Morreu Hal Blaine (1929-2019), um dos meus mestres – foi-o, mesmo muito antes de lhe conhecer o nome. Nas infinitas horas em que, com os amplificadores aos berros, tentava acompanhar e aprender como faziam os melhores, foi uma das minhas companhias.
O seu nome não dirá muito muito à maioria das pessoas. Ele fazia parte daquela aristocracia de músicos que, nos estúdios de gravação, tocavam com os melhores e, muitas vezes, em vez deles. Quem está atento a estas coisas sabe bem que muitas gravações, mesmo de artistas e bandas famosas, são feitas , de facto, por estas “raposas de estúdio”, muito mais competentes que os seus famosos “encomendantes”.
Blaine tocou com – ou em vez de – artistas tão diversos como Elvis Presley, The Byrds, John Lennon, Simon & Grafunkel, Frank Sinatra, The Beach Boys, The Carpenters, Dean Martin, The Mamas & Papas, Neil Dimond, The Fifth Dimenson, Cher, Barbra Streisand, Diana Ross e muitos mais.
Apesar do reconhecimento que veio a ter e do respeito que lhe votavam os seus pares – há quem o considere o maior baterista de todos os tempos – permanece, como muitos outros, e para o grande público, na sombra.
(Aqui fica, como exemplo, uma filmagem “pirata” da gravação de Good Vibrations – Pet Sounds, The Beach Boys – com Blaine na tal “sombra”)
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