Há alturas em que se quer deixar o passado para trás, mas há passados que insistem em querer ser presente. Aos poucos, vão putrificando, empestando o meio com um rasto bafiento capaz de competir com o aroma de peixe estragado.
No que me toca, preferia deixar de verter caracteres sobre Passos Coelho. Chegou-me escrever, durante mais de quatro anos, sobre as falsidades e insultos com que matraqueou os portugueses. Porém, a mentira, instrumental na sua carreira política, torna-o no passado que teima em nos perseguir, tal como neste caso das inaugurações que diz não ter feito. Os descarados são assim, nem se preocupam com a possibilidade de serem desmascarados.
A trupe que o rodeia construiu metodicamente a imagem Pinócrates, colando Sócrates à ideia de mentiroso. O que fariam eles se o seu chefe não fosse o chefe? Desde 2011 que não se teriam calado sobre o grande mentiroso que os comandava. Teriam inventado uma alcunha apropriada, como Pinóqio Coelho, que usariam a cada nova patranha. Como é preciso fazer pela vidinha, relativizam e procuram desviar a atenção para o acessório. Mas, vá lá jotinhas, ajudem o chefe, indicando-lhe o caminho – basta-lhe seguir o nariz. Continuando assim, até parece que querem manter o alvo das críticas longe do governo. Acreditem que a geringonça agradece.
Adenda
Vídeo com as declarações em causa e decorado de forma muito apropriada. Clicar na imagem para ver no Facebook. A parte assombrosa reside no silêncio por parte dos jornalistas perante tão flagrante mentira.
Subscrevo totalmente este texto de J.Manuel Cordeiro.
Este tipo, é um insulto ignóbil e canalha, é um vómito, uma pústula repelente aberta na Democracia portuguesa.
Coirão como sempre este Cordeiro de manhas e mentiras.
Não liguem , a erva queimo-lhe os Neurónios