Como aumentar ao comprimento e adequar a potência aos 50 anos

Chegar à meia-idade não é, forçosamente, sinónimo de perda de capacidades. Ou mesmo de possibilidades. Isto mesmo aprendi, recentemente: é possível aumentar ao comprimento e adequar a potência aos 50 anos.

Na verdade, há 20 anos atrás, por sugestão de familiares e amigos, resolvi obter a Carta de Marinheiro. Tendo ficado, então, habilitado a pilotar embarcação de recreio até 7 metros com potência não superior a 45kw.

Ora, a chegar aos cinquenta anos, idade documentalmente crítica que me obrigou a renovar a Carta de Condução, recordei, então, que a validade da Carta de Marinheiro, religiosamente guardada numa gaveta, fora de perigo de salpicos de água salgada ou doce, estaria à bica.

E assim era, segundo rezava no título que dava conta da validade estar para expirar.

Foi então que, após pesquisa, fiquei a saber que, por preciosa alteração legislativa, não só tinha de renovar a Carta de Marinheiro apenas aos 70 anos, como – e aqui os 50 ficaram com outro sabor -, foi-me aumentado o comprimento da embarcação de recreio, que passou para os “até 12 metros”, bem como a potência que passou a ser a “adequada à sua certificação”.

É sabido que com a idade, vem o aumento da sabedoria, do conhecimento, da experiência, a adequação do comportamento, etc.

Agora aumento do comprimento e adequação da potência por força de lei, é obra.

saber

dizem por aí que o saber nunca é demais

Parte de um livro meu em edição….

Queira lembrar o leitor, que denomino tempo à cronologia. Esse, que era delineado enquanto expunha saber. Pense o leitor, que talvez Jack Goody (1973,1976), bem como os seus mestres Meyer Fortes (1938 e 1970) e Evans Pritchard (1962) – todos eles mestres meus também, tenham tido razão ao correlacionar o tempo e a estrutura dos grupos sociais, entre os quais, o doméstico. Como debato em outro texto

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Os números da vida

O processo de envelhecimento, contínuo, inexorável, acompanha-nos a partir do fim do crescimento. Não damos logo por ele pois, durante um bom tempo, encaramo-lo como amadurecimento, onde vamos arquivando aquilo a que chamamos de “marcas do tempo”.

Pela frieza dos números da lapidar estatística, ultrapassei metade da minha esperança de vida. Já gastei metade do tempo que, previsivelmente, irei viver. E a verdade é que não dei por isso. Sem embargo das muitas coisas que vivi, e já foram algumas, não sabe a metade. Longe disso. [Read more…]