Portugal e os Pequenitos

[João L. Maio]

Um deputado com assento parlamentar, voltou a sugerir a deportação de Joacine Katar Moreira, pura e simplesmente por esta ser negra, pela 2ª vez na sua (ainda) curta carreira parlamentar.

Duas dezenas de racistas declarados fizeram uma vigília à porta da sede da SOS Racismo, mascarados “à lá” Ku Klux Klan, com o objectivo de intimidar, amedrontar e ameaçar quem luta, todos os dias, contra crimes de ódio racial.

Um homem, preto, de seu nome Bruno Candé foi assassinado no seu próprio bairro por causa da sua cor da pele, há duas semanas.

E nisto, parece mais fácil sacar a temperatura da água do mar em Armação de Pêra ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do que ouvi-lo condenar e intervir sobre estes acontecimentos atrozes que se vão sucedendo.

Relembro o Código Penal:

“Artigo 240.º

Discriminação racial, religiosa ou sexual

1 – Quem:

  1. a) Fundar ou constituir organização ou desenvolver atividades de propaganda organizada que incitem à discriminação, ao ódio ou à violência contra pessoa ou grupo de pessoas por causa da sua raça, cor, origem étnica ou nacional, religião, sexo, orientação sexual ou identidade de género, ou que a encorajem; ou
  2. b) Participar na organização ou nas actividades referidas na alínea anterior ou lhes prestar assistência, incluindo o seu financiamento;

é punido com pena de prisão de 1 a 8 anos.”

Significa isto que, caso a lei fosse cumprida e os trâmites legais funcionassem em Portugal, teríamos essas duas dezenas de mentecaptos racistas, o partido Chega e André Ventura, e o assassino de Bruno Candé a serem acusados e julgados por crimes de ódio racial. Por isso, relembro.

Relembro porque continuo à espera da acção das entidades competentes, nomeadamente das forças de segurança, na resolução destas atrocidades.

Mas fica difícil, quando a polícia portuguesa é a primeira a combater ao lado dos fascistas e dos racistas, prestando-lhes vassalagem e até colocando a estirpe dentro da própria polícia.

Portugal, para onde caminhas?

Comments

  1. Pois essa lei também se aplica aos fdp que se organizam para denegrir tudo que é branco, macho e patriota, a quem logo crismam de racista, machista e fascista.

    Esses coirões são caixas de ressonância de toda a merda que se passa no mundo para logo a identificarem como adquirida no país, para mostrarem serviço à Internacional dos Coitadinhos que é o que lhes sobra da que foi Comunista e que em boa hora foi ter com quem a pariu.

    • POIS! says:

      Pois cá temos de volta!

      Até que enfim, o verdadeiro Menos!

      Bronco, mocho e patranhota!

    • Paulo Marques says:

      Como macho branco patriota não me afecta nada, já que nada alguma vez é perfeito, quanto mais um ser humano ou grupos destes.
      Se as pessoas mais inseguras se sentem atacadas por lhes dizerem que têm defeitos, a solução é um psicólogo que lhes resolva a ansiedade, não é fazer com que os outros sintam o mesmo.
      Mas para isso era preciso coragem e humildade, bem houve alguém a pregar isso à 2000 anos, mas mais valia tê-lo feito aos peixes.

    • José Peralta says:

      Ó “menos” !

      Basta mudar umas palavrinhas (obrigadinho por me poupares trabalho…) e o teu comentário, transforma-se em saudável auto-crítica ! Vejamos :

      Pois essa lei também se aplica aos fdp que se organizam para denegrir tudo que é NEGRO, macho e patriota, a quem logo crismam de racista, machista e fascista.

      Esses coirões são caixas de ressonância de toda a merda que se passa no mundo para logo a identificarem como adquirida no país, para mostrarem serviço à Internacional dos Coitadinhos que é o que lhes sobra da que É FASCISTA E, que em MÁ hora está no Parlamento Europeu, que foi quem a pariu.

      “Assim”…é mesmo a “tua cara”, ó “menos” !

  2. Heduíno Gomes says:

    «pura e simplesmente por esta ser negra» — Mentiroso!

    Além do mais, vá aprender pontuação. Não com o Saramago, claro.
    Produto da chamada «democratização do ensino».

    • João L. Maio says:

      Está bem, Botas.

    • POIS! says:

      Pois tá bem!

      Lá na minha terra o povinho costuma cantar uma trova que reza assim:

      Entre Mao e Laranjao,
      Vai uma curta distância.
      Amor manda-me um qeuijinho,
      Lá de Vilar de Melância.

      Canta o povinho. Lá na minha terra.

  3. É sinal de que as crenças revelam intenções. Que devemos estar atentos e não baixar a guarda.

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