
Imagem: RTP/Renascença
Já tinha ficado com a pulga atrás da orelha quando, no debate entre ambos, Vitorino Silva pediu a João Ferreira que aceitasse o convite para debater no Porto Canal. O candidato apoiado pelo PCP não respondeu. Soou estranho.
Hoje, o director de informação do Porto Canal, Tiago Girão, deu conta no Twitter (e mais tarde no próprio canal) que a candidatura de João Ferreira fez uma participação à Comissão Nacional de Eleições sobre os debates de Vitorino Silva contra os restantes candidatos, alegando que esses debates se transformariam numa vantagem de tempo de antena, favorecendo a candidatura de Vitorino.
A CNE emitiu, então, um parecer propondo à ERC uma medida provisória que impeça os debates em questão.
De acordo com a lei que regulamenta a eleição para a Presidência da República, no seu art. 46º, “Todas as candidaturas têm direito a igual tratamento por parte das entidades públicas e privadas, a fim de efectuarem, livremente e nas melhores condições, a sua campanha eleitoral.”, pelo que não me choca que os debates do Porto Canal sejam então, e olhando para a medida de forma isolada, cancelados.
Choca-me a atitude da candidatura de João Ferreira, candidatura essa que, no dia 28 de dezembro, em nota de imprensa publicada no seu site, dava conta de que o facto de Marcelo Rebelo de Sousa debater sempre em canal aberto, de acordo com a grelha de debates disponibilizada, lhe criava uma vantagem em relação às restantes candidaturas. Choca-me que a candidatura de João Ferreira apenas queira ver equilíbrio no tratamento a todas as candidaturas quando a sua sai prejudicada.
Isto porque não vimos indignação por parte da candidatura de João Ferreira quando Vitorino foi excluído dos debates; ou, mais tarde, quando foi remetido para a RTP 3. Apenas o próprio candidato teve de pedir, debate após debate, um tratamento igualitário por parte dos órgãos de comunicação social e empresas de sondagens.
É incompreensível que um candidato que se diz defensor acérrimo da Constituição perca a coerência num assunto de tão grave importância. Assim como é incompreensível Portugal ter, entre os seus candidatos ao mais alto cargo do País, alguém que tem de pedinchar um tratamento igualitário. É sintomático, como já por cá escrevi. Defendo que a candidatura de Vitorino não possa ter uma vantagem em relação às outras. É preciso é enquadrar as decisões no contexto em que essa mesma candidatura tem sido sistematicamente tratada de uma forma diferente.
Fica mal a candidatura de João Ferreira na fotografia e espero, sinceramente, que os eleitores apresentem um julgamento claro nas urnas. Lamento, pois o candidato apresentou uma excelente imagem nos debates. Os princípios contam muito. E, se a Constituição e os seus princípios são defendidos com unhas e dentes sob a bandeira de um “Portugal por cumprir”, então que o sejam sempre.
Tiago Girão afirma que o PCP tem medo de ficar atrás de Tino de Rans. Terá?
Ficou calado porque tem que perguntar aos patrões.
Tino de Rans vai ter uma boa votação e, para cúmulo, vai ficar a frente de André Ventura. É isso que dizem os astros.Esperem para ver e, o que vamos ver, é André Ventura pedir demissão do Chega, como o prometido.
Se calhar porque o candidato do PCP não é adepto do FCP e como toda a gente sabe, o Porto Canal é propriedade visível ou encapotada dessa organização cri……a
Não me diga, deve dinheiro ao estado e emprega o lavador de dinheiro.
Imagino que tenha a ver com a impossibilidade de forçar os primeiros debates em canal aberto, ao qual conseguiu falhar apenas um. Se for por aí, vejo coerência na posição. Mas não faço ideia.
Mau é que seja o povo português a ficar atrás de Tino de Rans. É mesmo falta de tino.
Não sei, mas “Tino de Rãs”, vai ter mais votos do que, Ana Gomes, e o neofascista Ventura, quanto ao candidato do PCP, fica em último, já não falo no neoliberal, esse vai ficar na mesma posição que o João Ferreira…