Há pouco tempo, três funcionários da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim encontraram um envelope com 4407 euros e devolveram-no. O gesto dos três profissionais tem sido amplamente louvado.
Há quem diga que quem faz a sua obrigação não merece ser elogiado, mas a verdade é que vivemos num país em que há demasiadas pessoas que prosperam por não cumprir os seus deveres.
Cavaco Silva recebeu os três lixeiros em Belém e aplaudiu a sua conduta, lembrando que o dinheiro encontrado corresponde a quase dez salários de cada um dos funcionários municipais.
Provavelmente, a situação dos homenageados poderá ter feito com que Cavaco relembrasse a sua periclitante situação financeira de aposentado sem posses para fazer face às suas despesas.
Para além disso, talvez Cavaco tenha experimentado um sentimento que mistura inveja e admiração, algo que todos sentimos diante de proezas que seríamos incapazes de realizar. A verdade é que o ainda Presidente da República, mesmo podendo fazê-lo, não contribui para a devolução do dinheiro que muitos trabalhadores têm perdido, num período que, curiosamente, teve início desde que chegou a Belém.
É claro que Cavaco não está sozinho, já que Passos Coelho não lhe fica atrás: na realidade, mal chegou ao governo, pegou nos envelopes que continham ordenados, retirou dinheiro em que tinha prometido não mexer e tem estado a entregá-lo aos seus donos. Seus, dele, Passos.
Em resumo, Cavaco e Passos não reúnem condições para trabalhar na recolha do lixo da Póvoa de Varzim. Percebe-se porquê: os governantes são políticos; os lixeiros da Póvoa sabem o que o dinheiro custa a ganhar.
Estes dois ao menos ainda foram admitidos a exame.
Tive um Professor na Faculdade que nunca passou de Professor Extraordinário porque, para ser Catedrático, teria que passar por um Conselho de Exame e ele recusava-se a ser examinado por quem, dizia, sabia menos que ele.
É uma escolha a que corresponde um modo de vida.
Estes bravos lixeiros da Póvoa de Varzim, passaram por um exame a cargo de alguém que não têm estatura para tal.
Na sua simplicidade, que é no mínimo igual à sua honestidade, tenho a ideia que nunca pensaram nisso porque se o fizessem, não tinham ido a exame.
A tristeza de um país de gente séria apenas manchada por dois responsáveis políticos de topo. Lixo com eles e ficaremos livres destas duas batatas podres que ameaçam a pureza do batatal.
Infelizmente caro Marquês Barão, o batatal está mais doente do que afirma. Essas batatas podres de que fala, são alimentadas por uma plantação de verdadeiras batatas inquinadas, os amigos da cambada e que montaram um esquema que conduziu a uma oligarquia corrupta e poderosa. E o grave é que se começa a pensar que o crime compensa. Temo que a saída deste “neoliberalismo irresponsável com muitos tiques e retoques de fascismo reciclado”, venha a passar por uma solução muito dolorosa. Olhando para a Europa toda e para as movimentações que se vão vendo, deixe-me dizer-lhe que nunca vi a Revolução Francesa tão próxima de ser revivida.
NO ESSENCIAL NÃO MEXEM – SÓ LÁ VÃO AO EMPURRÃO
– Sistema eleitoral que contemple conjugação com círculos uninominais
– 99 a 180 deputados no máximo, e acabar com os votos em manada na AR.
– Ninguém deve poder concorrer fora do distrito ou concelho onde resida ou exerça actividade regular pelo menos nos últimos três anos. VÁLIDO PARA AUTÁRQUICAS.
– Todos os eleitos pelo menos para os mais altos cargos poderem ser considerados, só seriam reconhecidos com bom comportamento moral e cívico, por obrigatórios testes de apuramento de efectiva idade adulta e comprovada sanidade mental.
– Acabar com o exclusivo das ditaduras partidárias (onde os medíocres afastam os melhores para sobrevivência indigente) na participação e representação política do País, deixando espaço para iniciativas da sociedade civil que contemple participação e representação efectiva, nomeadamente, na AR.
– Assim, considerar representação política fora da alçada dos partidos, nomeadamente, no parlamento, começando por contemplar o direito a assento por inerência a representantes de organizações sindicais, patronais e outras não estatais com expressão efectiva na sociedade, e ainda por profissões como operários, engenheiros, médicos, professores, jornalistas, trabalhadores, empresários …………….
– Da obediência aos partidos só entraria gente por eleição mas com ligação efectiva ao eleitor. Regra dos 3 x 33 = 99 deputados. 1/3 Por inerência para autarcas, 1/3 ainda por inerência aos grupos e profissões atrás assinalados e, finalmente, 1/3 para eleitos em nome dos acantonamentos partidários.
– Deixar uma cota ainda que residual para representação dos considerados analfabetos estruturais à antiga, que se ainda existirem, fácilmente podem provar que muito frequentemente possuem mais cultura geral e conhecimentos de vida de que muitos doutores novos que por aí passeiam a ignorância.
-Reformular o conceito de abstenção, não a confundindo com insondáveis razões de ausência nas urnas. Criar um campo (X) para esse efeito em cada boletim de voto. Esta intransmissível , pessoal e inconfundível opção merece e deve exigir a dignidade de voto válidamente expresso. Uma civilizada, consciente e ponderada escolha não pode ser obrigada a ficar na rua em vala comum de incertos. Os nossos deputados, na Assembleia da República, apesar da aviltante disciplina partidária a que se submetem, para se abster tem que marcar presença. Uma cruzinha lá no papelinho para me abster, querendo.
Muito obrigado a todos pela franqueza.
No fundo, nós somos feitos da massa dos lixeiros da Póvoa e não dos energúmenos que nos governam e a cambada que os suporta. Nós somos os verdadeiros Portugueses e não precisamos de trazer a bandeira à lapela. Um abraço e Boas Festas.
Igualmente para si Boas Festas e novo ano em boa forma. O meu medo não são as divergências de opinião, mas sim as unanimidades aparelhadas.
Cavaco e Passos nunca seriam lixeiros em lado nenhum porque, para se ser lixeiro, é preciso saber fazer alguma coisa, não ter medo do trabalho.
E esses dois não sabem fazer népia, alem de mandar uns bitaites inúteis e ser corruptos.
Ficávamos melhor servidos com um dos lixeiros a presidente do que com o supremo inútil que lá colocaram.
Fizeram mal em devolver o dinheiro. Por uma razão simples: porque certamente precisavam dele. A moral da honestidade, pelo menos em relação a casos como este, apenas serve os desonestos, isto é, aqueles que vivem à custa dos valores que impõem aos outros – que estão abaixo de si – e a que se escusam.
LIXO é a especialidade destes destes senhores ora essa !!!
Mas há mais para lhes fazer companhia – se não fosse a chuva tudo fedia