Fundo de Resolução dá como perdidos os €4,9 mil milhões injectados no Novo Banco em 2014
Como vai o fundo pagar o empréstimo do estado?
Caixa: cinco mil milhões para acabar com as vergonhas
O economista chefe do Deutsche Bank pede 150 mil milhões
para os bancos falidos da Europa (o dele incluído). Tudo pago pelo contribuinte (edição: notícia na Bloomberg). Vamos ver se Merkel e Schäuble repetem a receita do Chipre. Afinal de contas as regras têm de se seguir. Por outro lado, sendo o DB a pedir…
Parabéns aos obrigacionistas seniores do Novo Banco que serão banqueiros!
O Novo Banco ainda não está muito bem capitalizado, ao que parece necessita de mais um aconchego. O Banco de Portugal, qual pai extremoso, nada nega. Os obrigacionistas sénior serão donos involuntários de parte do banco. Confirmação amanhã.
Quando a realidade chateia a ficção
Lá se vai resvalando para a verdade: uma entrevista ao Público atesta o óbvio e desde sempre sabido papel dos bancos na crise, que é sobretudo deles e que estamos a pagar por eles, sejam portugueses, franceses ou alemães. O caso nacional é alvo do recente livro Jogos de Poder onde o jornalista Paulo Pena nos arrepia com uma descrição minuciosa dos bastidores financeiros da cedência aos interesses dos bancos, num país com leis bastaria uma citação que por ali anda para Carlos governador do Banco dito de Portugal dar com os costados numa cela.
Estas coisas incomodam os pacientes: quem vive na fantasia de uma crise provocada pelo socialismo sofre com o trauma de se desvendar que a crise é do capitalismo financeiro. João Miranda diz que tudo não passa da nossa mania de culpar os alemães (esse povo indómito, esse nação valente, esse império imortal). É o chamado nazi-complexo de perseguição, digno de quem acha muito bem que se tenha perdoado a dívida de guerra à pátria que esteve quase quase a derrotar os malvados dos comunas. Helena Matos não gosta do título e inventa com quatro pontos de exclamação que o conteúdo o desmente (a negação, ah, neguemos, neguemos até ao fim, para quem não leu resulta sempre).
O problema disto é que falamos de uma ficção todos os dias martelada de tal forma que, segundo as sondagens, 30% dos que se dispõem a votar ainda acreditam nela. Temo profundamente pela choque que esta gente vai sofrer no dia em que lhes caía mais um pedaço de verdade em cima.
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