Não vi a entrevista do André Ventura. Mas quem gosta dele, diz que o MST foi duro. Quem não gosta, diz que foi levezinho. Mais um típico caso tuga de “na minha área é bola na mão, na tua é mão na bola”.
Expor ao vento. Arejar. Segurar pelas ventas. Farejar, pressentir, suspeitar. Chegar.
Não vi a entrevista do André Ventura. Mas quem gosta dele, diz que o MST foi duro. Quem não gosta, diz que foi levezinho. Mais um típico caso tuga de “na minha área é bola na mão, na tua é mão na bola”.
O senhor doutor arquitecto chegou a casa, descalçou-se e, sem mais nada, cumpriu a rotina do dia arreando na mulher. Pousou os pés em cima da mesa, ordenando à arreada que lhos lavasse, senão levava mais. A senhora lavou-lhe os pés, como bem manda a lei e porque é bem mandada. Saraiva, o senhor doutor […]
Debate político entre Aventadores. A Esquerda, a Direita, e não só.
A actualidade em análise com as opiniões dos participantes no Aventar sobre a actualidade.
Debate sobre política, sociedade, actualidade, entre outros.
As músicas escolhidas pelos participantes do Aventar com espaço para entrevistas e apresentação de novas bandas, tendências e sonoridades.
Aqui reinam as palavras. Em prosa ou poesia. A obra e os autores.
Por tudo que nos deste. Pelas cores com que pintaste sobre o cinzento do Portugal de então. Pelas gargalhadas que nos fizeste dar em dias em que tudo parecia triste e incerto.
Obrigado e até sempre.
«não vale a pena negar que há, infelizmente, setores racistas e xenófobos entre nós». Pois. Efectivamente. Exactamente.
Não, é um revés para os contribuintes. Quem se mete com a EDP, leva. Por isso os sucessivos governos preferem acarinhá-la. 218 milhões para o bolso do costume.
Luís Montenegro chegou a ser uma espécie de número dois de Passos Coelho. Agora, está empenhado em ser o Passos Coelho número dois.
Se querem voltar aos debates quinzenais para fazer as palhaçadas que o CHEGA hoje fez na Assembleia da República, então estarão a dar razão a quem diz que tal só serve mesmo para quem fabrica soundbytes.
O problema de Marcelo Rebelo de Sousa, foi não ter o amigo Ricardo Salgado para lhe proporcionar as delícias de Vera Cruz.
Assim, fomos nós a pagar umas férias transvestidas de visita oficial.
Só podia correr bem.
Pedro Nuno Santos começou a sua comunicação ao país, com cerca de 30 minutos de atraso.
“apenas a começar“, mas o resultado será certamente o do costume.
Isto interessa a quem? Em Portugal só interessa o crescimento económico e o lucro, senhores!
“Tele-trabalho é fingir que se trabalha” – disse um bilionário que nunca trabalhou na vida
João Costa: “Em 2018 tínhamos apenas 4% dos professores no topo [da carreira] e hoje temos 30%”
A Maria Vieira teve mais coragem do que os direitolas todos que andaram anos a apertar a mão a Putin & Oligarcas Lda.
Nisto, já deu 10-0 a Adolfos, Cotrims e Durões. Ao menos, não se fez de dissimulada. Mais vale assim.
Vai-se a ver o Rendeiro foi morto numa “operação militar”.
Morrer num 13 de Maio é prenúncio de santidade. O meu oligarca é melhor que o teu!
Também não vi a entrevista por entender que seria uma perda de tempo. André Ventura só engana os ingénuos e eu não me considero incluído nesse grupo.
Em questões de bola, prefiro ignorar os dois.
A maioria dos tugas é realmente assim. E não é só cá, basta ver a canalha americana ou o Reino Unido pós-Brexit.
Ser isento é conseguir apreender os vários lados: podemos preferir um, mas somos capazes de abstrair-nos e considerar todos pelos seus méritos, incluindo o nosso. Ser parcial é miopia mental; é abdicar de pensar. Se é dos nossos é bom. Se não, é mau.
