e os sentimentos no prolongamento artificial da vida? a Nai Esperanza, luto e melancolia

os meus sentimentos desenham o amor das nossas mães

Todos gostriamos vamos viver eternamente, da maneira e forma que hoje somos. Todos quereriamos manter o corpo da forma atraente e sedutora. Mas as descobertas no campo de ciência médica e genética, acrescentando um valor alimentar que os nossos ancestrais não conheciam e comiam o que havia com o valor nutritivo que pensavam ser o adequado. Especialmente em áreas rurais ou em áreas periféricas das grades cidades, sítios em que o porco era e ainda é a base alimentar. Minguém parecia importar-se com esse desconhecido conceito colesterol. Não é estranho, porém, que os que comiam menos, viviam mais anos.

Esse comer menos junto a um trabalho intenso, físico ou intelectual, mantinham o corpo são e com força. O descanso depois de uma refeição, era outra parte do segredo da natureza, como o não beber em excesso, e abster-se do café, esse vício trazido pelos lusos portugueses desde Ásia e cultivado nas colónias portuguesas de África e introduzido, seguidamente, no velho continente. Desde a China, onde era denominado chá, foi exportado para a Grã-Bretanha pela Infanta portuguesa Catarina de Bragança, a

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A Nai Esperanza Revisitada

lembranças dos tecidos da alma da Nai Esperanza

Parte do livro que escrevo: Esperanza

É-me quase impossível tornar a escrever qualquer texto, sem me referir mais uma vez a essa mulher que não se furtava ao trabalho. Essa Senhora que sabia ser não apenas Nai (em luso galaico, Mãe em luso português), mas também uma boa mulher do seu marido. Sempre pensei nela como uma Senhora. Não dessas Senhoras que sabem vestir à moda imperante, com fatos de seda e penteados de cabeleireiro. Desde que me lembro, vestia da mesma forma, uma blusa com fundo amarelo, com flores estampadas para decorar esse fundo. A saia era cor castanha obscura, até os joelhos, e meias grosas para se defender do frio.  [Read more…]

a Nai Esperanza

o meu imaginário desenha a uma señora de respeito, com alma diferente ao corpo

Andei pelas pradarias do lugar de Lodeirón, Paróquia de Vilatuxe en Lalín, Pontevedra. Não havia lugar em que eu não vise a nai, como se denomina em Luso Galego a nossa palavra mãe, essa senhora que nos deu à luz do firmamento. Como tenho relatado em outros textos meus de começos de Julho deste ano, Esperanza era a minha nai. Sentia por ela um carinho imenso, que não tinha cura. Pelo sim, pelo não, estava sempre presente e tomava conta de mim, como mais um neno da família, um catraio que ela cuidava. A conheci em tempos recuádos, quando eu tinha 30 anos e ela, quarantatrés. Levava comida ao meu amigo, hoje o seu viúvo, três anos mãis velho que ela.

Não sabia que tinha ido embora em 2006, póla enfermidade não merecida. Era não apenas carinhosa, bem como enchia a cara de bicos (beijos em português) a filhos e netos. Trabalhava mais do que devia. Tinha morrido de enfermidade não merecida e que nenhum podia curar.

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