Trata-se do gigantesco acordo comercial conhecido sob o lema “carros por comida”, prenhe da lógica comercial insustentável que tem sido seguida a passo estugado pela UE nos últimos anos, em estridente contradição com os anúncios “verdes” da mesma UE.
É o acordo que vai contribuir para
- o agravamento da crise climática,
- a devastação das florestas tropicais e da biodiversidade sul-americana,
- o aumento de atentados aos Direitos Humanos,
- novos ataques à produção agrícola na Europa (sobretudo de pequenos produtores),
- a acentuação de assimetrias e vulnerabilidades
- a redução de padrões de saúde
- o ataque aos direitos dos trabalhadores,
- o aumento do sofrimento animal e, como é hábito,
- é um acordo que resulta de um processo pouco transparente e contribui para esvaziar a democracia por via da harmonização regulatória em comissões técnicas sem escrutínio e com forte influência de lobistas.
A despeito de tudo isto, bem como dos muitos protestos da sociedade civil e de moções contra o acordo UE-Mercosul aprovadas nos parlamentos da Holanda, Áustria e da Valónia, os governos dos países-membros – com a Alemanha e Portugal na linha da frente – estão determinados a levar por diante a conclusão do acordo, de preferência já durante a actual presidência do conselho da UE, que a Alemanha assume até ao final do ano. [Read more…]
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