Cabrita é p’ra Frontex

Depois do sucesso que foi a gestão do caso que resultou no homicídio de Ihor Homeniuk, às mãos de agentes do SEF, Eduardo Cabrita está na corrida para director executivo da Frontex.

Da Frontex.

Estas merdas não se inventam.

A Tecnoforma, as golas antifumo e o OLAF entram num bar

Leio por aí que o caso das golas antifumo estará a ser investigado pela UE. A julgar pelo sucesso da investigação do OLAF ao caso Tecnoforma, tem tudo para correr bem. Agora é que eles vão ver que em Bruxelas não é a bandalheira que vemos aqui.

O Costa com uma perna às costas

Não!

Não posso…

A sério que ainda há malta surpreendida por António Costa ter segurado Pedro Nuno Santos no governo?

For fuckin real???

Para essas pessoas, com todo o respeito e carinho, tenho apenas duas palavras: Eduardo Cabrita.

Quanto a Pedro Nuno Santos: o ministro não deu um tiro no pé. Pisou uma mina, que ele próprio colocou, e ficou sem uma perna. Quem rebentou com o pé foi o nosso primeiro, que fez também uma triste figura.

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A realidade tal como ela é

Rui Naldinho

Achar-se que o eleitor português na hora de decidir o seu voto olharia para as questões de carácter, do comportamento ético e moral dos políticos à teia de interesses familiares que se desenvolvem no seio do poder, como um dos factores determinantes na sua escolha, é um erro. Desenganem-se portanto os que pensaram que o acidente com o automóvel onde seguia o Eduardo Cabrita, ou a borla fiscal à EDP, entre outras minudências, iriam mudar o sentido de voto de um número significativo de eleitores. Isso até poderá ser válido em países com elevados rendimentos por habitante, ou com um nível de formação académica muito acima da média, como alguns países do Norte e Centro da Europa, mas nunca em países pobres e com assimetrias regionais e sociais tão grandes como o nosso. O importante é que os problemas mais básicos do cidadão sejam resolvidos em conformidade com as suas expectativas, já de si baixas. O salário, o transporte público utilizado todos os dias ou com frequência, os livros escolares para os filhos, as creches, os lares da terceira idade, a escola pública, o Serviço Nacional de Saúde.

Nada disto são luxos. Chama-se dignidade. O PS conseguiu esses mínimos, ainda que sob pressão de terceiros, e recolheu os louros para si. [Read more…]

O passageiro Cabrita

Costa insistiu, até ao limite e para lá dele, em não remodelar. Cabrita, há muito sem margem para manobra, auto-remodelou-se. O que é muito conveniente para António Costa, na medida em que tem agora a desculpa perfeita para não integrar Eduardo Cabrita no próximo governo – caso vença as eleições e consiga congregar uma maioria parlamentar em torno do seu projecto – sem ter que admitir que errou ao segurar, vezes demais, um dos ministros mais trágicos da história da democracia portuguesa. Como Pilatos, Costa pode agora lavar as mãos, mas o tempo e a história, sempre implacáveis, tratarão de o julgar.

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A cobardia do ministro Eduardo Cabrita

A culpa é do motorista.

Notícia: PÚBLICO

A culpa não é da prática habitual dos carros do governo andarem sistematicamente em excesso de velocidade, tal como demonstrou a reportagem da SIC.

Sobra Eduardo Cabrita, o ministro que se escondeu por trás do motorista, não se demitiu quando a responsabilidade política é dele e deixou o motorista arcar com a culpa. Mais cobardia do que isto é difícil.

Incompetência a dobrar: O Cabrita e Os Vampiros


O ministro Eduardo Cabrita tem prestado um serviço lastimável ao País. É ponto assente e é indiscutível.

De todos os erros que tem cometido, pedirem a demissão do mesmo depois de um acidente rodoviário que vitimou um cidadão, onde nem sequer era Eduardo Cabrita quem ia a conduzir e onde não houve intenção qualquer de matar, não só é totalmente descabido por parte da Direita, como demonstra uma falta de escrúpulos arrepiante de quem, ao usar esta triste morte, se quer aproveitar politicamente. Demonstra, também, o estado de desespero em que a Direita se encontra, onde qualquer migalha lhe serve para matar a fome de eleitores.

