Foto: jmc
Acima de tudo, comerciantes
As causas e as consequências do sistema depredador vigente são mais que conhecidas. Há décadas que os problemas foram identificados, é mais do que sabido que “precisamos de cortar para metade as emissões globais de gases com efeito de estufa até 2030 (e que) Isto implica uma mudança total de paradigma no modo de produção e de consumo, acabar com a exploração de petróleo, gás e carvão e com uma economia que funciona com base nos combustíveis fósseis, no plástico, na obsolescência programada e no descartável.“
É tudo mais que claro, provado e observável, mas os governos, sempre de ouvido aberto aos lobbies, têm estado mais preocupados em administrar a situação para prolongar o mais possível o coma do sistema, do que a delinear e implementar, com a urgência necessária, um modelo alternativo. É mais importante assinar acordos de comércio com um lunático que denega as mudanças climáticas e que quer que o seu país saia do Acordo de Paris, do que cumprir os compromissos assumidos na assinatura do Acordo.
Enquanto continuarem a promover uma globalização insustentável e criadora de monstros transnacionais, enquanto não introduzirem um imposto sobre o CO2, enquanto não proibirem os motores de combustão, não abolirem os subsídios ao petróleo, ao gás e ao carvão, ao gasóleo e aos veículos pesados das empresas, enquanto continuarem a subsidiar uma produção agro-pecuária industrial, enquanto não promoverem a todo o vapor as energias renováveis, não passais de umas marionetas sem visão e cobardes.
Conhecem aquele país que vai para a guerra para “estabelecer” a democracia como o melhor dos piores regimes?
Bem prega frei Tomás, fazei o que ele diz e não o que ele faz.
Com um desenho é mais simples.
Viva a democracia! Onde haja petróleo para explorar, claro.
Hal
Morreu Hal Blaine (1929-2019), um dos meus mestres – foi-o, mesmo muito antes de lhe conhecer o nome. Nas infinitas horas em que, com os amplificadores aos berros, tentava acompanhar e aprender como faziam os melhores, foi uma das minhas companhias.
O seu nome não dirá muito muito à maioria das pessoas. Ele fazia parte daquela aristocracia de músicos que, nos estúdios de gravação, tocavam com os melhores e, muitas vezes, em vez deles. Quem está atento a estas coisas sabe bem que muitas gravações, mesmo de artistas e bandas famosas, são feitas , de facto, por estas “raposas de estúdio”, muito mais competentes que os seus famosos “encomendantes”. [Read more…]
Pulseiras electrónicas nos funcionários da CM de Braga
Não que Ricardo Rio alguma vez me tenha enganado. A personagem, toda ela conservadorismo sisudo, pouco dada à grande maçada que é a social-democracia, essa reclusa de uma qualquer gaveta coberta de teias de aranha, algures numa cave escura da São Caetano à Lapa, sempre foi por demais evidente. Mas uma coisa é o que eu acho dele. Outra, bem diferente, é vir o senhor dizer, em plena Assembleia Municipal de Braga, que, se pudesse, colocaria pulseiras electrónicas a alguns funcionários da CM de Braga. [Read more…]
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