Isto leva a questões incómodas

Fonte:  John Burn-Murdoch no Twitter (@jburnmurdoch)
Sobre o autor: “Histórias, estatísticas e gráficos de dispersão para @FinancialTimes | Atualizações diárias do rastreador de trajetória do coronavírus | john.burn-murdoch@ft.com |#dataviz”

 

ESTUDO N.º 1

 

Tradução automática do sumário:

Antecedentes
A proteção imunológica após vacinação ou infecção com SARS-CoV-2 diminui com o tempo.

Objetivo
Determinar a cinética de anticorpos IgG contra SARS-CoV-2 após a administração de duas doses da vacina BNT162b2 ou infecção por SARS-CoV-2 em indivíduos não vacinados.

Métodos
Os títulos de anticorpos foram medidos entre 31 de janeiro de 2021 e 31 de julho de 2021 em dois grupos mutuamente exclusivos: i) indivíduos vacinados que receberam duas doses da vacina BNT162b2 e não tinham histórico de infecção anterior com COVID-19 e ii) SARS-CoV -2 convalescentes que não receberam a vacina.

Resultados
Um total de 2.653 indivíduos totalmente vacinados com duas doses da vacina durante o período do estudo e 4.361 pacientes convalescentes foram incluídos. Títulos mais altos de anticorpos IgG SARS-CoV-2 foram observados em indivíduos vacinados (mediana 1581 AU / mL IQR [533,8-5644,6]) após a segunda vacinação, do que em indivíduos convalescentes (mediana 355,3 AU / mL IQR [141,2-998,7]; p. <0,001). Em indivíduos vacinados, os títulos de anticorpos diminuíram em até 40% a cada mês subsequente, enquanto nos convalescentes eles diminuíram em menos de 5% ao mês. Seis meses após a vacinação com BNT162b2, 16,1% dos indivíduos apresentavam níveis de anticorpos abaixo do limite de soropositividade de <50 UA / mL, enquanto apenas 10,8% dos pacientes convalescentes estavam abaixo do limite <50 UA / mL após 9 meses da infecção por SARS-CoV-2.

Conclusões
Este estudo demonstra que os indivíduos que receberam a vacina de mRNA da Pfizer-BioNTech têm diferentes cinéticas de níveis de anticorpos em comparação com pacientes que foram infectados com o vírus SARS-CoV-2, com níveis iniciais mais elevados, mas uma diminuição exponencial muito mais rápida no primeiro grupo.

Financiamento
Esta pesquisa foi financiada internamente pela Leumit Health Services (LHS) e foi apoiada em parte pelo Programa de Pesquisa Intramural, Institutos Nacionais de Saúde, Instituto Nacional do Câncer, Centro de Pesquisa do Câncer.

O conteúdo desta publicação não reflete necessariamente as opiniões ou políticas do Departamento de Saúde e Serviços Humanos, nem a menção de nomes comerciais, produtos comerciais ou organizações implica o endosso do Governo dos Estados Unidos.

Declaração de impacto
Estudo em grande escala mostra a cinética dos anticorpos IgG contra SARS-CoV-2 presentes em indivíduos vacinados com duas doses de vacina de mRNA vs. pacientes não vacinados que se recuperaram da doença: os níveis iniciais de anticorpos são muito maiores em pacientes vacinados, mas diminuem mais rápido.

Declaração de interesses concorrentes
Os autores declararam não haver interesses concorrentes.

Declaração de Financiamento
Esta pesquisa foi financiada internamente pela Leumit Health Services (LHS) e foi apoiada em parte pelo Intramural Research Program, National Institutes of Health, National Cancer Institute, Center for Cancer Research.

Declarações do Autor
Confirmo que todas as diretrizes éticas relevantes foram seguidas e todas as aprovações necessárias do IRB e / ou do comitê de ética foram obtidas.
sim

Os detalhes do IRB / órgão de supervisão que forneceu a aprovação ou isenção para a pesquisa descrita são fornecidos abaixo:
O protocolo do estudo foi aprovado pelo Shamir Medical Center Institutional Review Board (129-2-LEU).
Todo o consentimento necessário do paciente / participante foi obtido e os formulários institucionais apropriados foram arquivados.
sim

Eu entendo que todos os ensaios clínicos e quaisquer outros estudos prospectivos de intervenção devem ser registrados com um registro aprovado pelo ICMJE, como ClinicalTrials.gov. Confirmo que qualquer estudo relatado no manuscrito foi registrado e a ID de registro do ensaio foi fornecida (observação: se postar um estudo prospectivo registrado retrospectivamente, forneça uma declaração no campo ID do ensaio explicando por que o estudo não foi registrado com antecedência) .
sim

