Ode à alegoria

Faço parte de um grupo de amigos que se senta há vários anos na mesma mesa. Os nossos objectivos são nobres: beber uns copos, dizer umas larachas e resolver os problemas do mundo e da humanidade no meio de debates e discussões que, por vezes, fazem com que nos zanguemos e em que, muitas vezes, dizemos coisas surpreendentemente profundas, tendo em conta a nossa reduzida ambição.

No café que frequentamos, há outros clientes que acabam por ouvir o que dizemos, porque, confesso, falamos um bocado alto. De outras mesas chegam-nos, com relativa frequência, vozes simpáticas e, de vez em quando, há um ou outro provocador que passamos a ignorar, porque, já se sabe, pode acontecer que, num estabelecimento como este, haja sempre quem tenha mau vinho ou maus fígados.

Não pertenço a este grupo desde o princípio. Trouxe-me um amigo. Aqui encontrei outros amigos e, desde então, rio-me, zango-me, discuto, provoco, sou provocado e aprendo muito. Sinto-me bem aqui. Foi, aliás, nesta mesma mesa, que atingi vários momentos de realização pessoal, o que diz muito do poder de uma mesa de café ou de um grupo de amigos. [Read more…]

O Correio da Manha visto pelas tags

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Estas palavrinhas correspondem às etiquetas mais usadas pelo Correio da Manha, no dia 17 de Outubro do ano da graça de 2009. Ou da desgraça. Quanto maiores as letras, mais usadas as palavras. A quantidade de violações que fazem a actualidade surpreendeu-me. Parece que os portugueses entraram em regime de violai-vos uns aos outros. Ou que no Correio da Manha Online as notícias, aliás a selecção das notícias tem um critério curioso. Espreitem por lá nas caixas dos comentários e não estranhem que a pena  de morte sob tortura seja pedida linha sim, linha não. Os jornais também escolhem os seus violadores, perdão, leitores.