Combater a extrema-direita? Nem com setas de brincar.

Acho muito bem que o Iniciativa Liberal tenha feito um alvo com as caras dos seus adversários políticos. Um pouco veneno nunca fez mal à política. É, aliás, transversal a toda a sua existência. E, se pensarem bem, o acto em si acaba por prestar um bom serviço à causa pública que é a de contribuir para uma sociedade mais transparente. Ao colocar Catarina, Rio e Jerónimo entre os malvados socialistas, deixando de fora Ventura, ficamos um pouco mais esclarecidos sobre quem são os verdadeiros adversários e as prioridades da IL. Combater a extrema-direita não parece ser uma delas. Nem com setas de brincar.

Comments

  1. estevesayres says:

    Sabemos onde surgir estes paladinos do IL, gente que veio do seio do PS, PSD, BE… Quanto ao Ventura/neofascista não estar no alvo, parece normal, è tudo farinha do mesmo saco…

    • João L. Maio says:

      BE? Pessoas do BE no IL? Onde? Quem? Como?

      Se disser que vêm do PSD, do CDS e, alguns, até do PPM, concordo. Tire o BE (e até o PS) dessa sua equação, está equivocado.

      Mais noção, por favor.

      Ps. Grande malha, João Mendes, como sempre.

      • estevesayres says:

        Olhe que não o B”E” (social-democrata) muitos dos que lá estão hoje, vieram do PSD/PCP e PS.. a não ser o Fernando Rosas…

        • POIS! says:

          Pois tá bem!

          PSD/PCP? Mas que “nice” partido, mas…

          Quem é o líder? O Rui de Sousa? Ou o Jerónimo Rio?

          E quem são as suas referências históricas? O Álvaro Carneiro? Ou o Sá Cunhal?

    • POIS! says:

      Pois pois,

      Porque do seio MRPP para a Direita já não vai ninguém há muito tempo. Porquê? Porque já não há seio!

  2. Rui Naldinho says:

    A IL fez jus a seu nome.
    Solicita autorização à DGS para a realização de um evento de carácter social, um arraial popular, no dia de Santo António. Ou na véspera, tanto faz.
    A DGS não autoriza o evento com base em critérios sanitários. A IL contorna o obstáculo jurídico e transforma o arraial num evento político. Como os direitos políticos dos cidadãos e dos partidos políticos não estão proibidos, se quiserem, suspensos, este encontro com centenas de pessoas realiza-se sob a forma de arraial popular.
    Bela artimanha, não é?
    Sempre considerei que o liberalismo, este, não o do século XVIII, era a arte do truque, da marosca e da traficância. O mundo deste liberalismo é o mundo da desregulação, da falta de ética, de responsabilidade social, da lei do mais forte, onde a certa altura, mesmo no seio desse mundo liberal se assiste a um processo de canibalização de uns pelos outros, ficando apenas os da casta mais pujante.

    • Carlos Almeida says:

      “Sempre considerei que o liberalismo, este, não o do século XVIII, era a arte do truque, da marosca e da traficância.”

      O Alexandre Herculano deve estar às voltas na tumba.com as acções destes “liberais”

  3. Paulo Marques says:

    Bom, vamos ver se o mercado ao menos concorda com a liberdade de visitar países incapazes de cumprir critérios sanitários até ao fim do verão, ou se até este trai a narrativa patriótica.

  4. JgMenos says:

    Habituem-se…

    • POIS! says:

      Pois pois! É o mesmo…

      Que V. Exa. costuma dizer quando insiste em se aliviar, lá em casa, em plena sala de jantar…

  5. Quebrabilhas says:

    O André Silva do PAN também não está presente. No entanto nenhum dos posts que comenta este alvo da IL associa com tanta celeridade o IL ao PAN pela ausência do seu líder no alvo como associam o IL ao Chega pelo mesmo motivo…. Coincidências ou só se vê aquilo que se quer ver?

    • Paulo Marques says:

      Pois, não notou o João, como não notam os eleitores, como não nota o quebrabilhas que não é líder.

  6. Luís Lavoura says:

    Parece-me natural que a prioridade da IL seja abater o governo e não abater um partido que tem um único deputado e uma influência despicienda.

    • Paulo Marques says:

      E com o qual também não se incomoda, porque não atingia os membros nem os financiadores.


  7. Por estes dias perguntava-me como é que Freitas do Amaral, líder da Direita há quarenta anos, adjetivaria os seus novos herdeiros políticos naturais: Chicão, Cotrim e Ventura.
    Canalha? Imbecis? Populistas?

    • Filipe Bastos says:

      Freitas era um fantoche betinho do regime; um tachista narcisista armado em estadista.

      Líder da direita? Compincha do Mário Chulares, ministro do Trafulha 44, até no Partido Sucateiro foi mamar.

      Tinha mais nível que o Chicão ou o Ventura; também não é difícil. Do Cotrim devia gostar: é outro betinho.


  8. Mais um pouco de demagogia à portuguesa, com todos, muito por culpa da ineficácia dos partidos ‘tradicionais’ para fazer aquilo que, por natureza e missão – o que será isto? – se espera deles.
    Desenvolvo o tema em https://mosaicosemportugues.blogspot.com/2021/03/demagogia-portuguesa.html, se tiverem paciência para ler…