Eu segui todas as diretrizes de relatório de pesquisa apropriadas e carreguei a (s) lista (s) de verificação de relatório de pesquisa da Rede EQUATOR e outro material pertinente como arquivos suplementares, se aplicável.
sim

 

ESTUDO N.º 2

Tradução automática do sumário:

As células T de memória induzidas por patógenos anteriores podem moldar a suscetibilidade e a gravidade clínica de infecções subsequentes. Pouco se sabe sobre a presença em humanos de células T de memória pré-existentes que têm o potencial de reconhecer a síndrome respiratória aguda grave do coronavírus 2 (SARS-CoV-2). Aqui nós estudamos as respostas de células T contra as regiões estruturais (nucleocapsídeo (N) proteína) e não estruturais (NSP7 e NSP13 de ORF1) de SARS-CoV-2 em indivíduos convalescendo de doença coronavírus 2019 (COVID-19) (n = 36 ) Em todos esses indivíduos, encontramos células T CD4 e CD8 que reconheceram várias regiões da proteína N. Em seguida, mostramos que os pacientes (n = 23) que se recuperaram de SARS (a doença associada à infecção por SARS-CoV) possuem células T de memória de longa duração que são reativas à proteína N do SARS-CoV 17 anos após o surto de SARS em 2003; essas células T exibiram reatividade cruzada robusta com a proteína N de SARS-CoV-2. Também detectamos células T específicas para SARS-CoV-2 em indivíduos sem histórico de SARS, COVID-19 ou contato com indivíduos que tiveram SARS e / ou COVID-19 (n = 37). Células T específicas para SARS-CoV-2 em doadores não infectados exibiram um padrão diferente de imunodominância e freqüentemente direcionaram NSP7 e NSP13, bem como a proteína N. A caracterização do epítopo de células T específicas de NSP7 mostrou o reconhecimento de fragmentos de proteína que são conservados entre betacoronavírus animais, mas têm baixa homologia com coronavírus associados a humanos de ‘resfriado comum’. Assim, a infecção com betacoronavírus induz imunidade das células T multi-específica e de longa duração contra a proteína N estrutural. Compreender como as células T específicas para N e ORF1 preexistentes que estão presentes na população em geral afetam a suscetibilidade e a patogênese da infecção por SARS-CoV-2 é importante para o manejo da atual pandemia de COVID-19.

Comentário 

Numa altura em que pouco ou nada se sabia sobre o vírus, fechou-se tudo. Depois, manteve-se a estratégia e apostou-se na vacina milagrosa. Agora tomam-se decisões questionáveis quando já há alguma informação. A certo ponto a justificação que era tudo novo vai deixar de funcionar. Para o bem de todos, espero que as decisões que se estão a tomar sejam, de facto, as menos más. Porque caso contrário, alguém terá que explicar porque se decidiu como se decidiu face ao que se sabe neste momento.

Pessoalmente, continuo a achar a escolha que fiz a mais sensata. Tendo recuperado há um ano da Covid-19, não vejo benefício pessoal ou colectivo em me vacinar. Especialmente quando se vai percebendo que a protecção resultante da infecção é mais eficaz do que a que uma vacina pode dar.

Comments

  1. António says:

    Por este andar é doses até nunca mais acabar.

  2. Paulo Marques says:

    Não confunda imunidade/protecção à infecção, ou a transmissão, com imunidade a doença grave. E sabe-se que a protecção com a vacina é mais genérica, embora isso possa não ser relevante na prática.
    Fora isso, é uma escolha informada com o que há.

    • Elvimonte says:

      Brilhante!
      E o prémio Nobel da Ignorância Imunológica.vai para…Ninguém dá mais?
      Arrematado a Paulo Marques! Palmas para o vencedor!

      • POIS! says:

        Pois será…

        Talvez demasiada generosidade da sua parte.

        Em tentar livrar-se de toda a caqueirada de Troféus de Ignorância que pululam nas cristaleiras lá de casa.

        Não creio que o Paulo esteja muito interessado. É melhor tentar na “Feira dos 23”.