Em Inglaterra era costume pedir aos alunos para escrever dois textos sobre algo: um a favor e outro contra. Devia ser obrigatório em todo o lado. Não só na escola, toda a vida.
Pois é.
Mas eu, se fosse aluno em Inglaterra, optava por escrever um texto a favor do contra. Assim bastava um e resolvia o problema de excesso de trabalhos de casa, se fosse o caso.
Se fosse na aula, fazia três: um a favor, outro contra e outro mais ou menos. Para garantir os cem por cento. Mais, só se fosse filho de algum Lord.
São coisas ortogonais, isenção e mente aberta. Ninguém é isento, só pensa que é.
A alegada superioridade da isenção no Reino Unido leva a que se tenha que dar contraditório a quem questione a existência do aquecimento global, por exemplo. É uma boa maneira de que tudo fique na mesma.
O clubismo resolve-se pela educação, não é por considerar todos os pontos de vista.
Ninguém é isento, só pensa que é.
Boa, Paulo, ganhou a lapalissada do dia. O que está em causa não é a perfeição, esse cume inatingível, mas a capacidade de considerar outras perspectivas, mesmo as que se opõem ou contradizem a nossa.
Como agora: mal li o seu argumento a rejeitar o meu, a 1ª reacção foi reforçar o meu. Mas entendo o que diz, se todas as opiniões tiverem igual valor nada se conclui. E o que não falta são opiniões, muitas delas mal informadas.
Ainda assim, uma mente aberta bate sempre uma fechada. Sempre. Tendo tempo e pachorra, sou capaz de defender o Chega, o PCP e tudo pelo meio. Acho que isso é bom.
Fala na educação, mas esta também não é consensual: há americanos que ainda rejeitam Darwin, quanto mais o aquecimento. Certo é que não será a censurar e a virar costas que se convence ninguém. Só se extremam posições.
Vemos isso na ‘nova esquerda’: só querem calar o outro lado. Depois levamos com Trampas e Bozos. Obrigadinho.
Não rejeitei o seu argumento, rejeitei a terminologia, e só no sentido da claridade.
O problema de considerar outras perspectivas é que há perspectivas que só existem para que nada mude, como o caso paradigmático de William Buckley. E, como não há tempo para tudo, continuando a debater os méritos de tudo até toda a gente estar convencida continuamos sempre na mesma.
Há um meio termos algures, mas nunca se esqueça que impedir o progresso por via do debate constante é uma técnica de sucesso.
Outros exemplos:
– porque é que ainda estamos a discutir que o vírus existe, ou que as medidas limitativas resultam quando há uma clara correlação?
– como é que se continua a impedir que haja dinheiro para a economia real por excesso de moeda quando é injectada na finança ou no armamento ou em outros rentistas sem nenhum problema?
– num ano infindável em casos de actuação policial, como é que é questionável que a polícia americana precise de reforma séria?
– como é que o PS é capaz de dizer que respeita o direito à greve quando usa todos os instrumentos para que seja inútil?
O consenso fabricado é uma vírus do caraças.
O que hoje mais vemos não é debate constante; é debate nenhum. Cada lado está tão certo de si mesmo que se recusa a sequer considerar o outro. Compare a maioria dos debates de Buckley com a berraria pueril de hoje.
A Tugalândia é mais calma, mas não mais sã: até um chuleco medíocre como o Ventura floresce por constatar umas verdades pedestres que o regime ignora.
Vê o efeito de calar o que nos é inconveniente? De fazer de conta que é assunto fechado, e rebaixar os que – e não são poucos – se recusam a concordar?
Os seus exemplos são sintomáticos: só o 2º me parece claro e inegável. Em qualquer dos outros teria algo a dizer. E nós até estamos próximos; imagine alguém do outro lado.
Há sempre algo a dizer, também comento quando concordo no essencial. Mas chegar ao ponto de permitir escolher a nossa realidade ponto a ponto só garante que tudo fique na mesma até haver consenso, que será nunca.
É como as regras europeias, discute-se muito e no fim ganha quem empata o processo por beneficiar do desenho da coisa, a Alemanha e a Holanda.