Os nossos carrascos e os tipos que levam o país a brincar

Os mercenários da Standard & Poor’s anunciaram ontem a manutenção do rating da República Portuguesa no nível BB+, also known as “lixo”, atribuindo-lhe uma perspectiva “estável“. São más notícias para o país, que continua enfiado no buraco dos terroristas financeiros, piores ainda para os partidos à direita, que continuam a apostar as suas fichas na hecatombe das finanças públicas, muitos deles a rezar sucessivos terços para que o caos se instale e o assalto ao poder se torne mais fácil. Para sua desilusão, o problema não se agravou. Ainda. [Read more…]

Uma história de TERROR!

bes

Carlos Paz

BES / NovoBanco – Algo está PROFUNDAMENTE ERRADO!
Não pode ser SÓ incompetência. Não é possível!

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Para percebermos um pouco do que se está a passar (é impossível perceber tudo – é tão mau que não existe NENHUMA explicação plausível, aceitável, credível, etc…) vale a pena revisitarmos um pouco a história de tudo o que se passou:

A – Período BES/GES

1) Sob a direção de Ricardo Salgado, José Maria Ricciardi, José Manuel Espírito Santo, Ricardo Abecassis, Fernando Manuel Espírito Santo, Manuel Fernando Espírito Santo, António Ricciardi, Pedro Mosqueira do Amaral e Amílcar Morais Pires, entre outros, o Grupo Espírito Santo (GES) fez uma gestão de tal forma desastrada de todos os seus investimentos que entrou em processo de colapso financeiro;
2) O referido colapso financeiro foi sendo escondido ao longo dos anos através de uma série de operações que drenaram os fundos do BES para o GES;
3) Este processo correu SEMPRE sem que a supervisão do Banco de Portugal (BdP), dirigida primeiro por Vitor Constâncio e depois por Carlos Costa, se apercebesse do que quer que seja daquilo que se estava a passar (desvios massivos de dinheiro do BES e dos seus Clientes para esconder os PÉSSIMOS resultados de Gestão do GES);
4) Depois de totalmente destruído o GES, o BES estava perto da falência, numa altura em que todos no mercado falavam disso (auditores, jornalistas, comentadores, etc…), MENOS o regulador/supervisor (Carlos Costa e o seu BdP);
5) Em último estertor os supracitados gestores do GES/BES, com a anuência de Carlos Costa e do BdP, promoveram um processo de aumento de capital do BES – recordemos que Banco estava tecnicamente falido, mas estava a ser protegido pela INCOMPETÊNCIA (para bem da nossa sanidade mental coletiva enquanto Nação, vamos acreditar que nessa época os atos e as decisões decorreram SÓ de pura incompetência) de regulação e supervisão do BdP;
6) Este processo de aumento de capital de um Banco que estava FALIDO teve o alto patrocínio do Banco de Portugal (de Carlos Costa), da CMVM (de Carlos Tavares), do poder político (Cavaco Silva e Maria Luis Albuquerque) e de diversos jornalistas e comentadores (como Marcelo Rebelo de Sousa, amigo e visita de casa da “família”);
7) Nesta altura Carlos Costa (e o BdP) já se tinha apercebido de indícios de Gestão Danosa no BES (em favor do GES e de amigos) mas não tinha coragem para afastar Ricardo Salgado e a sua clique da Administração do Banco – nessa altura Carlos Costa pede (e paga com o NOSSO dinheiro) diversos pareceres jurídicos para provarem que NÃO podia afastar Ricardo Salgado, tendo no entanto a maioria dos jurisconsultos consultados optado por referir que Carlos Costa, se quisesse, podia MESMO afastar Ricardo Salgado;
8) A Administração do BES apercebeu-se que já NADA seria possível fazer para salvar o Banco (BES) tendo havido alguém (ainda se espera um esclarecimento das autoridades judiciais) que promoveu uma imensa purga de fundos, numa única semana, que arruinou definitivamente o Banco;
9) Apercebendo-se tarde, demasiado tarde, do ENORME problema que tinha entre mãos, Carlos Costa afasta finalmente Ricardo Salgado que nomeia para seu substituto o seu próprio braço direito (Amilcar Morais Pires, Administrador Financeiro do BES) que estava envolvido em TODO o processo e, aparentemente (continuamos a aguardar esclarecimentos das autoridades judiciais), em TODAS as decisões;
10) O Banco entra numa espiral negativa e no final da semana fatídica da purga de fundos (nunca esclarecida pelas autoridades judiciais), Carlos Costa é finalmente obrigado a agir (o BdP já não podia continuar a fingir que não percebia o que se estava a passar);
11) Carlos Costa que tinha feito parte da equipa de Durão Barroso em Bruxelas, recorre às autoridades Europeias e promove a montagem, com o patrocínio (ou o comando, nunca o saberemos) da Comissão Europeia e do BCE, de uma operação de “resolução bancária” para o BES;
12) Convém aqui recordar que, apesar de ser este o modelo definido pela TROIKA para os problemas dos Bancos Europeus, este tipo de solução foi ensaiada no BES e NUNCA mais voltou a ser usada em lado nenhum da Europa (mesmo no BANIF em que o “nome” foi o mesmo, a operação foi muito distinta). [Read more…]