Eduardo Cabrita é incompetente, é prepotente e é um péssimo ministro. Eduardo Cabrita não é assassino e eu desejava que os abutres Rui Rio e André Ventura parassem com essa narrativa de merda que começa a alastrar na opinião pública.

Ganhem vergonha e respeitem a vítima. Para mais: já se imaginaram a atropelar alguém inconscientemente? Como se sentiriam a seguir, sabendo que tiraram uma vida num acidente?

Pensem nisso e deixem de ser palhaços, porque por muito que a política seja um circo, não precisam de cagar no tapete. Não se faz política com mortes acidentais.

Oposição – é muito pouquinho ter Cabrita como único tema

Saberá quem me conhece e vai lendo que já estou bastante cansado deste governo e mais ainda de um ambiente de “patrulha ideológica” que apoiantes os do PS vão perpetrando pelos redes sociais e caixas de comentários. No entanto, o assunto do acidente do carro onde seguia Eduardo Cabrita, que vitimou uma pessoa, evidencia uma oposição à direita muito fraquinha ou mesmo sem noção do tanto que há para criticar na acção governativa.
Vejamos, qual a responsabilidade que se pode atribuir a Cabrita neste acidente? Por acaso era ele que ia a conduzir? Sejamos honestos, não tem qualquer responsabilidade. É um não assunto!

Mas o carro seguia a alta velocidade, mas as obras estavam bem sinalizadas, mas as obras não estavam bem sinalizadas, mas o carro não está registado, mas o carro tem uma guia de circulação. Haja decoro, o Ministro que tanto critiquei noutros assuntos e que considero que já Ministro não devia ser, não tem nada a ver com um acidente onde viajava como passageiro!
Não é bem assim, porque o Ministro deveria [Read more…]

Turismo de subserviência e outras cabritices

O Reino Unido anunciou hoje a exclusão de Portugal da sua “lista verde”, que permitia aos turistas ingleses fazer férias em Portugal e regressar ao país sem cumprir quarentena. A decisão das autoridades britânicas, baseada na evolução dos números da pandemia, era previsível, depois daquilo que foram os festejos do campeonato ganho pelo Sporting, que agora se reflectem no aumento diário de casos em Lisboa e Vale do Tejo. Ontem, por exemplo, 50,8% dos novos casos positivos foram registados naquela ARS. No dia anterior foram 60,6%. No anterior 81,6%. And so on.

A vantagem sobre outros concorrentes do turismo, como Espanha, Itália ou Grécia, durou pouco tempo. Foi desperdiçada. E, a continuar assim, depois do outro grande evento desportivo que foi o encontro de hooligans ingleses na Ribeira do Porto, corremos algum risco de, daqui por duas semanas, estarmos a assistir a um novo pico de infectados. E, eventualmente, mais restrições. Internas e impostas pelos países que cá vêm passar férias. Ou vinham.

E tudo isto porquê?

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Bidonville-sur-Odemira

Em Odemira, Portugal olhou-se ao espelho e contemplou um dos resultados de anos de abandono e negligência a que o país profundo foi condenado pelo eucalipto centralista, comandado por um centrão incompetente que se está nas tintas para aquilo que se passa para lá da sua bolha, com uma ou outra excepção pontual.

Poderíamos falar sobre os danos profundos que alguma daquela agricultura intensiva causa nos solos, esgotados e envenenados por fertilizantes cancerígenos, ou na quantidade absurda de água que algumas daquelas culturas consomem, que aprofundou a sua escassez, num distrito onde sempre falta água e pouco ou nada chove.

Poderíamos falar sobre o abandono e o esquecimento a que está entregue o Alentejo, seja Beja ou o monte mais recôndito, com uma população envelhecida, empobrecida e que se sente invadida – e é manipulada a senti-lo – por imigrantes mais novos, diferentes, com uma língua e uma religião diferente, e tudo isto no quadro de uma estrutura social incapaz de absorver o impacto da nova realidade populacional, sem forças de segurança, cobertura de serviços de saúde ou infraestruturas básicas adequadas. [Read more…]

Sporting-19, ou mais uma Terça-feira normal no escritório de Eduardo Cabrita

Foto: Miguel A. Lopes/Lusa@Sapo Desporto

Em primeiro lugar, parabéns a todos os sportinguistas, em especial aos cá da casa, pela merecida conquista do campeonato, sem espinhas ou discussões: quem perde zero vezes durante todo o campeonato, em princípio não ergueu o troféu por obra do acaso.

