Demência moral

a espera

Alguém que tenha a caridade de explicar ao responsável pela governação do país durante 348 dos 365 dias de 2015 que ele até poderia ter tido ausência de défice se tivesse adiado despesa qb mais um mês.

Varrer o BANIF para debaixo do tapete, até ter rebentado nas mãos do inquilino seguinte, não serve de argumento para fazer de conta que não foi nada com ele.

Passos Coelho insistiu que Portugal teve um défice de 3% em 2015, se se descontar a despesa com o Banif.

Não é por se insistir na mentira que esta passa a verdade. Mesmo com as vozes do dono a fazerem de caixa de ressonância na comunicação social.

A demência, no entanto, não fica por aqui. Mandam recados para Bruxelas a pedir que Portugal não seja castigado por défice excessivo. Há logo a questão da linguagem, tão ao gosto católico, do pecado e penitência. O irónico é que, como vimos, o pecador estava a pedir, nem mais, nem menos, do que absolvição para si mesmo. [Read more…]

Efectivamente: «declarar serem verdadeiros os fatos»

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Sim, «declarar serem verdadeiros os fatos». Os fatos? Exactamente. Os fatos. Trata-se de fenómeno antigo. Há solução? . Qualquer dia, o Benfica conquista o tetra e este assunto ainda não foi resolvido. Um pouco mais de rapidez, sff. Obrigado.

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© Patrícia de Melo Moreira (http://bit.ly/1smVduC)

Neoliberalismo no séc. XXI: retrocesso e criminalidade financeira

EUA

Até agora, 32 empresas ligadas a Donald Trump foram identificadas nos Panama Papers. Os documentos revelados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas mencionam o nome de Trump 3540 vezes. Ironicamente, uma parte significativa dos seus apoiantes diz que votará em Trump alegando que o sistema político está corrompido e que o candidato Republicano trará a mudança.

Via Uma Página Numa Rede Social

O regresso dos One Diretion

Dos One Diretion? Exactamente: dos One Diretion.

Tantos rottweilers e nem um que ladre a Mario Draghi

MD

Quando Mario Draghi foi convidado a participar no Conselho de Estado por Marcelo, a polémica instalou-se. A esquerda, quase em uníssono, criticou o convite. À direita, a satisfação era generalizada. Espera lá Costa, que já aprendes uma lição! E Draghi por cá passou, dando o ar da sua graça, espetou uns quantos alfinetes no governo e regressou à sua fortaleza, sobre a qual a conselheira económica de Angela Merkel, Isabel Schnabel, afirmou tratar-se de uma “quase instituição política“, “apesar de não responder a qualquer controlo parlamentar. Coisas da democracia moderna. [Read more…]

Esconder, encobrir, ocultar e impor!

parliamentsImagem: Iniciativa Europeia contra o TTIP e o CETA

Na sexta-feira passada, a bancada do partido alemão „Die Linke“ (digamos, o BE português) apresentou no parlamento alemão uma moção contra a aplicação provisória do CETA, o acordo de livre comércio e investimento da UE com o Canadá (correspondente ao TTIP com os EUA). Numa sala quase vazia, foram discutidos os prós e contras, a natureza mista ou não-mista do CETA e ainda pretensamente divisadas as partes que são da competência exclusiva da UE. No fim, como era de recear, em vez de ser votada no parlamento, a moção foi remetida para as comissões relevantes. [Read more…]

O Luxemburgo tenta proteger a evasão fiscal

Abre processo a jornalistas e informadores do LuxLeaks. São de certeza europeus a tempo inteiro.

Carta do Canadá – Os brasis

Eu sei de vários Brasis. Tenho-os encontrado ao correr dos anos. O primeiro Brasil que eu encontrei foi o da música, dos sambinhas meio ingénuos, meio marotos. Era o tempo de Carmen Miranda. Ficou-me esse gosto pela batida brasileira (tão próxima da batida angolana), aquele jeito solto de rimar o pão nosso de cada dia. Depois veio o tempo das greves académicas em Portugal, da ditadura no Brasil, e a descoberta de Bethania,  Caetano Veloso, Gilberto Gil,  Chico Buarque, Tom Jobim  – a fazerem o contraponto de resistência às toadas baianas de Dorival Caymi e às figuras esculpidas em prosa por Jorge Amado. E a descoberta, deslumbrada, da poesia brasileira, que leio tanta vez.

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