A Telefónica quer vivamente a PT!

A “road show”, como diria o outro, está na estrada! A fina flor está em Nova Yorque a tentar convencer os accionistas e tudo o que cheire a dinheiro que cá a gente, está para dar e vender, não é nada como nos andam a difamar, que temos problemas, que não vamos conseguir pagar o que devemos, invejosos, é o que é…

A Telefónica quer a VIVO toda( 46 milhões de clientes), já tem metade, a outra metade têm-na a PT, é uma questão de dinheiro, mais tarde ou mais cedo. O que está em jogo é uma empresa, no Brasil, que já é a maior contribuidora de lucros no universo da empresa Portuguesa, cresce num mês, em termos de clientes, o que a PT cresce num ano,  num país que cresce a um ritmo seis vezes superior ao nosso.

A Telefónica, que já é uma das principais accionistas da PT, oferece um preço muito superior à cotação em bolsa, tentando desta forma convencer o Estado português, que tem uma “golden share” que pode travar tudo, a vender e assim ver os seus problemas das contas públicas resolvidos. Mas vender seria vender os dedos e os anéis. Perante isto , a Telefónica lançou uma OPA hostil, sobre 100% do capital da própria PT! Agora quer a PT e a VIVO!

A Telefónica é cerca de quatro vezes maior que a PT e moram ambas num condomínio onde imperam as regras,  que têm que ser cumpridas. Não podem viver nas bolsas de Nova Yorque e Londres com regras próprias, como é essa história das “golden shares”,  em que um accionista ultraminoritário pode decidir se sim ou não a uma OPA!

Mesmo que seja um Estado!

Os abraços em dia de S. Valentim

Nos US há o costume de as pessoas se abraçarem, mesmo as que não se conhecem, em plena rua as pessoas cruzam-se e abraçam-se. É dia de S. Valentim!

É um costume bizarro, num país onde as pessoas nem tempo têm de olhar para si mesmas, quanto mais para os outros, onde não há o costume tão português de nos tocarmos quando falamos uns com os outros, esse calor de confiança e amizade que tanto precisamos de mostar. Pois S. Valentim, faz esse milagre, as pessoas tocam-se, abraçam-se e seguem caminho com um largo sorriso, não percebi bem se é de alegria se de terem tido a coragem de transpor uma barreira.

E o homem lá estava na esquina a abraçar tudo e todos, jovens e velhos, mulheres e homens, era o típico Nova Yorquino, nunca saiu dali mas já viu tudo, gente de todo o mundo, ouviu notícias de terras de que não faz ideia nenhuma e, para ele, abraços de um homem da sua cidade, onde nasceu, onde vive e onde há-de morrer é o supremo gesto da tolerância, da paz e da comunhão.

Passei por perto uma e outra vez, mas havia sempre gente que se antecipava e para mim, abraçar alguém não era assim tão excepcional, mas caramba, adorava saber se era a falta de calor humano o que levava àquele gesto tão banal para quem vive aqui deste lado do Atlântico. Junto ao Mediterrâneo…

E o tipo olhou para mim, nem acreditou, eu percebi logo que não lhe podia dizer que aquilo era banal noutras partes do mundo, apertei mais para o tipo não ver a minha cara algo envergonhada e ele ao meu ouvido : Já viste o sorriso desta gente ? A maioria nunca foi abraçada na vida!