Abril – mês internacional da Arquitetura Paisagista

Central Park, Nova Iorque

Uma simbiose onde são combinadas em harmonia ciências naturais, sociais e artísticas, são diversos os ramos que definem esta complexa e completa área que é a Arquitetura Paisagista. Muito sustentada na componente vegetal, este é o principal traço que a distingue da Arquitetura que conhecemos. Não é possível falar nesta área sem saltar rapidamente à memória 3 grandes nomes: Frederick Law Olmsted (criador do Central Park, em Nova Iorque), Gonçalo Ribeiro Telles (pai da Arquitetura Paisagista em Portugal) e Francisco Caldeira Cabral (considerado o pai do ensino da Aquitetura Paisagista).

Segundo Caldeira Cabral, esta é uma ‘arte de ordenar o espaço exterior em relação ao homem‘ – os arquitetos paisagistas desenvolvem capacidades para planear e projetar paisagens ecológica, social e economicamente sustentáveis, com vista à promoção da qualidade de vida das comunidades humanas, da qualidade do meio ambiente e da biodiversidade. [Read more…]

Gonçalo Ribeiro Telles recebe Prémio Sir Geoffrey Jellicoe

Ribeiro Telles

Tenho pelo Arq. Ribeiro Telles o maior dos respeitos. Pelos vistos a Federação Internacional dos Arquitectos Paisagistas (IFLA) também.

Gonçalo Ribeiro Telles, pioneiro da arquitectura paisagista, pregou quase sempre no deserto, entre assentimentos de cabeça e palmadinhas nas costas, como as gentes arrogantes sempre fizeram com os visionários, do género “será génio, mas é maluco”.

As mesmas gentes que nos deixaram como legado um país caótico e desordenado, muito longe da suficiência agrícola, com imensas quantidades de solos inutilizados e impermeabilizados, destruidor de biodiversidade, um país desintegrado e desmemoriado em relação à sua própria cultura e natureza.

Perseverante, lutou décadas pela implementação e manutenção, por exemplo, do Corredor Verde de Monsanto. A sua marca em Portugal é, felizmente, maior do que a obra que lhe foi permitido concretizar e visível no número e qualidade de seguidores e discípulos que granjeou.

Tenho a infeliz sensação de que, não fosse a pequenez e a hipocrisia com que foi tratado pelos poderes que foram sucessivamente administrando o território, ministros e ministérios do ambiente incluídos, e Portugal seria hoje um país mais equilibrado, belo, justo e sustentável. [Read more…]

Uma entrevista, um grande homem

“Um indivíduo que não acredita que há outra vida é que tem a fuçanguice de deixar uma marca. Eu gostei de servir e levo aspectos da vida muito bons, que talvez sirvam como referência, mas também cometi erros e talvez vá pagar por eles. Pelo menos era justo que assim fosse. Se não há esse sistema de justiça, é uma pena, mas andamos aqui a fazer de parvos.”