Maria de Lurdes teve azar. Nasceu sem papas na língua e não hesitou quando, contra ela, foi cometida uma injustiça enorme por causa de uma bolsa de estudo. Acusou o ministro Manuel Maria Carrilho (esse mesmo!) e, no seguimento do processo, uma série de sectores da Justiça que, no seu entender, fazem parte de uma corja da pior espécie. A corja da Justiça.
Foi intimada a parar com esse palavreado, caso contrário ia presa. Não parou. Entre outros elogios, chamou psicopata a Maria José Morgado pela forma como sorriu para ela. A pena suspensa transformou-se em definitiva e, três anos depois e por mero acaso, acabou por ser detida e transportada até Tires.
E agora, temos alguém preso porque chamou psicopata a Maria José Morgado. Não matou ninguém. Não se deixou corromper. Não roubou um Banco. Nunca foi Dona Disto Tudo. Apenas chamou psicopata a Maria José Morgado.
Parece que Maria de Lurdes não pode sequer queixar-se ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, porque deixou passar o prazo. Foi presa por delito de opinião e ficará enclausurada durante três anos, como se fosse uma criminosa.
E como se esta choldra de país fosse uma Coreia do Norte qualquer…
Maria de Lurdes, a mulher que está presa por ter chamado psicopata a Maria José Morgado
Morreu Saldanha Sanches
Com 66 anos faleceu o conhecido fiscalista e político, activista dos anos 70, homem empenhado, preso várias vezes pela PIDE. Deixa viúva a aconhecida magistrada Maria José Morgado.
O Aventar e eu próprio, embora tendo sido adversário político, deixamos aqui a mainisfestação do nosso pesar .
Corrupção… deixem-se de estudos e comecem a agir
Parlamento aprova Comissão sobre combate à corrupção por unanimidade
De acordo com o projecto de resolução do PSD, “a comissão tem por objecto a recolha de contributos e a análise de medidas destinadas ao combate à corrupção” e “funcionará pelo período de 180 dias”, findo o qual deverá apresentar as suas conclusões.
A solução que nos propõem mais uma vez é estudar. Vamos estudar como resolver este problema.
Sim, porque no mundo todo ou mesmo só em Portugal, nos últimos 15 / 30 anos ninguém estudou este fenómeno nem apontou possiveis soluções.
Não esquecer que até já temos um Conselho de Prevenção da Corrupção, talvez não fosse mal pensado falar com eles antes.
Ou se quiserem relembrem uma intervenção de Maria José Morgado a propósito do urbanismo que referia que nesse plano “estamos numa área que é uma espécie de buraco negro da democracia” e explicava como Espanha conseguiu mitigar esse problema.
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