Em segundo lugar, a pergunta que se impõe? Eduardo Cabrita tem nudes de António Costa? É que, a cada dia que passa, restam cada vez menos justificações plausíveis para que continue no cargo, se é que ainda existe alguma, pelo que a teoria da conspiração, neste caso, poderá não estar assim tão afastada da realidade. Alguma coisa o homem há-de ter, para que um político sabido e experiente como António Costa continue a colocar em causa a sua própria credibilidade e a do governo que chefia, como de resto se viu hoje no Parlamento, com um ministro-desastre como Eduardo Cabrita. [Read more…]

Esquerda Direita Volver 13 – O caso Zmar

O 13.º Esquerda Direita Volver, com o assunto da semana em Portugal: o caso Zmar (Odemira). Um debate bastante quente e esclarecedor, com os aventadores Diogo Hoffbauer (estreia absoluta e em grande no PodAventar), João Mendes, Fernando Moreira de Sá, António de Almeida, José Mário Teixeira e Orlando Sousa. Não ficou pedra sobre pedra! E alguém disse que o Cabrita tem “nudes” do Costa…

Esquerda Direita Volver
Esquerda Direita Volver
Esquerda Direita Volver 13 – O caso Zmar







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Demita-se!

Faça um favor a si mesmo e ao país, Eduardo Cabrita. Ganhe vergonha na cara e demita-se.

É um favor que faz também ao Primeiro-Ministro, o qual já tem culpa por manter a “total confiança” política em alguém que não a merece. E ao fala-barato presidencial que até agora se manteve reservado.

Mas, sobretudo, é um serviço que presta ao país, face ao enxovalho que recebemos internacionalmente e, sobretudo, ao assassinato de uma pessoa por parte dos que exercerem funções no Estado português.

Um assassinato!

Cabrita diz que andou preocupado nove meses. E porém, isso não o impediu de mentir ao parlamento e de demorar 17 dias a abrir um inquérito, quando o assunto foi tornado público pela comunicação social. No SEF e no ministério, primeiro tentaram esconder, depois usaram a peneira para tapar o sol e agora, apertados, estrebucham.

Sobre a ideia do botão de pânico, é uma constatação de que há motivos para pânico quando alguém vai ao SEF.

Dissolver o SEF? O problema não é a estrutura, mas sim as pessoas dessa estrutura. E estas não vão desaparecer. Mais do que mudar a estrutura, importa mudar os comportamentos que conduziram a este crime. Assim, com o que está a ser feito, mais parece um movimento para proteger o ministro do que uma tentativa de se resolver o problema.

Concluindo, é mais um episódio, este o mais grave de todos, de um ministro que não tem auto-crítica quanto ao que diz e faz.

Brandos costumes pidescos

Assinalou-se, na Quinta-feira, o Dia Internacional dos Direitos Humanos, e o momento não podia ser mais oportuno, na medida em que o país parece ter acordado para o estranho caso do cidadão ucraniano que foi espancado e torturado até à morte por inspectores do SEF, nas instalações desta força de segurança, no aeroporto Humberto Delgado. Uma bela forma de homenagear o resistente antifascista que dá o nome à infraestrutura.

Qual é o problema desta nossa indignação colectiva? É que já passaram nove meses desde que este atentado contra os direitos humanos foi perpetrado. E, com a excepção de algumas jornalistas, como Valentina Marcelino, Fernanda Câncio, Joana Gorjão e Daniel Oliveira, entre (poucos) outros, a opção pelo silêncio foi geral. Não tendo o caso sido abafado, pouca importância lhe foi dada nos headlines e alinhamentos noticiosos. As redes sociais, sempre implacáveis, não ebuliram como habitualmente acontece com casos de racismo, ou de tiradas xenófobas da extrema-direita. Um silêncio que envergonha, mais ainda por ter feito parte dele. [Read more…]

Entre marido e mulher não metas a colher.

