José Pina chamou-lhe animal, Pedro Guerra levantou-se da cadeira e foi pedir explicações ao sportinguista, o ambiente ficou ainda mais tenso e o país ficou em suspenso, perante a possibilidade de uma cena de pancadaria em directo. Pobre Sousa Martins, espero que lhe paguem muito bem para aturar este circo. Mas, como dizia o outro “é disto que o meu povo gosta”!
E o João certamente que só presenciou isso tudo enquanto estava a fazer “zapping”!
Por norma é assim, ninguém vê Big Brothers e outros galinheiros da TVI ou outros programas da treta, mas ironicamente sabem sempre tudo que por lá acontece. Mas é só porque estavam a mudar de canal precisamente no momento em que isso aconteceu.
Não presenciei nada. Recebi uma notificação do DN e foi espreitar o circo. Mas foi uma boa tentativa!
Ah, voluntariamente parou o carro e foi ver os mortos do outro lado da autoestrada?! Ao menos gabo-lhe a honestidade!
Pois assim parece que isto é mesmo o que o povo gosta.
Eu não perco um segundo a ver esses – e outros palhaços.
Estão a tratar uma actividade industrial da forma mais mediática e suja que pode haver.
Afastam pessoas dos estádios e da televisão.
Apelam ao ódio e à violência.
Distraem as pessoas que acabam por “esquecer” ou minimizar, por exemplo, a vergonha dos bancos, as opções das finanças e a desigualdade de tratamento entre portugueses.
Tenho pena que não haja uma entidade que ponha cobro a esta verdadeira merda. Até existe – refiro-me ao provedor – mas está feito com a merda deste sistema.
Fátima, futebol e fado, agora cantado por outros artistas.
Portanto, o Sr. Ernesto Martins Vaz Ribeiro defende o regresso da censura (a bem dos “bons costumes” ou da “educação do povo” – no qual ele, bem entendido, não se insere, porque já está “educado”).
Se não gosta, passa à frente. Eu também não gosto das televisões generalistas nacionais (se dependesse de mim, não gastava mais um chavo com a RTP, por exemplo). Mas aceito que haja quem goste.
Se acha que as pessoas deviam gostar de outras coisas, ou ter um espírito mais crítico (eu também acho), devia defender a educação dessas pessoas, mas não “à força”.
Mas a verdade é que as gerações mais jovens lêem cada vez menos (quase nada) de música só conhecem a pop do momento (nem sequer a pop mais antiga, porque já está “fora de moda”), e andam a vogar ao sabor das tendências do momento, muitas vezesd a reboque da Internet e das famegeradas “redes sociais” (que também são demonizadas umas vezes, e endeusadas outras).
E ainda por cima contradiz-se – diz que afastam as pessoas dos estádios e da televisão (o que depreendo pelo que escreve antes que seria uma coisa boa, porque assim se poderiam concentrar “na vergonha dos bancos, opções das finanças e desigualdade de tratamento entre portugueses”…
Mas parece que não que isso – o que quer é que estes programas sejam censurados, provavelmentye para que as pessoas continuem apegadas às televisões generalistas (as quais, se não passam esta m…, passam outra qualquer – só muda o cheiro) e continuem a ir aos estádios (continuando assim a alienar-se com um dos três Fs.
Decida-se.
Quanto ao programa – eu às vezes vejo-o, porque me diverte ver o quão baixo descem os lampiões. Também acho que há escesso de programas e debates a falar destes assuntos (é a SIC, a RTP, a TVI, a DMTV, a SportTV…) mas pelo menos passam todos ao mesmo tempo. E não são melhores nem piores do que outros programas ondem entram indivíduos presumidos mas sem grande categoria, que são igualmente banais e onde se aviam lugares comuns (como o Eixo do Mal). Assim como assim, ao menos este diverte-me.
