Um escroque ficar em terceiro ou segundo lugar, à frente de gente decente e com uma ideia para o país, é um péssimo sinal sobre a saúde política dos portugueses.
O tempo da porrada, aquela vinda dos regimes que estes populistas procuram ressuscitar, já tem umas décadas e a memória de muitos é fraca. Outros não a têm, por não serem desse tempo, e não a construíram pela aprendizagem na escola.
Em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão, vox populi dixit. A realidade actual é feita de extremos económicos, com alguns (poucos) extremamente ricos e muitos no limite da pobreza (“10% das famílias mais ricas tem mais de metade da riqueza total em Portugal“). De crise em crise, “Portugal foi um dos poucos países europeus que se tornaram mais desiguais desde o início do milénio“.
É este o estrume onde crescem as raízes do populismo. Que tem o apoio dos imensamente ricos e os votos daqueles que pouco têm, o que não deixa de ter a sua dose de ironia.
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