Habemus paxem
Magnífica surpresa nesta saga de poetas para as cinzas nocturnas!
Há um labirinto de ismos que se entrecruzam
de pontes sobre um rio seco ou rio desviado para lá de mim
lago de silêncio com a cidade ao longe
regateando simbolismos de esferas ocas semeadas pelo parque
monumental parque de outros ismos já mortos
à espera de uma ressurreição sob o reflexo de mil janelas
empoleiradas nos altos muros da cidade virtual
em serena ode à quietude universal.
Ali na esquina há fumo branco e o estribilho feroz
de um surrealismo macabro, de um débil concretismo
experimentalista hermeticamente grosseiro
gritando aos ares habemus paxem.
Na deserta anatomia do silêncio onde outrora a poesia já morou
grita bem alto o histórico fóssil da verdade
em pedaços de vida fumegante
e monstruosas resmas de páginas em silêncio.
Montanhas de nomes a apodrecer entre escombros de pensamentos
que embrulharam a consciência adormecida durante séculos
Inglórios sufocos de ar emoldurados de paz e de vida. [Read more…]
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