Há alguns erros de ortografia e falta de pontuação no texto acima, mas infelizmente não é possível corrigir as publicações. As minhas desculpas pelos erros.
Os erros de ortografia não me incomodam nada e está completamente desculpado.
Preocupa-me muito mais o tipo de ideias como as que manifesta, que confundem a “beira da estrada” com a “estrada da Beira” que, embora se escrevam com as mesmas palavras, têm um significado completamente diferente.
Mas o Senhor confunde mesmo.
E o Sr. fá-lo pura e simplesmente por uma qualquer motivação mal disfarçada, diga-se de passagem. As suas alusões contínuas ao passado, disso são prova.
Mas fale do seu passado e deixe o meu em paz. Fica bem às pessoas falarem apenas do que conhecem…
De facto, é evidente que há, manifestamente no que escrevi duas ou três ideias que lhe não agradaram.
Sobre isso, tenho duas coisas a dizer-lhe. Sobre isso permita-me usar as suas palavras: “Se não gosta, passe à frente” e acrescento: mas não venha para aqui destilar más vontades ou humores infelizes.
A minha educação que refere, não me permite tratá-lo à letra. E ainda bem para todos nós.
A sua arrogância na classificação das ideias, faz-me lembrar um passado, muito antigo – não sou nada novo, desde já lhe refiro – que vivi. Mas o curioso é que o Sr., sem ser directo, atira acusações de uma forma verdadeiramente vil e desrespeituosa.
E depois do que li, numa opinião sua escrita mais abaixo, só posso concluir que algum humor lhe tolheu o espírito, tenha esse humor o estado físico que tiver, quando me dirige a redacção que dirigiu.
Sr, Fernando Rodrigues:
Tenho praticamente 70 anos, pelo que o parágrafo das “gerações jovens” se não me aplica, não apenas pela idade, mas pela minha actividade – escrevo, leio muito e ouço muita música (até a sua, imagine) – para sua informação.
Não me venha com a música da cultura, como a que pretende dar no púlpito da superioridade que pensa ocupar, porque não engulo essas coisas. Já cá ando há muitos anos…
Este espaço, caso lhe tenha passado despercebido, é aberto, permitindo assim dar opiniões e o gostar ou não, manifesta-se pelo polegar que ali também aparece, como, presumo já deve ter reparado.
E se se pretende rebater, não se deve usar o ataque pessoal, mas a confrontação de ideias. Ora acontece que no seu escrito, o Sr, não discute ideias de espécie alguma. Entrou na óptica do ataque pessoal, o que é característico de quem não tem argumentos.
Não perca tempo em pesquisar as minhas contradições, sobretudo se, para as formular, tem o desplante de as tentar justificar com aquilo que pensa, como se pode ler em … … ” o que depreendo pelo que escreve antes que seria uma coisa boa, “.
Depreenda o que quiser, mas não tenta fazer-me passar por um ser “politizado por qualquer doutrina maléfica” que vem invadir o espaço dos puros em que o Sr. se julga inserido.
As pessoas do seu estilo que usam o tipo de retórica que aqui usou, para mim, “vêm de carrinho”…
Sobre a censura e a dita “educação à força”, as suas alusões são simplesmente idiotas. Exactamente, idiotas. O provedor, é, pois, na sua cultura democrática, um censor. Acabou de descobrir o sumo de uma nova democracia…
Para terminar e porque o pede, já me decidi.
Se quiser responder ao que aqui escrevo, não perca tempo, pois não terá resposta. Alguém tem que ter o bom senso de cortar com uma conversa sem valor acrescentado, em que se não discutem ideias.
Tente perceber o que se escreve, em vez de se deitar a adivinhar.
É profiláctico, seja qual for a doença, política ou clubística.
Fique bem.
Caro Ernesto:
Creia que não pretendi ofendê-lo, e se o fiz peço desculpa. Tento pautar as minhas intervenções pelo respeito por todos e pelas suas opiniões, da mesma maneira que exijo respeito pelas minhas.
