«Já não há governos socialistas, ainda que tenham esse nome os partidos que estão no poder. Antes gostávamos de dizer que a direita era estúpida, mas hoje em dia não conheço nada mais estúpido que a esquerda.»
José Saramago, 2007
Expor ao vento. Arejar. Segurar pelas ventas. Farejar, pressentir, suspeitar. Chegar.
José Saramago, 2007
O PPD sem SD, aquele partido parido, ainda, do ventre da Velha e Santa Mãe, que governou sempre à direita, mas que aparentemente é de centro-esquerda, e que agora aposta, também, nos palhaços mediáticos, continua a dar tiros nos pés.
Depois da contratação do não-ligado-ao-futebol mas maior-accionista-da-SAD-do-FCPorto, António Oliveira, para uma candidatura à Câmara Municipal de Gaia, município onde se encontra o centro de treinos do Olival, propriedade da Câmara alugada ao FC Porto em troca de moedas de chocolate, eis que:
Fica a dúvida: foi António Oliveira quem bateu com a porta, descontente com a política de contratações da SAD do PSD, ou foi a SAD do PSD quem deu uma chicotada psicológica no seu timoneiro a Gaia?
Política, futebol… = apostas. Eu apostaria que foi António Oliveira quem, depois de ver que a sua reputação, construída às custas dos calimeros futebolísticos, seria destruída às custas dos calimeros do PSD, decidiu bater com a porta e usar o truque do “mais vale tarde do que nunca“. Cá para mim descobriu que o Rio é boavisteiro. Ou esta: ao ver o PSD ir ao fundo… nem é tarde nem é cedo! E saltou borda fora. Até porque tem visto que o seu clube, o FC Porto, se deixou de interessar por desporto para, agora, ser o principal partido de oposição ao PS de António Costa… vai daí, deixa-me estar onde estava. Por isso, proponho que o PSD se dedique… à pesca; desportiva, de preferência.
Rui Rio arrisca-se a ser (se já não o é) o pior líder da história do PSD. E o PSD teve como líderes os empolgantes Marques Mendes ou Santana Lopes. E num passado mais recente, teve Passos Coelho. É obra!
Hoje em dia já não se medem as distâncias em metros ou quilómetros, ou, até, em minutos. Já são poucos os que dizem “serão 20km, demorarei 30min”.
Agora, no mundo novo e admirável, medem-se as distâncias consoante a percentagem de bateria que se tem no telemóvel. Hoje diz-se: “serão 20km, tenho 18%, devo chegar a tempo”. ‘A tempo’ de voltar a carregar o telemóvel, pois claro; não ‘a tempo’ do compromisso. E isso afecta o nosso dia-a-dia, o nosso humor e a nossa predisposição; falo, pelo menos, e infelizmente, por experiência própria. Actualmente, quando o telemóvel fica inoperacional, apercebemo-nos de que perdemos grande parte das nossas capacidades de interagir com o próximo, especialmente quando ‘o próximo’ está à nossa frente, em carne e osso, na vida real. E este é um fenómeno premente, sobretudo, nas idades mais jovens. Fazer conversa com um idoso enquanto se espera pelo autocarro foi substituído com fazer conversa com um desconhecido, atrás de um monitor iluminado, muitas vezes sem saber sequer se esse desconhecido é real ou não. O Ser Humano continua à espera da chegada da vida alienígena, quando o mesmo anda alienado faz tempo.
Estamos já tão moldados pelas novas tecnologias que chegaram e, em tão pouco tempo, tomaram conta da nossa vivência a todos os níveis, que chega a ser confrangedor o nível de satisfação que atingimos quando temos um gadget qualquer com a bateria nos 100% ou quando encontramos uma tomada para podermos carregar o té-lé-lé… mesmo que essa tomada nos obrigue a sentar no chão… de uma estação de autocarros em ruínas… em Idanha-a-Nova… e que o chão cole.
Assim vai o mundo e nós vamos com ele. Quando formos, os gadgets ficarão… até que se lhes morra a bateria.
É incrível como as coisas mudam.
Um fascista já não é mais um fascista. Agora é “iliberal” ou “ultra-conservador”. E o fascismo já não é mais fascismo, agora é “direita populista”.
Tudo isto deve ter começado quando substituíram “trabalhador” por “colaborador”, estou certo.
Era um modesto hotel de uma cidade de província. Um desses estabelecimentos semifamiliares, em que o dono parece ter conseguido desenvolver o dom da ubiquidade, não só para controlar os empregados e guardar a sua propriedade, mas também para observar com deleite a nossa cara de susto quando nos surpreendia em cada esquina. Era um […]
Elementos da Juve Leo integrarão o pessoal de terra do novo aeroporto: «Estamos habituados a mandar tudo pelos ares na zona de Alcochete.»
Ainda vamos ver o “Ministro” Nuno Melo a propor a incorporação obrigatória dos sem abrigo nas Forças Armadas….
E muitos boys & girls sem emprego. O governo exonerou a mesa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
“St. Thomas’?”, perguntei aos deuses da Ortografia. “Deveria ser St. Thomas’s!”, exclamei. Felizmente, não estou sozinho — há quem se defenda, alegando que é um plural. Really? Oh dear!
“Morta por dentro, mas de pé, de pé como as árvores” e (peço desculpa pela javardicezita) “Prefiro morrer de pé do que votar no Luís André“. A primeira dá o mote. A outra… A outra… A outra (ui!), valha-nos Nossa Senhora da Agrela.
OK. Já agora, como é que ficou aquela história do “agora facto é igual a fato (de roupa)”? Alguém sabe? É para um amigo.
É o tema do II Congresso dos Jovens da Família do Coração Imaculado de Maria. Aguardo as conclusões para ficar a saber se sou homem, se sou mulher e se sou de verdade.
Às escondidas. Aguarda-se o anúncio de um feriado nacional dedicado ao terrorismo fascista.
Para ouvir com bolas de naftalina nos ouvidos.
Greve geral nas redacções – página do Sindicato dos Jornalistas.
que pode acompanhar neste link. As primeiras notas, inevitavelmente, dizem respeito ao crescimento da extrema-direita.
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