        • POIS! says:

          E pode levar em conjunto…

          Os Nobel das Citações da Treta como, por exemplo, esta de anteontem:

          “PS – “75 years ago Herman Goering testified at the Nuremberg Trials and he was asked: how did you make the german people go along with all this? He replied it’s an easy thing. The only thing a government needs to make people into slaves is fear. You can do this in a nazi regime, you can do it in a socialist regime, in a communist regime, in a monarchy and in a democracy. “

          A minha resposta foi esta:

          Pois aproveito…

          Para lhe dizer mais uma coisinha, Herr Elvimonte: a citação do Goering é FALSA.

          Não disse nada disso, nem tal pergunta lhe foi feita, no Julgamento de Nuremberga.

          Pode ver aqui:

          https://www.reuters.com/article/factcheck-goering-falsequote-idUSL1N2LM23W

          Não é a primeira vez que V. Exa. cita patranhas. Isto fora as que não há pachorra para verificar.

    • Luís Lavoura says:

      Não confunda imunidade/protecção à infecção, ou a transmissão, com imunidade a doença grave.

      O problema é que essa confusão tem vindo a ser feita por quem nos insta a vacinarmo-nos. O argumento é que temos todos que nos vacinarmos para atingirmos “imunidade de grupo”. Se, porém, os vacinados podem ser infetados e transmitir o vírus, então a imunidade de grupo é impossível: mesmo que toda a gente esteja vacinada, as pessoas continuarão a infetar-se e a infetarem.

      Por exemplo, instam os adolescentes a vacinarem-se para “salvar o ano letivo”. Mas se os adolescentes vacinados puderem na mesma contrair e propagar o vírus, então o próximo ano letivo será mais ou mesmo igual ao anterior: com adolescentes a serem infetados e turmas inteiras (e os seus professores) a serem colocadas em quarentena.

      Ou seja, o Paulo Marques tem razão, não se deve fazer uma certa confusão, mas infelizmente quem a faz não é quem questiona as vacinas, é sim quem as propagandeia.

      • Paulo Marques says:

        Sim, e não. É uma grande experiência que nunca aconteceu, onde se fizeram vários erros, onde o comportamento individual e político também foram interessantes. E não há maneira simples de explicar, porque os organismos são complexos, e os dados em evolução. Ou então sou só burro.
        Não há vacinas que sejam 100% eficazes, só actuam depois da infecção. Num vírus respiratório, ainda é mais complicado. Mas é altamente provável, com vacinação suficiente, que a transmissão seja impedida porque é combatida muito mais rapidamente. E espera-se que haja maior preocupação com p.e. ventilação e não com limpezas praticamente inúteis.
        E, bom, pouco depois, que ninguém pare nada só porque alguém tem tosse; se não tem protecção, tivesse, que haverá capacidade.

  3. Paulo Marques says:

    Hmm, a memória é traiçoeira, não era bem isto; depende da infecção. O que pode ter é super-protecção com uma dose, e só ao SARS-Cov-2.
    https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8277577/
    Discussão algures a meio:

    E parece ser relevante para reduzir a transmissão, mas, como está nos comentários, há problemas no documento:
    https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2021.08.20.21262158v1

  4. Elvimonte says:

    Discutir imunidade a infecções respiratórias apenas com base nas concentrações de anticorpos específicos IgG – imunidade humoral – é uma falácia. Devia-se antes discutir concentrações de anticorpos IgA – imunidade das mucosas – para os quais as vacinas actuais em nada contribuem, e células B e T, em particular as com memória imunológica em que se fundamenta toda a vacinação imunizante de longo termo. Mas adiante.

    Para exemplificar a importância das células T – imunidade celular – olhe-se para o vírus da SIDA, que ataca as células T CD4, as chamadas células T auxiliares. Prova suficiente de que o assunto não se reduz apenas à imunidade humoral. Mas adiante.

    Para desanuviar o “estado de pânico” veja-se o que se escreve no artigo científico “Targets of T Cell Responses to SARS-CoV-2 Coronavirus in Humans with COVID-19 Disease and Unexposed Individuals”:
    «Importantly, we detected SARS-CoV-2-reactive CD4+ T cells in ~40%-60% of unexposed individuals, suggesting cross-reactive T cell recognition between circulating “common cold” coronaviruses and SARS-CoV-2.».

    Veja-se também o que se afirma no artigo científico “SARS-CoV-2 T-cell epitopes define heterologous and COVID-19-induced T-cell recognition”:
    «CD4+ and CD8+ T cell-mediated immunity is central for control of and protection from viral infections[1-3].
    Cross-reactive SARS-CoV-2 T-cell epitopes revealed preexisting T-cell responses in 81% of unexposed individuals, and validation of similarity to common cold human coronaviruses provided a functional basis for postulated heterologous immunity[9] in SARS-CoV-2 infection[10,11].» Mas adiante.

