Presidente Mujica – que de ti dizes seres um torrão de terra com pés -, ajudas-me muito, neste tempo de trumps e erdogans e putins e le pens e de offshores e de refugiados e de terrorismo e do clima avariado pelos homens e de governos vendidos – que às escondidas urdem acordos comerciais em que oferecem as pessoas como fantoches aos investidores e roubam a soberania dos seus países – e de afogamento do planeta em plástico e de muita violência e de “redes sociais” imperativas e de chefes com “espírito curto” – que com total desprezo pela destruição das espécies perseguem, neste planeta limitado, um perverso crescimento ilimitado – e por aí adiante, ajuda-me tanto, Pepe Mujica, que tu – mesmo como Presidente que leva a bom porto o seu país – continues a viver na tua casita pobre e a guiar o teu carocha velhote e que does 70% do teu ordenado para construção de casas para os mais carenciados e que sejas tu mesmo “o Presidente mais pobre do mundo”, ajuda-me muito que tu – que foste guerrilheiro e baleado, que foste durante 14 anos prisioneiro – fales com a maior simplicidade sobre o amor, e o pratiques, e que digas que é à economia que cabe servir as pessoas, não o contrário, ajuda-me tanto, Presidente, que existas e custa-me que sintas o “cansaço de uma longa viagem”, mas sei que vais continuar – como ente superior desta duvidosa humanidade – a inspirar aqueles que acreditam em ti também quando dizes “os únicos derrotados são aqueles que deixam de lutar”.
Obrigada, Presidente Mujica.
Bom post.
Grande Mujica! Respeito máximo!!!
Sim, respeito máximo, João Mendes !
Ana, que soberbo texto, sensibilizou-me muito, pena ficar só por aqui pelo Aventar, que o próprio Presidente Mujica é que devia recebê-lo ! … e quanto o merece !
eu vou fazer “copy e paste” e enviar para mais pessoas, posso ?
Que exemplo a anos luz para os políticos de cá , que bem lhes importa que ele exista,
“o Presidente mais pobre do mundo”, ” ente superior desta duvidosa humanidade ” como diz muito bem .
Abraço cordial e cúmplice
Obrigada Isabela, o Presidente Mujica, cultivador de flores, é luz e voz que nos conforta.
“Temos que saber que o capitalismo é formidável para gerar riqueza, mas não é formidável para distribuir riqueza.
Por um lado existe um mundo que floresce quando a economia cresce, mas existe outro que vai ficando marginalizado da civilização. E o Estado tem que procurar reduzir essa contradição.” Ou ainda: “O Estado tem que funcionar como escudo dos mais pobres, ou haverá uma polarização da riqueza na sociedade, e a concentração excessiva da riqueza acaba se transformando, indirectamente, em poder político a favor da riqueza.”
Grande abraço!