Excepto se fores António Costa.

Eduardo Cabrita repartilha no Facebook um post que critica a saída da mulher do Governo

Ao mesmo tempo que minam o sistema com os seus golpes de amiguismo, choram a ascensão dos populistas que declaram irem acabar com os golpes de amiguismo que minam o sistema.

Ajustes dirigidos

Uma dessas empresas, a Foxtrot Aventura, que fez um contrato de 350 mil euros com a Protecção Civil, tem como proprietário o marido de uma autarca do PS de Guimarães. A outra empresa sugerida foi a Brain One [, a qual] teve desde 2017, ano da sua fundação, cinco adjudicações (ajustes directos e consultas prévias) da associação Geoparque de Arouca e da Câmara de Arouca, onde José Artur Neves foi autarca durante 12 anos. A polémica começou porque as golas eram feitas de um material inflamável, mas depressa se começou a questionar por que razão tinham sido estas as empresas a ganhar o concurso para fornecer os materiais para os kits. [PÚBLICO, 18/09/2919]

Se não tivesse sido o desbocado ministro Cabrita, tudo isto tinha passado despercebido. Tal como a imensidão de negociatas que levam o tutano do imenso dinheiro que descontamos para impostos. É só passar pelo BASE para começar a disparar questões.

Agora, demitiu-se o Secretário de Estado da Protecção Civil, José Artur Neves. Por “motivos pessoais”, claro está.

Nuno Neves, filho de José Artur Neves, é dono de 20% da Zerca Lda., criada em 2015. Confrontado pelo Observador, o secretário de Estado disse desconhecer “a existência de qualquer incompatibilidade neste domínio”, como desconhecer “também a celebração de tais contratos” [TVI24, 18/09/2919]

Nem sei de quem são as empresas nem faço ideia nenhuma“, afirmou o SE Neves no passado Junho. Tudo “irresponsável e alarmista“, assim classificou o ministro Cabrita o caso das golas.

Descobre-se agora que uma lei de 1995 é absurda

Foi preciso esperar para que os negócios do filho de um secretário de Estado viessem para a ribalta para que se falasse da constitucionalidade da lei em causa.

Para o ministro dos Negócios Estrangeiros, o caso do filho do secretário de Estado “é um caso típico que mostra bem o absurdo de uma interpretação literal da lei que esquecesse o princípio constitucional da proporcionalidade”. [Augusto Santos Silva, via RTP]

Só há uma interpretação da lei. Que o diga quem é apanhado com impostos em falta, por exemplo. Agora que se descobriu que a lei foi violada em outros ministérios, veio a tropa pesada do spin remendar o lençol destapado pelo desbocado ministro Cabrita.

Outro spin consiste em misturar o caso das golas com os descobertos em outros ministérios. Não são a mesma coisa. Neste caso, o filho do secretário de Estado fez negócios na área de responsabilidade tutelada pelo pai. A situação está tipificada na lei e dita a demissão do governante.

O que se deve perguntar ao senhor Santos Silva, tão preocupado com códigos de ética, é se compactua com ilegalidades. Inclusivamente quando a aplicação da lei não dá jeito para chegar à maioria absoluta.

Negar sempre, até ao fim

“Infiel, eu?! Jamais”, exclama o marido apanhado de calças na mão pela esposa. Negar, mesmo perante a evidência. Admitir é reconhecer que se errou. Negar sempre, até ao fim.

Imagem: Expresso

 

Rebaldaria Foxtrot e a burla do Governo

Uns tipos foram para a televisão mostrar as maravilhas que estavam a fazer quanto ao flagelo dos incêndios. Chamaram-lhe Aldeia Segura e para televisões consistiu mostrar um saco de brindes. Uma buzina de ar comprimido para chamar a atenção dos aldeões para o incêndio, não fosse eles não terem olhos, um colete daqueles que poucos vestem quando mudam o pneu furado, uns adesivos e pomadas para fazer de conta que trata das queimaduras enquanto não chegam os escassos primeiros socorros, uma lanterna a pilhas que há-de valer de grande coisa no meio do fumo e as tais golas anti-fumo que o desastrado ministro Cabrita trouxe para a ribalta à conta da sua arrogância.