    E agora do BMJ: «Antibodies can only latch onto and help destroy pathogens outside cells and may also occasionally, paradoxically, enhance a pathogen’s ability to infect cell instead by antibody dependent ”enhancement” or ADE. It is only the T-cell that can cleverly sense and destroy pathogens inside infected cells using “sensors” which detect foreign protein fragments.» Mas adiante.

    Passemos à reinfecção com o artigo científico “CD8+ T cell responses in COVID-19 convalescent individuals target conserved epitopes from multiple prominent SARS-CoV-2 circulating variants”, onde se afirma:
    «This study examined whether CD8+ T-cell responses from COVID-19 convalescent individuals(n=30) potentially maintain recognition of the major SARS-CoV-2 variants. Out of 45 mutations assessed, only one from the B.1.351 Spike overlapped with a low-prevalence CD8+ epitope, suggesting that virtually all anti-SARS-CoV-2 CD8+ T-cell responses should recognize these newly described variants.»

    E do prestigiado The Lancet:
    «The authors report previous SARS-CoV-2 infection provided a 84% risk reduction for reinfection (adjusted incidence rate ratio [aIRR] 0·159, 95% CI 0·13–0·19) and 93% risk reduction for those with symptomatic infections (aIRR 0·074, 0·06–0·10). Importantly, a variant of concern known as B.1.1.7 did circulate during the final part of the observation period, causing about 50% of all infections, but did not seem to have an effect on reinfection rates.»
    E ainda, noutro artigo:
    «Efficacy of natural infection against reinfection was estimated at 95.2% (95% CI: 94.1–96.0%). Reinfections were less severe than primary infections. Only one reinfection was severe, two were moderate, and none were critical or fatal.»

    Podia continuar, mas acho que isto já vai longo demais e o essencial ficou escrito. Falar apenas de anti-corpos IgG é uma simplificação grosseira. Cerca de 40-80% das pessoas apresentam imunidade celular prévia ao vírus. Quem recuperou da infecção está melhor protegido do que os vacinados.

    Notas:
    A ler antes de morrer, eventualmente como consequência da vacina:
    “SARS-CoV-2 Spike Protein Elicits Cell Signaling in Human Host Cells: Implications for Possible Consequences of COVID-19 Vaccines”
    ( …ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7827936/ )

    “SARS-CoV-2 Spike Protein Impairs Endothelial Function via Downregulation of ACE 2”
    ( ….ahajournals.org/doi/10.1161/CIRCRESAHA.121.318902 )

    “The BNT162b2 mRNA vaccine against SARS-CoV-2 reprograms both adaptive and innate immune responses”
    ( ….medrxiv.org/content/10.1101/2021.05.03.21256520v1 )

    • POIS! says:

      Pois, mas também temos de levar em conta que…

      “A diet that consists predominantly of rice leads to the use of opium, just as a diet that consists predominantly of potatoes leads to the use of liquor.” (Friedrich Nietzsche)

      A dúvida é quantas batatas comeu V. Exa. ao pequeno-almoço.

      E misturou com arroz? Catástrofe!

    • Paulo Marques says:

      Ex-prestigiado The Lancet, mas adiante.
      Tudo isso (acho que) é certo (gosto principalmente dos que falam do perigo das proteínas do vírus, como se só estivessem presentes nas vacinas), nada disso contradiz o combate à doença grave para impedir >1.4% IFR de mortes horrorosas, que disparam quando deixa de haver capacidade.
      Mas o que são, por muito baixo, com as restrições amanhadas, 140000 menos portugueses e menos 98 milhões no mundo? Um sacrifício que o Elvimonte está disposto porque tem medo da pica como um garoto. Pode alterar com a imunidade natural que quiser, é muita gente, e enquanto há camas.
      Mas quer fazer parte do grupo de controlo, a gente paga para isso; depois avise como correu a si e à família.

  5. Loan Express says:

    , istituito e gestito dallo Stato degli affari internazionali. Cessione del capitale e dei servizi delle autorità competenti del tribunale e del lungo termine da meno di 5.000 € a 50.000.000 di euro ad altre persone del terzo, fino a un massimo del 3% an gratuit .J’octroie des prêts Financier , Prêt immobilier, Prêt à l’investissement, Prêt automobile, Prêt personal. Se disponibile per i nostri clienti, verrà accettato il numero massimo di clienti.
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