Ratificação das contradições de Krugman

A convite do primeiro comentador deste ‘post’, Krugman contra Krugman, assisti à homenagem a Paul Krugman, Nobel da Economia em 2008, na Aula Magna da Reitoria da Universidade Clássica de Lisboa. Ouvi-lhe alguns argumentos de estilo e conteúdos habituais, dos quais destaco:

  • A Alemanha está a comandar energicamente a ‘zona euro’, optando por uma política ortodoxa de controlo orçamental e anti-inflaccionista, em vez de seguir a via expansionista, acompanhada por medidas de acesso a dinheiro fácil junto do BCE.
  • O primeiro-ministro português está condicionado e tem pouca influência; do género das capacidades limitadas do governador de New Jersey nos EUA.
  • A Grécia está definitivamente perdida e vai sair do euro.
  • A Irlanda, ao invés do que se diz, não é um caso de sucesso.
  • Portugal tem 75% de probabilidades de permanecer no euro.
  • Cortes nas despesas acentuados causam perdas de receitas consideráveis dos impostos, a um ponto tal que o rácio défice/PIB piorará bastante.
  • Mais austeridade é uma medida destrutiva.

Em conferência de imprensa, noticiada aqui e aqui, Paul Krugman voltou a defender que os salários dos portugueses deveriam ser reduzidos de 20 a 30%, tomando por referência à Alemanha.

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C’um Catroga!

De Sócrates e da sua governação de 6 anos, os portugueses sabem o suficiente. O diagnóstico está  feito. Portanto, no presente, o que preocupa os cidadãos é o futuro, próximo e duro, sabendo à partida que o programa de governo, independentemente de partidos integrantes, é aquele que a troika estabeleceu neste memorando.

Relativamente às próximas eleições, os  votantes, em número normalmente abaixo dos abstencionistas, começam a dar indícios de poder a privilegiar o PS de Sócrates em relação à alternativa PSD. Esta sondagem do ‘Público’ é mais um sinal nesse sentido, a somar a outras divulgadas na última semana.

Parece-me oportuno interrogar: a que se deve esta quebra do PSD? Entre diversos motivos, cito: a imaturidade de PPC, a senilidade do ribatejano Catroga, um oportunista já denunciado no ‘Aventar’ pelo João José Cardoso; e sobretudo a incapacidade do conhecido economista falar claro e verdade. Nem sequer tem o cuidado de estar em sintonia com  Passos Coelho.

O líder social-democrata afirma-se contrário ao corte de salários, para compensar a´redução da TSU até 4%, preferindo aumentar os impostos sobre o consumo.  No entanto, Catroga, no ‘Prós e Contras’ de ontem, afirmou que os impostos não serão aumentados.

Bom, Catroga que manifesta  eloquente falta de condições comportamentais e intelectuais para o exercício de funções governativas, comunica mal, entrando gratuitamente em litígio  em diversas frentes. Ontem, foi com Silva Pereira, o que até seria natural, mas também com António Pires de Lima do CDS, seu antigo companheiro na Nutrinveste, e ainda com o Prof. Carlos Coelho que se encontrava entre a assistência.

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