Combater o vírus da evasão fiscal para salvar a União Europeia

TH

Imagem via Pressenza

Dinamarca, Polónia e França tomaram uma decisão muito sensata e corajosa, ao excluir todas as empresas sediadas em paraísos fiscais de qualquer apoio estatal, no âmbito do combate às consequências económicas da pandemia. O meu aplauso e votos de que o governo português tenha a mesma coragem e sensatez. Que este seja o primeiro passo para um boicote total da UE à evasão fiscal, e que todos os membros lhes sigam o exemplo. E que o segundo seja um projecto de harmonização fiscal no seio da União, para acabar com as práticas desleais e contrárias ao espírito que está na base da sua constituição, das quais países como a Holanda, o Luxemburgo e a Irlanda não querem abdicar. Se queremos sobreviver e sair desta crise com uma União Europeia mais coesa, mais justa e mais solidária, ao invés de ficarmos sentados a assistir ao seu colapso, o momento de agir é agora.

Comments

  1. Pedro Vaz (Nacionalista) says:

    “uma União Europeia mais coesa, mais justa e mais solidária”

    …e com mais bases e equipamento militares a rodear a Rússia, China, Irão e Coreia do Norte não é ó fantoche do Soros?

  2. Paulo Marques says:
  3. Franciu says:

    As empresas que não tem q fazer, tem q despedir funcionários sob pena de falirem. O Estado em vez de suportar os subsídios de desemprego , entrega o dinheiro ás empresas que o entregam aos funcionários, e este caralho vem para aqui dizer que as empresas são subsidiadas. O meu anormal os subsidios são para pagar aos empregados que de outro modo estariam desempregados. Com inteligências destas a escreverem em blogs … estamos conversados.

    Franciu

    • João Paz says:

      Com um Franciu (seja lá isso o que for) a bolsar para aqui fezes temos de fazer uma laparoscopia de urgência para saber qual é o GRAVE PROBLEMA de que padece. “O meu anormal” os Subsídios a em presas COM SEDE FICTÍCIA noutros países não são para pagar salários mas para aumentar o superavit desses campeões da batota (Holanda, Luxemburgo etc). Mas compreendo a sua necessidade de se colocar do lado do Menos, Vaz e Cia. Noblesse oblige:

  4. Jose Oliveira says:

    Precisando a ideia do João, eu diria que os estados deveriam excluir de toda a espécie de apoios e subsídios as empresas que deslocalizam as suas sedes para países onde não operam, como é o caso de algumas das maiores a operar em Portugal, mas com alegada sede na Holanda, por exemplo.

  5. Julio Rolo Santos says:

    Faz-me muita confusão porque é que o nosso governo tem tanta relutância em se juntar aos países que mencionou para, todos juntos , acabarem de uma vez por todas com os paraísos fiscais que albergam no seu seio empresas fantasmas, que não estão ai a exercerem a sua atividade principal abrindo aí apenas um simples escritório, para onde canalizam a sua contabilidade e aí poderem beneficiar do pagamento de impostos mais favoráveis defraudando o país onde teem a sua atividade principal e onde obteem os seus lucros. É vergonhoso e repugnante para as empresas que assim procedem mas também para os governos que nada fazem para inverterem essa situação . Oxalá que, com esta crise económica que se abateu sobre os países do Euro, os países, nomeadamente o nosso, abram a Pestana e ponham um ponto final nesta bagunça.

    • Paulo Marques says:

      Não é uma questão de relutância, é uma questão de poder, onde o que conta é o dinheiro… que é sugado por países com instituições financeiras que fazem as regras.
      Podemos ser os bons alunos o que quisermos, mas isso vale zero quando as crises chegam, parecemos o Charlie Brown a chutar a bola de futebol.

  6. Fernando says:

    Vou festejar quando a União Europeia acabar!

    A farsa neoliberal que chamam “União Europeia” já dura há muitos anos e só tem degradado a vida de milhões de europeus, especialmente os do sul…

    Quando a U.E. acabar alguns vão dizer que Putin foi o responsável…

    • Fernando says:

      A “ajuda” da União Europeia reduz-se a isto “tomem lá mais dívida, não se preocupem com ela… por enquanto…”

      Tal como aconteceu depois da crise provocada pelos Bancos em 2007! Depois foi a canalhice que se viu…

      A União Europeia é um esquema perverso para impingir dívida! Sempre o foi desde o início, por muito que alguma gente de esquerda ainda não se tenha apercebido disso…

      Mas o culpado disto é o Putin!