Se a sua intenção não era censurar, como depreendi, ainda bem. Estamos de acordo. Quanto ao provedor, sinceramente não sei para que serve (não sei mesmo – acho que é mais figura de retórica, vulgo verbo de encher, do que outra coisa), mas penso que a sua principal função seja zelar pelo equilíbrio dos direitos de cada pessoa ou grupo, sempre tendo em conta a liberdade de expressão que deve ser o princípio máximo de qualquer órgão de comunicação social (na minha opinião).
Cito aqui um artigo do DN: “Para Marie-Laure Augry, o principal papel de um provedor é estabelecer um elo de confiança com o público, criar transparência e responsabilidade dentro de um órgão de comunicação social.”
https://www.dn.pt/arquivo/2005/interior/o-provedor-e-a-voz-do-espectador-619674.html
Logo, não cabe ao provedor decidir que programas devem ou não estar no ar, mas sim servir de elo de ligação entre os telespectadores e a direcção da estação de televisão, mas sem interferir com a autonomia desta. É verdade que, por vezes, há liberdades que colidem, mas aí há outras instâncias para dirimir os conflitos.
De resto, reafirmo o que escrevi – as televisões generalistas portuguesas primam pelo lixo em grande parte dos conteúdos que difundem, pelo que não acho que o programa em foco da TVI mereça particular destaque. Como escrevi também, às vezes vejo-o, porque me diverte (mas isso é por eu ser portista – admito que a um benfiquista não divirta).
A minha alusão às gerações mais jovens não lhe era dirigida, como é óbvio – não tenho a sua idade mas já entrei no que convenciona chamar “idade madura”, e depreendi que também já não seria um jovem, pela forma como escreve. Por isso, acho que percebeu mal essa parte – mas se discorda do que eu disse, esteja à vontade.
Enfim, o que defendo é que todos têm direito a uma opinião, mesmo sendo idiota. As televisões procuram sobretudo audiências, e a verdade é que a TVI é líder, por isso, é porque passa o que a maioria dos nossos compatriotas quer ver. A CMTV também vai ganhando espaço, e acho que é ainda pior. É o que temos. Felizmente que há cabo, mesmo se aí as coisas também tenham vindo a piorar. Mas há sempre canais temáticos, como os TV Cine.
“Apelam ao ódio e à violência.”
Só há um clube que o apoia, à margem da lei. Quem o faz também o faz à margem da lei, dentro e fora dos estádios.
A verdadeira questão é porque é que a lei não é para todos, principalmente quando se trata da segurança das pessoas e da viciação da justiça criminal.
Sim, apelam ao ódio e à violência.
E quero deixar os clubes fora disto.
Referia-me, como é bom de ver, a essa escória de “paineleiros”, que é paga principescamente para entreter o pagode.
Cheguei a ver durante algum tempo há muitos anos, mas a coisa foi ficando um pouco ridícula e por aí fiquei – o avençado de Paredes não ajudou à coisa..
Pouco depois, um foi para presidente de câmara…
Fazer as pessoas zangarem-se por causa de futebóis é a melhor maneira de evitar que se zanguem quanto a questões sérias.
Eu sei que já escrevi isto antes, mas nenhum sistema de exploração (capitalista ou outro — recuemos ao circo romano, por exemplo) seria passível de subsistir se não se divertissem as atenções para palhaçadas. Nota: atenção, presumo que seja palhaçada; confesso que nem me dei ao trabalho de clicar no vídeo. Já vi este enredo antes. Tipos a ameaçar pancada em directo por causa da clubite é um programa televisivo gasto e repetido.
se pudesse dava-lhe 10 gostos 🙂
Ainda há pouco estava a almoçar num restaurante, e olhando à distância de meia dúzia de mesas, sem que pudesse ouvir o que quer que fosse, via no programa televisivo do Manuel Luis Goucha, na TVI, dois indivíduos a esbracejarem, ficando por vezes avermelhados com ar colérico, perante a audiência. Pareciam-me advogados ou Inspectores da PJ. Pelas legendas entendi que seria sobre qualquer tipo de crime, talvez heranças.
