Como estimar o número de pessoas numa multidão

Em tempo de manifestações, especialmente agora que a Direita saiu à rua, dá jeito saber como se estima o número de pessoas numa multidão. Há quem tenha estudado este assunto para, por exemplo, planear acções de segurança.

pessoas por metro quadrado

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Para mais informação, consultar o excelente sítio do Prof. Dr. G. Keith Still. Notar, também, como o posicionamento do ponto de observação (câmara de filmar, por exemplo) condiciona enormemente a percepção da densidade da multidão.

Exercício prático:

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Sondagens

Ora saem mais umas sondagens. Não de cá mas da Grécia. E como dizia o Pessa, e esta hem?

Repetir devagarinho: o governo não mandou fechar colégios

5345254_desenho-animado-boca-balão-de-fala-mão-projeto-arteO actual ministro da Educação já fez algumas asneiras e muita coisa me diz que continuará a fazer, entre o aprofundamento da municipalização e o afundamento de currículos. Admito, até, que, por questões ideológicas e/ou pessoais, haja quem não concorde com a decisão de rever alguns contratos de associação, mesmo que muitos desse contratos desrespeitem a lei. Essa revisão terá, com certeza, implicações negativas, também no que se refere à vida profissional de professores e é certo que não serve de consolo saber que Nuno Crato conseguiu fazer o mesmo a muitos mais.

Tudo isso é verdade, mas não é verdade que o ministro tenha mandado fechar colégios, até porque não é dono deles. O ministro não pode sequer impedir que os colégios abram turmas, desde que cumpram os requisitos legais para tal. O ministro pode, no máximo, acabar com o financiamento de colégios com contrato de associação. Antes dele, já houve quem fechasse escolas, colégios não. Sendo assim, vamos lá repetir devagarinho: o governo não mandou fechar colégios. Ainda não perceberam? É fácil. Vão repetindo. Isso. Outra vez. Outra. Ainda outra. Pronto. Ponto. Viram como foi fácil?

O Zé julga que é historiador

O Zé acredita que é jornalista. Agora, pensava que era historiador, mas fascismo não é quando um homem quiser.

Buzinão pela liberdade de escolha

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Manuel António Madama, diretor do colégio de São Mamede do grupo GPS, cedeu a sua coleção de 80 carros para a organização de um buzinão pela liberdade de escolha. Um aluno de 12 anos de um colégio privado, que guiava um Lamborghini Diablo amarelo, declarou à Aventar TV que estava ali a lutar pela liberdade de escolha. Não permitiria que o governo lhe tolhesse a liberdade de escolher entre um Lamborghini e um Ferrari. Um professor, participante absolutamente espontâneo do buzinão, declarou-nos que também se manifestava pela liberdade de escolha. Garantiu-nos que escolheu com toda a liberdade entre participar no buzinão ou não participar e ser despedido.

A grande mentira amarela

TContas

Numa jogada que tem tanto de absurda como de pouco surpreendente, parte significativa da imprensa nacional tentou transformar um embuste em facto, subalternizando o parecer da PGR que legitima a posição assumida pelo ministério da Educação sobre a polémica dos contractos de associação. Desmontado o embuste, alguma imprensa lá acabou por emendar a mão. Estranhamente, e a julgar por aquilo que foi sendo difundido pelos canais de comunicação dos autoproclamados defensores da escola, nem uma palavra dos indignados sobre o assunto. Importa reforçar que o Tribunal de Contas não deu razão nenhuma às reivindicações do lobby do ensino privado. Nenhuma, zero. Foi tão somente uma manipulação fraquinha que só veio descredibilizar a actuação de quem dirige este movimento. E ficava-lhes bem assumir que tudo não passou de uma grande mentira amarela.

Montagem via Os Truques da Imprensa Portuguesa