    • xico says:

      Se pensa que a vida dos europeus do Sul está degradada desde que integraram a UE, é porque não os conheceu antes de serem da UE. Só pela livre circulação de pessoas e mercadorias e pela legislação ambiental, já valeu a pena. Hoje podemos ter uma empresa de garagem sedeada numa aldeia perdida numa serra do interior de Portugal a exportar e a trabalhar para qualquer capital europeia. Saiam das cidades e vejam como o interior do país se relaciona com os mercados da Europa sem passar por Lisboa.

      • Fernando says:

        O xico se calhar tem uma empresa numa aldeia e agradece à União Europeia por isso.

        O que é que as centenas de milhar que foram obrigados pela Comissão Europeia a emigrar, aqueles que tiveram que fechar as suas empresas devido à Euro-Troika, os milhões de desempregados e subempregados vitimas da austeridade europeísta têm a agradecer à União Europeia?

        Se para o xico ter uma banca disfuncional, ter uma economia sustentada em especulação imobiliária e turismo (e os seus baixos salários e precariedade) é algo que devemos agradecer à União Europeia então agradeça à vontade, a União Europeia condena este país a isto…

      • anticarneiros says:

        “Saiam das cidades e vejam como o interior do país se relaciona com os mercados da Europa sem passar por Lisboa.”

        O problema é que a maioria, não conhece o interior, nem tem a mínima, mas mesmo mínima ideia o que é viver la

      • João Soares says:

        Diz o Xico : – “…vejam como o interior do país se relaciona com os mercados da europa sem passar por Lisboa.”
        A “balança comercial ” de Bragança é altamente deficitária no que respeita a import./export. de putedo importado que só depois de 3 anos de uso em Bragança é que são cedidas a Lisboa.

      • Paulo Marques says:

        Não comprávamos iPhones e Mercedes, nem podíamos ir num dia comer croissants a Paris e voltar, mas tínhamos emprego que dava para três refeições e um tecto para quse todos. E sem ser a crédito, veja lá, até tínhamos direito a ter propriedade.
        A comparação não é o antes com o agora, esquecendo que se passaram 34 anos em que todos os outros países também mudaram. O importante é o que somos obrigados a fazer agora, como os 63 cortes na saúde mandados pela comissão que nos custaram vidas ou mais uma forte desvalorização interna por via do desemprego, e o que não pudemos fazer, como impor regras às instituições financeiras. Apesar de toda a retórica, a alternativa são as regras da OMC que mantinham o comércio mais ou menos idêntico, não a jangada de pedra.

  7. João Paz says:

    ” sair desta crise com uma União Europeia mais coesa, mais justa e mais solidária, ao invés de ficarmos sentados a assistir ao seu colapso, o momento de agir é agora.” João Mendes Não estava habituado a Vê-lo acreditar em milagres mas há um momento para tudo, não é?

  8. JgMenos says:

    Esperara que Holanda, Luxemburgo e Irlanda sejam considerados paraísos fiscais é o sonho húmido de lerdos.
    Definir um taxa mínima de imposto já seria um enorme avanço.

    • POIS! says:

      Pois temos que agradecer!

      A JgMenos por ter partilhado com todos nós os seus mais íntimos sonhos húmidos, contribuindo assim para o avanço da moderna psicanálise.

      Pese embora que os freudianos mais puros fiquem um tanto frustrados por se tratar de um sonho que se confunde bastante com a realidade. Não conseguem conceber que, para JgMenos, o que interessa mesmo é a humidade. Esta noite, por exemplo, sonhou com vacas a pastar e resultou na mesma.


  9. na tugalândia seria uma falta de respeitinho pelos ricos patriotas que gostam de ter o dinheiro longe e Portugal e não ter de pagar, seria uma caturreira e falta de chá, o mundo estaria perdido e antigamente é que era bom!