A Câmara do Porto merecia melhor…

Parece mentira mas não é. O actual Chefe de Gabinete do Presidente da Câmara Municipal do Porto, Vasco Ribeiro, pegou-se publicamente com Nuno Santos, o anterior Chefe de Gabinete do Presidente da Câmara do Porto, no facebook. A coisa chegou a este nível:

Já antes a coisa azedou:

A Câmara Municipal do Porto merecia melhor do que isto. Por muita razão que possa ter o actual Chefe de Gabinete (não faço a mínima ideia do que se passou entre eles para tanto ódio), a sua posição institucional obriga-o a ter sangue frio. Esta troca de galhardetes em pleno facebook não lembra a ninguém. Em tudo isto sublinho algo que é, desculpem o meu português, abaixo de cão:

Quando te qualificares e deixares de ser um tipo com formação ao nível do liceu, poderei discutir contigo um conjunto de matérias que hoje julgas perceber por mera ilusão do teu autoconvencimento” – Vasco Ribeiro sobre Nuno Santos.

Ora, Vasco Ribeiro é Doutorado e não resistiu a puxar dos galões perante terceiro. Este tipo de discurso é típico de um qualquer recalcamento e que deve ser, de todo, evitado num responsável autárquico. A necessidade de atirar à cara do outro as suas habilitações académicas é um sinal de menoridade intelectual. É uma questão de educação. Daquela que se aprende no berço e nem sempre é ensinada na universidade. Um Chefe de Gabinete de um presidente de Câmara representa não só o seu presidente, no caso, Rui Moreira, como igualmente a sua autarquia, o Porto. Se não se consegue controlar então está na função errada. Este tipo de postura, esta sobranceria não é compatível com o serviço para o qual foi nomeado e através do qual representa a instituição Câmara Municipal do Porto. Não faço a mais pequena ideia, repito, do que se passou antes entre os dois (nem sabia que o Nuno Santos tinha saído da Câmara do Porto) mas isso não desculpa esta postura em pública – não me venham com a desculpa de ser uma página pessoal, para esse campeonato em figuras públicos já dei. Imagino o embaraço de Rui Moreira. Não é para menos.

O Professor Doutor Vasco Ribeiro (coloco aqui com as letrinhas todas para que não se ofenda já que dá tanta importância aos títulos académicos) portou-se como um qualquer arruaceiro. Como um Chefe de Gabinete da Câmara do Porto é que não foi. Lamentável. Bem, é o último mandato. Vamos procurar que a coisa termine com a dignidade possível, Rui Moreira não merecia isto.

O passageiro Cabrita

Costa insistiu, até ao limite e para lá dele, em não remodelar. Cabrita, há muito sem margem para manobra, auto-remodelou-se. O que é muito conveniente para António Costa, na medida em que tem agora a desculpa perfeita para não integrar Eduardo Cabrita no próximo governo – caso vença as eleições e consiga congregar uma maioria parlamentar em torno do seu projecto – sem ter que admitir que errou ao segurar, vezes demais, um dos ministros mais trágicos da história da democracia portuguesa. Como Pilatos, Costa pode agora lavar as mãos, mas o tempo e a história, sempre implacáveis, tratarão de o julgar.

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Nuno Santos tentou fazer uma recepção

Levantávamos a cabeça e tínhamos jogadores a voar por todo o lado
Aimar, o Poeta

Eddie, I spilled some coffee in the kitchen. I’m sorry. I’m apologizing now.
Chris Cornell

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Ao contrário do que se depreende das deturpações feitas pelo jornal A Bola, o futebolista Nuno Santos não se referiu nem a receção, nem a janeiro. Aquilo que este magnífico jogador, campeão pelo FC Porto e pelo maravilhoso Benfica, escreveu há dias na sua conta do Instagram foi o seguinte:

Grafias impecáveis: não há reparos a fazer. Nuno Santos, segundo sei, não pratica profissionalmente o acto de escrever. Nuno Santos ganha a vida a dar pontapés e cabeçadas numa bola. Mesmo assim, como se viu, escreve bem.

Todavia, ao lerem estes disparates, escritos por quem é pago para escrever e transcrever,

os leitores do jornal A Bola ficarão a julgar que o jogador Nuno Santos trata o portuguez lingua escripta como ele é tratado no jornal A Bola: ao pontapé e à cabeçada (o Estebes diria “à cabeçada e ao pontapé”). Já sabemos que A Bola preferiu comer e calar, em vez de colaborar no desenvolvimento de uma sociedade livre e moderna. Mas nós não temos culpa das altamente duvidosas opções cívicas da direcção do jornal A Bola. Além disso, esta mania de andarem por aí a deturpar a óptima grafia dos outros, francamente, é inadmissível. Obviamente, Nuno Santos está à espera de um pedido formal de desculpas do jornal A Bola.

Nótula: Um grande abraço ao excelente leitor do costume.

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TV à portuguesa: a política comentada por políticos

TVConcluo que, na ilustração da imagem, de mútuas acusações, a razão é  capaz de estar mais do lado da ‘televisão’, quando acusa: “Telespectador idiota…”.

Se olharmos as grelhas de programações, desde o boçal Fernando Mendes aos meninos dos ‘Morangos Sem Açúcar’, dificilmente se inferirá que a “Televisão é Burra” – errará episodicamente aqui ou ali, mas “burra” de todo não é.

No comentário político, por exemplo, as TV’s nacionais ocupam um lugar de destaque de originalidade mundial. Do Marcelo ao Mendes, do Assis ao Ramalho, do Bernardino à Odete, do Fazenda à Drago, todos os partidos com assento parlamentar têm tido lugar cativo, no dito pequeno écran, a horas de consideráveis audiências.