O kit de propaganda custou centenas de milhares de euros e foi encomendado a certa boyada do partido socialista, que se manteve caladinha a ver se escapava, até tudo descambar devido ao desbocado ministro. As 70 mil golas anti-fumo custaram 328 mil euros, ou seja 4 euros e 60 cêntimos por uma meia larga feita na China dos negócios da China. Depois dos burlões que tentam sacar o ouro e o dinheiro aos idosos, só faltava mesmo terem sido burlados pelo Governo.

Agora dizem que vão alterar a lei para evitar a falta de vergonha. Parece que sem lei não há decência. O que neste caso é irrelevante, pois a lei já proibia estas negociatas. [Read more…]

Incêndios: António Costa tem as mãos sujas de sangue


António Costa que nos poupe as lágrimas de crocodilo.
Nesta tragédia dos incêndios, em que todo um país deixa andar durante décadas, ele é o principal responsável. Porque é o primeiro-ministro. Mas não só.
Foi ele, enquanto Ministro da Administração Interna, que extinguiu a carreira de guardas florestais – a mesma carreira que, já como primeiro-ministro, se recusou a reactivar. Foi ele, naquele mesmo ano, que recusou a implementação de um ambicioso Plano de Protecção da Floresta que apostava sobretudo na prevenção dos incêndios – a tal prevenção que 10 anos depois lhe enche a boca diariamente. Agora é que vai ser.
Já como primeiro-ministro, escolheu para a Administração Interna uma ministra sem qualquer peso (de falta de peso, valha a verdade, não podem acusar o futuro titular da pasta) e cuja imagem de marca, comentava-se nos circuitos socialistas antes ainda da tomada de posse, era a incompetência.
Escolheu-a e manteve-a, mesmo que após Pedrógão não tivesse quaisquer condições políticas para continuar. Graças à sua cobertura, os meios de combate aos incêndios foram reduzidos de forma drástica quando vinham aí condições meteorológicas extraordinárias. O sangue de mais de 100 portugueses está nas suas mãos e nenhuma das suas lágrimas o conseguirá limpar.
Relativamente à Esquerda, sempre tão gulosa a aproveitar as crises, [Read more…]

Pela Defesa da Descentralização

A nossa democracia teves três ciclos de implantação do poder autárquico: 1.º infraestruturação (redes de abastecimento, saneamento, viária, energia); 2.º equipamento (escolas, bibliotecas, equipamentos desportivos); 3.º qualidade de vida.

É neste último ciclo que a grande maioria das nossas autarquias locais se encontram estando a ação dos nossos autarcas muito vocacionada para um “Estado Social Local” no qual se pretende consolidar, e aprofundar, políticas de natalidade, de extensão de tempo para as famílias, de rigor urbanístico, de defesa da identidade cultural, desenvolvimento ambiental e económico sustentável e de um crescendo de mecanismos de democracia participativa.

Será neste novo tempo de “Estado Social Local” que se perspetiva a descentralização de competências na educação e formação, na saúde, na ação social, nos transportes, no património, na cultura, ou na proteção civil e num quadro político, inédito, em que o Partido Socialista tem a maioria das câmara municipais e está no governo com o apoio parlamentar dos partidos mais à esquerda do espectro partidário.

O futuro das autarquias locais, embora sujeito a condicionantes externas, tem um caminho muito próprio, no qual, cada vez mais, os projetos, decisões e diretivas devem ser desenhadas pelos nossos autarcas e pelas suas comunidades de forma autónoma e sem uma ligação ao Terreiro do Paço.

Rafael Amorim

Um passo importante para a reforma do Estado

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Parece-me que poderá estar a caminho um verdadeiro processo de descentralização no País.

Ontem o Ministro Adjunto Eduardo Cabrita disse estar a preparar o processo legislativo para que, em 2017, as presidências das áreas metropolitanas sejam eleitas de forma directa.

Entendi sempre, como social-democrata, que apenas a regionalização ou uma efectiva descentralização das competências do Estado, legitimidada por uma eleição directa, poderia contribuir para um crescimento mais coeso e equilibrado do País.

Entendo também a descentralização, através da eleição directa dos líderes das áreas metropolitanas, uma das vias para uma efectiva reforma do Estado.

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