Aquele reality show não necessita de som, até porque a sala estava cheia de comensais, logo mesmo que houvesse som, ninguém perceberia nada. Mas dava para entender que o ambiente era tenso.
A certa altura vi o Goucha levantar-se, e pareceu-me ir acalmar um deles.
Portugal é isto e pouco mais.
Ao fim de semana, e este reality show começa à quinta feira com a Quadratura do Círculo, e acaba ao Domingo com o Marques Mendes, fala-se do Sócrates, das suas viúvas e do PS. De Domingo à noite até Terça Feira fala-se de futebol, dos email´s, da miopia arbitral, etc, etc.
O resto que se ****! (sim, tem quatro letrinhas apenas)
Cambada de paneleiros a gasóleo.
Era só tirar um “s” do título e ficava reduzido ao que isto é: pornografia!
Um “s”? Ora bolas! Um “n”!
Caro Fernando Antunes.
Para mim o assunto está completamente ultrapassado. Agradeço-lhe a forma como expõe a sua opinião que me não deixa dúvidas.
O por cobro naqueles programas que designo como excremento, não tem que ver com cortar o programa e portanto, censura.
O Provedor tem o dever de evitar um espectáculo de insultos e ameaças que, de construtivo, nada tem. Isso não é censura, porque não é censura alijar a falta de urbanidade. É, antes, um dever cívico.
Nada tenho quanto a disputas clubísticas, mas a fazer-se que se opte pela urbanidade e não pelo insulto e ameaça. Tenho um modo muito diferente de encarar o desporto e tenho como o caro Fernando Antunes o meu gosto clubístico, não me revendo contudo naquele tipo de “feira” de má educação e postura social nula que, como bem diz, só busca o número da audiência. Pois eu asseguro-lhe que lá não apareço.
Mas, reforço, quer-me parecer que há razões claras pelas quais se verifica esta inundação de programas que têm muito de polémico e muito pouco de desporto. É que enquanto se distrai o “pagode” com estas coisas, não pensamos noutras.
A minha alusão à juventude, foi porque o Fernando Antunes a aborda e eu entendi dizer-lhe que (infelizmente 🙂 ) já não pertenço ao grupo… embora, no que toca à juventude de hoje, partilhe por completo a sua análise.
Porém, tenho por opinião que tudo é bom quando bem utilizado e nisso incluo as redes sociais, a internet e até os programas desportivos. O que eu penso é que nós diabolizamos as coisas por (in)capacidade própria, característica desta sociedade de consumo, em que tudo se leva ao extremo e nós nos deixamos envolver até ao tutano.
Tem toda a razão quanto à opinião. Todos têm direito a tê-la, mesmo sendo idiota como diz, porque o conceito de idiota é variável. Mas a talhe de foice quero deixar claro que no meu texto refiro idiotices, não relativamente a opiniões, mas a alusões que me tocaram pessoalmente. Caso contrário, não aplicaria o termo.
De acordo quanto à televisão. Toda ela sofre do mesmo problema que a nossa juventude, nomeadamente no que toca ao imediatismo. Há uma enorme falta de cultura e eu sempre defendi que não pode haver democracia numa sociedade inculta. Daí que me não espante que se assista a espectáculos retrógrados, muito parecidos com circos romanos que o Fernando Antunes aborda noutro local.
Cumprimentos.
Um nojo! E o pessoal cada vez mais sonâmbulo…
Perguntava-me ontem, o que devem pensar os que nos visitam, quando cansaditos chegam aos quartos e ligam a tv a ver se algo de interesse os relaxa/mantém em contacto com o país que dizem ser tão bonito. É de fugir!!!