Portugal coloca mais dívida de curto prazo que o previsto e com juros negativos

Tenham medo, muito medo

Papa Francisco e a economia mortífera

Sou agnóstico, opção, a meu ver, não impeditiva de manifestar apoio e concordância a posições políticas de religiosos – o Papa Francisco, no caso.

Nada me estorva, pois, na adesão às ideias de contestação do doloroso e injusto mundo em que vivemos, independentemente do credo ou doutrinas de quem as defende. Distancio-me de opiniões em outras matérias ditas ‘fracturantes’ – aborto, por exemplo – embora reconheça haver progressos em relação a antecessores.

Subscrevo, na íntegra, as críticas do Papa, expressas aqui, ao modelo económico universalmente dominante; críticas essas sintetizadas no 1.º parágrafo de notícia no ‘Público’:

 O Papa Francisco atacou o capitalismo sem limites como “uma nova tirania” e advertiu que a desigualdade e a exclusão social “geram violência” no mundo e podem provocar “uma explosão”, na sua primeira exortação apostólica, divulgada nesta terça-feira pelo Vaticano.

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História do Presente: (quase) sem palavras

Para quem gosta de Política, Economia e Inteligência Económica em Música e em Vídeo

Os Bancos, o Esquema de Ponzi mundial, os Resgates e o regresso da Geopolítica

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FMI, o centro astrológico de Lagarde & Cia.

A astróloga Lagarde

A astróloga Lagarde

 O ‘Público’ divulgou a notícia ‘Zona euro aumenta pessimismo do FMI para a economia mundial’. Discordo. O título deveria ser ‘A predição do FMI é de pessimismo para a economia mundial e Zona Euro’.

A nuance de sintaxe não é irrelevante. No primeiro caso, está subjacente o princípio, errado, de que o FMI faz previsões rigorosas, a despeito de modificadas de semanas após semanas. A metodologia é obviamente falsa!

O organismo comandado por Lagarde, transformado em centro de astrologia, o que faz é anunciar mutáveis e inconsequentes predições, coisa bem diferente de previsões sustentadas em modelos matemáticos consistentes – os erros sistemáticos, denunciados pelas próprias chefias do citado FMI, constituem prova eloquente da falta de credibilidade de prever da instituição.

O que distingue a previsão da predição? A primeira corresponde a um estudo sério que permite antever resultados, dentro de desvios aceitáveis. A predição é um acto de astrólogos. Tem a pretensão de adivinhação por feitiço – faz-me lembrar as ciganas feiticeiras que, há anos, vagueavam pelo Parque Eduardo VII, aqui em Lisboa, a ler a sina, conjecturando venturas e desventuras desenhadas na palma da mão.

Tomemos, pois, em consideração quais são as principais predições da Madame Christine Lagarde e sua equipa para a economia mundial e Zona Euro:

  • A economia mundial registará um crescimento de 3,1% em vez dos 3,3% da predição de há três meses (Abril/2013).
  • Para a Zona Euro, a recessão será de – 0,6% em vez de -0,4% vaticinados antes.
  • A Espanha registará em 2013 uma contracção de 1,7%, passando ao estado de estagnação em 2014 que contrasta com a profecia anterior de crescimento de + 0,7% do PIB.
  • Os países emergentes, Brasil, China e Rússia, não escapam à queda em 2013, bem como a novas reduções em 2014.

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