Vox populi dixit, roubas um tostão e és um ladrão, roubas um milhão e és um sabichão. Inventei isto agora mas diversas variantes dizem a mesma coisa. Seja na versão do idoso que roubou uma lata de atum e viu o seu nome escarrado na comunicação social, seja no tom eufemístico com que os gestores de topo são tratados nas comissões de inquérito a cada falso ataque de amnésia.
O Banco de Portugal entrou novamente neste jogo ao não divulgar os nomes dos devedores que receberam os milhares de milhões de euros roubados aos rendimentos dos trabalhadores por conta de outrem. Segundo o seu representante máximo, Carlos Costa, tal deveu-se aos riscos de violar o sigilo bancário. Os biliões, como dizem os americanos, têm direito à proteção que o vulgar cidadão não tem. Experimente o leitor não pagar o IMI e logo verá quanto tempo decorrerá até ver o seu nome inscrito nas listas públicas de devedores ao fisco.
A incapacidade, para não adjectivar de forma mais incisiva, que os sucessivos governos têm demonstrado ao não conseguirem lidar com os parasitas do regime é o seu maior fracasso. E será, certamente, o estrume onde a extrema-direita há-de crescer.
Segundo vi na TV a vários banqueiros entrevistados, parece que os caloteiros têm vontade de pagar mas, se virem os seus nomes divulgados, perdem o “incentivo” para o fazer.
Mas afinal essa lista já não foi divulgada há tempos, por erro, informático? Até me lembro de ver lá o nome de um empreiteiro de Braga, e dum tal Manuel Fino…
O Pedro mata, é o monstro de Aguiar da Beira.
O senhor doutor, empresário e ex-deputado Duarte, supostamente mata mas é unicamente arguido, e temos sempre que lembrar a presunção de inocência e o trânsito em julgado e mais não sei o quê…
O sigilo bancário é uma treta que os ladrões de colarinho branco inventaram para se protegerem da cobiça alheia. Se mais gente ficasse a conhecer a arte de bem roubar, o quinhão seria muito menor para eles assim, vão vivendo, enganando uns e outros, sem grandes sobressaltos porque estão protegidos pelo sistema. As armas que usamos para os combater (o teclado do computador) cairam em desuso no dia em que foram criadas leis para os proteger e tribunais para silenciarem quem ouse duvidar do seu ” bom nome” São os efeitos de uma democracia feita de cravos nos canos das espingardas.
A esquerda não consegue distinguir Direita de Dinheiro.
Verdade se diga que não consegue distinguir Esquerda de Sacar Dinheiro.
Porque a esquerda que haveria de produzir pregos e sabão está-lhe vedada pela visão de um qualquer o lugar de chefe de Finanças.
E é esta a indigência da intelectualidade esquerdalha.
Segundo o Sr Cruz, a esquerda é burra, mas ele é que escreve só bosta
O problema da direitola é que não destinge o dinheiro na carteira pessoal do estado da economia. Assim sendo, continuam os menos sem perceber o quanto as regras do mercado único lhe tiram da carteira.
Ou por outra, lhe desviam antes da carteira conseguir estar minimamente perto para o cheirar.
“A esquerda não consegue distinguir Direita de Dinheiro”.
Pois! E a prova é o que aconteceu aquando da eleição do esquerdalho Aníbal Lasca. Quem a financiou? A seita esquerdelha Espírita Santa, comandada pelo conhecido castrista Ricardo Cloretado de Sódio.
Independentemente do BdP fechar os olhos aos colossais desvios de dinheiros públicos, não tem competência para abrir mão do sigilo bancário (decreto-lei). Os únicos com capacidade de acabar com o sigilo são os partidos com assento na AR e pelos vistos ninguém está interessado…