Abril – mês internacional da Arquitetura Paisagista

Central Park, Nova Iorque

Uma simbiose onde são combinadas em harmonia ciências naturais, sociais e artísticas, são diversos os ramos que definem esta complexa e completa área que é a Arquitetura Paisagista. Muito sustentada na componente vegetal, este é o principal traço que a distingue da Arquitetura que conhecemos. Não é possível falar nesta área sem saltar rapidamente à memória 3 grandes nomes: Frederick Law Olmsted (criador do Central Park, em Nova Iorque), Gonçalo Ribeiro Telles (pai da Arquitetura Paisagista em Portugal) e Francisco Caldeira Cabral (considerado o pai do ensino da Aquitetura Paisagista).

Segundo Caldeira Cabral, esta é uma ‘arte de ordenar o espaço exterior em relação ao homem‘ – os arquitetos paisagistas desenvolvem capacidades para planear e projetar paisagens ecológica, social e economicamente sustentáveis, com vista à promoção da qualidade de vida das comunidades humanas, da qualidade do meio ambiente e da biodiversidade. [Read more…]

A menina que ficou sem recreio por não saber a tabuada dos 7

A Leonor, à excepção de uma fraca caligrafia, é uma aluna exemplar do 3.º ano de uma escola básica do concelho de Gondomar. Tem um comportamento excelente, Muito Bom em todas as disciplinas e presença assídua no «Quadro de Honra», «Quadro de Distinção» ou lá como chamam a essa coisa parva de distinguir uns alunos em detrimento de outros em função de números.
Num determinado dia de Dezembro, a Leonor ficou sem recreio. Porque na aula desse dia não soube dizer de cor a tabuada dos 7. E ficou a escrevê-la no caderno durante todo o intervalo de meia hora.
A Leonor está na escola, como todos os meninos da sua idade, das 9 até às 17.30. Frequentemente, ou seja, quase todos os dias, leva TPC que lhe dão para mais uma hora. Quando acaba de fazer os trabalhos que pelos vistos a professora não foi capaz de ensinar durante um dia de mais de 8 horas, está na altura de jantar. E logo a seguir, de dormir.
A Leonor tem 8 anos. É uma criança. Tem direito a brincar. A ser feliz. A fazer um intervalo de 30 minutos numa incrível jornada superior a 8 horas.
Mas uma coisa é certa. Se ainda houver instâncias superiores conscientes no sistema de ensino português, a Leonor não voltará a ser alvo de uma medida destas, que não tem qualquer fundamentação pedagógica.
Infelizmente, o mesmo não se poderá dizer de muitas outras crianças. Essas, porque não têm a sorte da Leonor, continuarão a ser vítimas de quem pensa que dar aulas hoje é como dar aulas há 50 anos.