Directores de escolas de Coimbra em defesa da Escola Pública

Isto é muito simples: os defensores de privilégios à custa de dinheiros públicos estão necessariamente contra a escola pública e a favor do incumprimento da Lei. A hipocrisia grassa.

Ontem, graças a uma iniciativa da FENPROF, houve uma conferência de imprensa em Coimbra, com a participação, entre outros, de três directores de escolas públicas, homens conhecedores do terreno, que explicam tudo de modo claro e sucinto, desmontando, inclusivamente, a alegada superioridade do ensino privado.

No primeiro vídeo, ouvem-se as palavras do meu amigo Augusto Nogueira, Director da Escola Secundária D. Dinis; depois, Paulo Costa, Director do Agrupamento de Escolas Rainha Santa Isabel; finalmente, o Manuel Rocha, Director do Conservatório de Música de Coimbra.

Isto é muito simples: basta ouvir quem sabe. Os vídeos estão a seguir ao corte. [Read more…]

Com música

A última contratação do Aventar é o moço que toca violino nesta cantiga recolhida pelo Giacometti em Dornelas do Zêzere (pode ouver a recolha) e aqui variada pela Brigada Victor Jara.

Chama-se Manuel Rocha, ganha a vida como director do Conservatório de Música de Coimbra com aplauso da cidade até porque é o rosto de uma escola que não tínhamos mas agora temos, sendo também comunista desde pequenino, o que nesta aldeia é uma boa razão para não ser aplaudido.

Tem sido cabeça de lista da CDU deste distrito que inclui Dornelas do Zêzere, e um dia chega a deputado, aposto, com mais um esforço destes governos também a esquerda nesta província chega lá mais depressa do que devagar.

Estou vivo e não quero ter medo de ir a Coimbra-B

O  Manuel Rocha, violonista da Brigada Victor Jara e director do Conservatório de Música de Coimbra, foi vítima de uma brutal agressão. No hospital onde se encontra internado escreveu este texto, contando como tudo se passou, com a dignidade de quem não confunde a árvore com as florestas. As melhoras Manuel, e roubo-te o texto do Facebook para servir de exemplo: outro qualquer já teria exigido uma caça ao cigano.

Queridos amigos!

Boletim clínico: fractura do perónio e lesão na articulação da perna direita; escoriações muito ligeiras; sem mais lesões físicas ou morais; sono profundo e descansado.

Descrição da ocorrência: abordagem por marginal à entrada da estação de Coimbra-B; impedimento, pelo dito, de fecho da porta do automóvel; reacção enérgica, minha, à prepotência do marginal; agressão primeira sob a forma de pontapé; reacção enérgica, minha, saindo do carro para desimpedir a via pública (revelando excesso de visionamento de séries norte-americanas nas quais o “bom” ganha sempre); confronto físico de exagerada proximidade; intervenção do resto da alcateia colocando-me em inferioridade numérica e física seguida de manobra de elemento feminino (demonstrativo de elevado profissionalismo) de inutilização do membro acima referido; pausa para retirar os feridos do campo de batalha (eu).

Análise de conteúdo: não se tratou de violência étnica – os bandidos são bandidos seja qual for a característica dos indivíduos. A atitude demissionária e de assobiar para o ar de quem presenciou a ocorrência, não pode ser justificada pelo medo (característica, como é sabido, de quem tem cú), ou não faria sentido evocar esse pilar da civilização ocidental que é o amor ao próximo.

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