Uma coça razoável

Esteve quatro anos do governo, no cargo de primeiro-ministro, e tem uma “noção razoável” daquilo que é a situação da CGD. Boa, podia ser pior. Não admira que Marques Mendes lhe aplique, a ele e à restante equipa do saudoso Pàf, uns belos açoites pela sua incompetência em matéria de sistema financeiro. Entre problemas empurrados com a barriga e lixo varrido para debaixo do tapete, a coça só não é monumental porque eles até são amigos e ainda jogam na mesma equipa. Mas não deixa de ser um momento para mais tarde recordar, com a chancela desse guru do comentário político e da consultoria privada. Uma coça razoável. E merecida.

Video: Geringonça/Luís Vargas

O mau aluno

PPC

Em Abril, Pedro Passos Coelho afirmou perante os jornalistas que o crédito malparado não é um problema urgente para Portugal. As instituições da Troika, longe da habitual sintonia que caracterizava outros tempos, parecem discordar. Três dias depois das declarações do líder do PSD, a Comissão Europeia expressou preocupação com a situação do crédito malparado no país. Na última semana, foi a vez do FMI e do BCE se juntarem ao coro.  [Read more…]

(Quase) crime, disse ele

UPNRS

Pedro Passos Coelho convidou António Costa a exercer o seu mandato de primeiro-ministro com outra serenidade e a escolher melhor as palavras que utiliza. Como se a política portuguesa fosse serena e feita apenas de floreados. Veio isto a propósito das seguintes declarações do primeiro-ministro:

O PSD não tem a menor credibilidade para falar em matéria de sistema financeiro. O PSD para encenar uma falsa saída limpa do ajustamento escondeu o BES, escondeu o Banif e escondeu tudo o que pôde esconder.

referindo-se à preocupação manifestada por Passos Coelho sobre a situação “inaceitável” da CGD. [Read more…]

Parabéns aos obrigacionistas seniores do Novo Banco que serão banqueiros!

O Novo Banco ainda não está muito bem capitalizado, ao que parece necessita de mais um aconchego. O Banco de Portugal, qual pai extremoso, nada nega. Os obrigacionistas sénior serão donos involuntários de parte do banco. Confirmação amanhã.

Zeitgeist 1: The Movie

No dia do 14º aniversário do mal explicado ataque às Torres Gémeas, o documentário que esmiuçou o atentado e não só. Não se trata da verdade absoluta, mas traz consigo um conjunto de verdades que nos deveriam incomodar a todos. Conspiração?

 

E a piada do dia vai para…

Carlos Costa, governador do Banco de Portugal e potencial substituto de RAP na Mixórdia de Temáticas!

SWAPs:

«praxes» a que os bancos sujeitaram as empresas.

Europa: o centralismo germano-francês

O pós-2.ª Guerra e a fundação da CECA

Robert Schuman, em 9 de Maio de 1950, e tendo avisado apenas na véspera o secretário de estado dos EUA, Dean Acheson, publicitou o acordo estabelecido com a Alemanha, de Konrad Adenauer, nos seguintes termos:

O governo francês propõe que toda a produção franco-germânica de carvão e de aço seja colocada sob uma alta autoridade conjunta no quadro de uma organização que estaria também aberta à participação de outros países da Europa.

O acto, dos dois políticos democrata-cristãos, viria a dar lugar à fundação em 1951 da CECA (Comunidade Europeia do Carvão do Aço), integrando a seguir os países do Benelux e a Itália; esta, pela mão do também democrata-cristão, Alcide de Gasperi. Foram considerados os “pais da Europa”, depois transformada em CEE e hoje em  União Europeia.

As remotas origens da UE tiveram, pois, motivações de ordem económica do pós-2.ª Guerra. Então, o “sistema económico” prevalecia sobre o “sistema financeiro”.

A União Europeia e a Zona Euro, na actualidade

O protagonismo, na altura, centrou-se no eixo ‘franco-alemão”, o qual, nos dias de hoje, sofreu uma inversão de carácter hierárquico; pois, em boa verdade, deve designar-se como eixo ‘germano-francês’. Temos, assim, dois grandes actores: a líder Angela Merkel, alemã, e o submisso Nicolas Sarkozy, francês.

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Manter as tradições

Pelos EUA de Obama é assim, por cá é assado.

Isto é que é saber manter as tradições, principalmente aquela de se andar sempre com trinta anos de atraso em relação aos outros.

E também outra: a de andar sempre ao contrário das tendências mais actuais dos outros e repetir todos os erros que eles cometeram , só para vermos  com os próprios olhos se dá mesmo errado. Dá.