Escrevo este post durante o intervalo do Moreirense vs Sporting quando o resultado da partida é favorável ao visitado por 2-1. Não irei ver a 2ª parte. Pela primeira vez em 4 anos dei por mim a crer que neste momento é mais benéfico para a minha saúde não ver, não ler e não querer saber. Reparo portanto que a última vez em que deixei de ver os jogos do Sporting foi precisamente nas últimas semanas do mandato de Godinho Lopes. Sobra portanto tempo para ver futebol a sério e para ver jogos de equipas que, indiferentemente da sua condição nas tabelas classificativas, ainda se esforçam minimamente para atingir os seus objectivos ou que, à falta deles, garantem bons espectáculos aos seus adeptos e dignificam a sua camisola até à última gota de suor.
Basta! O Sporting precisa de uma reflexão urgente
Como já escrevi em determinadas ocasiões neste espaço, sou um Sportinguista puro, doente, a roçar o fanático há 29 anos. A minha relação com o Sporting é una: nunca abandonei o apoio a este clube nos maus momentos, fazendo sempre das tripas coração para o ver quando financeiramente o posso e não o posso fazer, estando a equipa de futebol, de hóquei, de andebol, de futsal, de ginástica ritmica a ganhar ou a perder, a golear ou a ser goleada, com ou sem títulos nas últimas temporadas. Quando o mês está a correr mal e estica mais do que aquilo que era devido. Quando a tristeza assola mais a alma do que a alegria. Quando o Godinho, o Soares Franco, o Bettencourt e toda aquela tralha de Cascais que acha que somos raia miúda e que jamais deverá governar os destinos do clube, nós os Sportinguistas que nos fundimos com o clube, que o tomamos como uma parte muito importante das nossas vidas, com o mesmo quase acabaram. Quando, com este grande amor que nos possui durante 365 dias por ano, 24 horas por dia, que levamos ao peito ao frio, à chuva, que transportamos como capa quando os rivais nos escarnecem dos nossos sucessivos fracassos, que nos enche de orgulho e de lágrimas, ao ponto de não querermos ir à escola, de não conseguirmos desfrutar de uma refeição como deveria ser desfrutada quando perde aquele jogo importante.
Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990?
Ou seja, “para no próximo sinal amarelo” e “em risco para o clássico”? Ah! “pára no próximo sinal amarelo” e “em risco para o clássico“. OK. Siga.
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