Nenhum dos canais – há estações com vários – poderá negar a participação no pérfido jogo de colocar os cidadãos, ao pequeno-almoço, almoço, lanche e jantar, a saborearem o comentário político feito por políticos – a minha vizinha do 3.º esquerdo confessou-me há tempos que jamais conseguiria dormir tranquila de Domingo para 2.ª Feira, se não saboreasse os comentários do Prof. Marcelo e as provocações, risos e sorrisos da Judite. Ao Domingo ficou mesmo dispensada de tomar ‘Xanax”. [Read more…]

Zangam-se as comadres…

Segundo o jornal “Público”,

O ex-director de Informação Nuno Santos disse esta quarta-feira que o seu antigo subdirector Luís Castro é “um mentiroso, um miserável e uma pessoa desprovida de carácter” e que o director-geral de Conteúdos da RTP não tem “um pingo de credibilidade”.

Segundo um mestre de ioga, quando apontamos o dedo a alguém, há sempre três dedos apontados a nós. Experimentem o gesto!

Comunicado da Comissão de Trabalhadores da RTP

Os trabalhadores da RTP têm sido objecto de um tratamento inqualificável por parte deste governo e têm, quase sempre, conseguido responder à altura! Hoje, mais uma vez, tomam posição sobre mais um caso estranho :

A RTP NÃO É FIGURANTE NAS ENCENAÇÕES DO GOVERNO

Toda a gente sabe que, no dia 14 de Novembro, a polícia foi apedrejada durante hora e meia sem reagir. Toda a gente sabe que, depois disso, a carga policial cilindrou por igual manifestantes violentos e manifestantes pacíficos, passantes acidentais em S. Bento e alguns no Cais Sodré. Toda a gente sabe que as dezenas de pessoas

detidas foram depois privadas de contacto com os seus advogados e submetidas a vexames em Monsanto. Toda a gente sabe que o ministro Miguel Macedo negou com solenidade a mesma existência de infiltrados que a PSP veio depois confirmar.A actividade dos infiltrados e a passividade da polícia, durante uma hora e meia, só podem ter servido para justificar aos olhos da opinião pública as violências e arbitrariedades policiais. Em última análise o plano só pode ter consistido em intimidar as centenas de milhares de pessoas que nos últimos meses têm participado em protestos contra o Governo e em dissuadi-las de voltarem à rua. Tudo teve os contornos de uma grande operação de guerra psicológica. [Read more…]

A RTP do nosso desperdício

O espírito com que escrevi o texto  ‘A TVI que os sustente!’ era de esperança. No fundo, o ânimo de que as saídas de José Alberto Carvalho, Judite de Sousa e da menos mediática Maria José  Nunes, da RTP para a TVI, tivessem o efeito de despertar consciências adormecidas. Precisamente de quem tem a missão de zelar pela aplicação de dinheiros públicos; caso, diga-se, do Secretário de Estado da Comunicação Social, Arons de Carvalho.

Todavia, com este e outros elementos do actual Governo a esperança de uma boa prática, uma que seja, esboroa-se em segundos. E assim, de súbito, foram contratar Nuno Santos da SIC para o cargo de Director de Informação da RTP,  sob protesto da Comissão de Trabalhadores – o comunicado desta refere ter havido um voto de falta de confiança nos 400 jornalistas da casa, número que, em boa verdade, também me impressionou pelo exagero e possíveis custos associados.

Pessoalmente, é-me indiferente que um Nuno qualquer, chame-se Santos ou Pecador, aufira chorudo ordenado. O que, de facto, considero ignominioso é a TV estatal, em tempo de sacrifícios lançados sobre milhões de portugueses, ter o despudor de realizar contratações milionárias. E mais ainda, como salientou oportunamente o meu companheiro Helder Guerreiro,  a RTP está em falência técnica desde 1996 e assim continua em 2010. [Read more…]

O «jovem turco» volta a atacar


Desde há muitos anos que, pelo seu hábito de atraiçoar aqueles com quem trabalha, Nuno Santos é conhecido como o «jovem turco». Consta que chegou onde chegou dessa forma.
Ontem, Nuno Santos voltou a apunhalar um dos seus colegas mais próximos. Ao dizer que Mário Crespo mentiu, está a colocar-se do lado de José Sócrates. No entanto, confirma que estava no restaurante e confirma que falou com José Sócrates. Mas se as coisas não foram como Crespo as descreveu, então como é que foram? José Sócrates não falou de Mário Crespo? E se falou, por que razão Nuno Santos não o defendeu? E por que defende agora um primeiro-ministro em vez de defender um colega?
E Bárbara Guimarães, o que terá a dizer? Dirá, claro, o que o marido socialista mandar dizer.

Foi Nuno Santos que ouviu a conversa sobre Mário Crespo

Tudo aponta para que tenha sido Nuno Santos, o director de programas da SIC, a fonte de Mário Crespo no caso de que se fala. Não porque estivesse numa mesa ao lado a ouvir a conversa, mas porque estaria a almoçar com o primeiro-ministro.
A ser verdade, é estranho. É estranho que um director de programas almoce com o primeiro-ministro. Mais, é estranho que um jornalista almoce com o primeiro-ministro. Um jornalista tem de se mostrar imparcial e estas intimidades, tão habituais na vida pública portuguesa, são lamentáveis.
E se for verdade, o que pretendia José Sócrates quando falou a Nuno Santos do problema que Mário Crespo constitui? O silenciamento do jornalista incómodo, claro. Sem vergonha nem pudor, como dizia o João José Cardoso aqui em baixo.
A julgar pelas últimas notícias, parece que não conseguiu.