número de desempregados:  4.000.000 em cada país. Ainda agora, Sarkozy viu agravar-se a taxa do desemprego. É a Europa no fulgor da desgraça. [Read more…]