A natureza política é composta por espécies que se cruzam habitualmente de forma endogâmica, com pontuais dissidências. Observando outros ecossistemas, sabemos que a variedade é fundamental para a preservação de uma espécie saudável, sem problemas de consanguinidade e liberta de malformações.
É, portanto, um favor que se faz à classe política não lhe oferecer uma maioria absoluta. Fica mais resistente às pragas e ervas daninhas. Se uma maioria simples já gera casos graves de nepotismo e de acentuada queda de vergonha na cara, imaginem-se estes seres libertos do travão parlamentar, mesmo que frouxo como na legislatura que agora terminou.
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