O passageiro Cabrita

Costa insistiu, até ao limite e para lá dele, em não remodelar. Cabrita, há muito sem margem para manobra, auto-remodelou-se. O que é muito conveniente para António Costa, na medida em que tem agora a desculpa perfeita para não integrar Eduardo Cabrita no próximo governo – caso vença as eleições e consiga congregar uma maioria parlamentar em torno do seu projecto – sem ter que admitir que errou ao segurar, vezes demais, um dos ministros mais trágicos da história da democracia portuguesa. Como Pilatos, Costa pode agora lavar as mãos, mas o tempo e a história, sempre implacáveis, tratarão de o julgar.

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