O sucesso do Capitalismo

Ana Cristina Pereira Leonardo

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Quando a fortuna acumulada de 8 (OITO) marmanjos equivale à miséria detida pela metade mais pobre da população mundial, 3,6 mil milhões de pessoas (TRÊS VÍRGULA SEIS MIL MILHÕES), somos obrigados a concluir que o Capitalismo é um sucesso, pelo menos para oito terráqueos.

Clube dos Poetas Imortais: Ernesto Sampaio (1935-2001)

Este é o último texto desta série, na qual privilegiei a presença de amigos e de poetas estrangeiros de língua portuguesa, pouco divulgados entre nós. Aglutinando esta a outra série, «Poemas com história», começarei em 2010 a série «Poesia & etc.», onde me debruçarei sobre poetas, vivos ou falecidos, eruditos ou populares, e, de quando em vez, um poema meu, de preferência inédito – sempre com paleio explicativo. Falarei também de poetas que nunca escreveram poemas. Digamos que o «etc.» do título é muito abrangente. Comecei este clube com o António José Forte e termino-o com outro poeta surrealista – Ernesto Sampaio.

Conheci o Ernesto Sampaio no café Gelo, em 1958. Na tarde de 16 de Maio eclodiram motins por ocasião da chegada a Lisboa, vindo da triunfal visita ao Porto, do general Humberto Delgado. Já houvera confrontos na estação de Santa Apolónia e repetiram-se, com maior violência, quando o general chegava à sede da candidatura, que funcionava no Teatro Avenida. No meio da refrega, encontrei-me lado a lado com o Ernesto Sampaio que conhecia, como já disse, do Gelo. E lá andámos na faina do arremesso de pedras, nos avanços e fugas – o trivial, nestas coisas. Já anoitecia, quando chegámos ao Gelo. Contámos aos outros, que tinham ficado à mesa do café a ouvir os rumores dos confrontos, o que se passara. [Read more…]