BE: Tiques de multinacional do imperialismo ocidental?

Segundo a tendência interna do Bloco de Esquerda, chamada “Convergência” o processo de despedimento dos trabalhadores do BE peca por falta de transparência:

Estamos claramente perante uma situação anómala e violadora dos Estatutos em que uma decisão que deverá ser tomada pela Mesa Nacional nem na Comissão Política foi discutida, tendo sido o Secretariado a apropriar-se indevidamente em claro abuso de poder – que, como órgão executivo, nem sequer tem – de funções da Comissão Política, mas com a conivência fraudulenta desta com total desconhecimento dos membros eleitos pela moção E e N.

Nesta matéria espero que a comunicação social esteja atenta. Não vá dar-se o caso da velha máxima: “Olha para o que eu digo e não para o que eu faço”.

No estilo esmagador que caracteriza a maioria, a proposta foi recusada com a justificação do respeito pelos funcionários a despedir que não podiam ficar dependurados de demora na decisão. O respeito e carinho que a maioria nutre pelos funcionários são de tal monta que alguns deles só souberam do  despedimento quando receberam a nota de vencimento.

Vocês não sei mas eu estou a ver aqui, ALEGADAMENTE, tiques de multinacional do imperialismo ocidental na forma como este problema está a ser tratado pelo Bloco de Esquerda. Mas isso sou eu que sou do contra…

Euro divergência

André Serpa Soares

Convergência. Esta é a palavra-chave que sempre me fez acreditar que é bom estar integrado na União Europeia.
Convergência no desenvolvimento e em tudo o que ele implica: educação, saúde, apoio social, qualidade de vida, poder de compra, aprofundamento da democracia, civismo, cultura, infraestruturas, livre circulação de pessoas e bens… Convergência.
A Europa partilha um espaço geográfico comum que, como se costuma dizer, vai do Atlântico aos Urais, da Escandinávia às ilhas mediterrâneas.
Partilha também, supostamente, uma tradição comum, histórica e filosófica, de ética e de valores.
A antiga Grécia, o Império Romano, o cristianismo, são pilares identitários comuns à maioria dos povos europeus. No entanto, existe na Europa uma enorme diversidade cultural, étnica e religiosa, aumentada pelos fluxos migratórios de outros povos e continentes, e esse multiculturalismo e abertura ao mundo é também um dos seus valores
A II Guerra Mundial e a separação do “velho continente” em dois blocos políticos (e sociais) não foram suficientes para abrir fracturas tão permanentes que impedissem a criação e desenvolvimento de uma consciência e de um “espaço europeu”, alargado ao longo dos anos.
E foi este desenvolvimento da consciência e do “espaço europeu” que levou os povos a transferirem parte da sua soberania para cinzentos “eurocratas” que nos conduziriam a todos, europeus, a uma convergência. [Read more…]

A podridão da política

Cortes nas reformas deixam políticos de fora