Espero que tenham apreciado os ritmos malianos. O Usain Bolt dos relvados portugueses voltará dentro de poucos meses, isto se entretanto não aparecer nenhum clube disposto a meter uns quantos milhões nos cofres do FC Porto para o levar para outras paragens. Até já!
O que eu queria ter visto este fim de semana era o confronto Acuña-Dias, mas não tive sorte…
Enfim, ganha quem mais acertou na bola e na baliza, é uma boa novidade! Agora, convencer os portistas que os jogadores não são nada maus para um país em empobrecimento e que pouco do sucesso tem a ver com a as borradas da administração, isso é que é um desafio.
É engraçado (e moralizador) como às vezes os jogadores mais ridicularizados e enxovalhados pelos adeptos de bancada acabam por ser eles a ter a última gargalhada. Éder? Marega? Outros?
Porque uma coisa é jogares mal, outra coisa é seres permanentemente objecto de anedotas e de memes nas bancadas e nas redes sociais.
Ups, poderá este aparente especial prazer de gozar com o preto tosco ser ainda um resquício preservado pela nossa cultura de outras eras em que tal seria a norma social — vd. colonialismo? Vão dizer que brancos também são ridicularizados, claro que sim: brancos e pretos, todos somos vítimas de bullying num momento ou noutro. Yup, tudo não passa de coincidências, tal como os esporádicos cânticos a imitar gorilas quando um jogador negro tem a bola, ou os esporádicos insultos de um qualquer Fábio Coentrão para um colega de profissão, que por mero acaso era preto (e que acontecem tantas vezes, de resto…) É certo que o futebol é e continuará a ser um meio de ascensão social inigualável para as ditas minorias, mas aqui e ali, vêm à tona impulsos recalcados, dos quais o Marega, em parte, foi vítima.. Lembro-me dele em Guimarães (onde, pasme-se, era o melhor goleador) sair a meio do jogo por causa dos insultos dos próprios adeptos…
Bom comentário. Já agora, reforçando a sua ideia da qual comungo, o nosso Éder voltou a fazer das suas. Entrou tarde e a más horas no jogo do Lokomotiv de Moscovo para lhes garantir o título nacional de futebol da Rússia.
O futebol está cheio de “Maregas e de Éderes”, cuja função para além de marcar golos, por poucos que sejam, é demonstrar-nos quão tacanha é a espécie humana.
tem de ser, porque como se viu no Sporting-Benfica, os emails continuam, meninos queridos e padres continuam a bombar. Até tenho pena do Rúben Dias, vai ao Mundial no contingente fixo do Benfica de Golden Boys, e não sabe jogar sem colinho, vai custar re aprender a jogar.
Nesta coisa do pontapé-na-bola não me meto. A não ser para me pronunciar pela forma indigna como as pessoas se deixam conduzir – aqui na 2ª Circular de Lisboa – entre estádios, como se fossem um rebanho de ovelhas.
Mas lembro de uma povoação, lá pelos Alentejos, que tinha duas equipas de futebol: a oficial, do clube local; outra, informal – esta tinha por nome “Os Enxapotas” – enxapotas são os ramos retirados das azinheira, pela poda. Este, um bando de divertidos valentes, exigia – mesmo não pertencendo aos campeonatos – jogar com algumas equipas; e, assim, em nome da paz e sossego do campeonato, lá organizavam alguns jogos com os rapazes. Não fora isso, era: «Aqui não jogam e se forem jogar para outro lado, vamos atrás de vocês» – estes rapazes, agora, teriam futuro. Também tinham outra característica: jamais perderam um jogo nacional – pela simples razão de que ninguém tinha a coragem de os enfrentar, se eventualmente passasse pela cabeça de alguma das equipes ganhar. Os outros – para o espectáculo, como os “Enxapotas” diziam – até poderiam ganhar a primeira parte, o jogo é que não.
Como isto se passava junto à fronteira com Espanha, óbvio, uma vez uma equipa espanhola de povoação vizinha, jogando com os referidos valentes, atreveram-se – certamente, por maldade e pela expectativa de espectáculo, ninguém os avisou – a ganhar. Assim que acabou o jogo, foram atacados pelos rapazitos e foram a fugir destes até à fronteira.
Mas, tudo bons rapazes – como agora!
Bora lá! Salazar, volta que eles adoram ser mentecaptos! há 3 dias que andam a ladrar sobre o inútil. e o acaso ” redondo”! LINDO!
Borges um dia escreveu: … se um dia houvesse na nossa vida uma estatística sobre o ” ACASO” …que estupidez natural!
nunca se ladrou tanto sobre a merda do futebol , nunca se fingiu cantarolar o fadunxu merdoso com laivos pseudojazzisticos
com tantos coiros ÓPERÁTICOS! Ui, vamos bem!
Viva o FESTIVAL DA CANCION! OLÉ!