Passos Coelho school of economics

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Em Abril, a propósito da intenção do governo de criar um veículo para lidar com o problema do crédito malparado, Pedro Passos Coelho reagiu assim:

A questão do crédito malparado não é uma questão urgente quando nós olhamos para a capacidade do sistema financeiro poder emprestar dinheiro à economia. Não há um problema do lado do financiamento à economia. Desse ponto de vista não é uma questão que seja maior e que nos imponha ações urgentes.

Portanto, no entender de Passos Coelho, o crédito malparado não é um problema urgente, o sistema financeiro tem dinheiro para emprestar e não existe qualquer necessidade de acções urgentes. [Read more…]

O mau aluno

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Em Abril, Pedro Passos Coelho afirmou perante os jornalistas que o crédito malparado não é um problema urgente para Portugal. As instituições da Troika, longe da habitual sintonia que caracterizava outros tempos, parecem discordar. Três dias depois das declarações do líder do PSD, a Comissão Europeia expressou preocupação com a situação do crédito malparado no país. Na última semana, foi a vez do FMI e do BCE se juntarem ao coro.  [Read more…]

Os bancos, o crédito ‘malparado’ e a imbecilidade

A crise teve origem na axiomática desregulação do ‘sistema financeiro internacional’, herança de Tatcher e Reagan – Alan Greenspan, no FED, e outros deram também contributos consideráveis.

A falência do ‘Lehman Brothers’ foi, pois, o evento mais ruidoso e, por isso, emblemático. O estridente som não foi, porém, suficiente para abafar o estrépito da bancarrota de mais de uma centena de bancos nos EUA e, por exemplo, o financiamento obsceno da AIG, porque realizado com dinheiro dos contribuintes.

EUA foram o ponto de partida. Todavia, rapidamente a crise se propagou por outros países, em que a enxurrada de investimentos em activos tóxicos associada à concessão intensiva do crédito fácil a empresas e particulares constituíram factores degenerativos de um tipo de bancos excessivamente alavancados – o recurso a meios financeiros emprestados transcendia, e de que maneira!, os rendimentos reais empresariais e familiares. A Islândia, louvada seja, foi o único país a atacar com rigor as origens da crise, punindo os responsáveis e minimizando os esforços da população do país. [Read more…]