Big Brother fiscal

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Perante a evidente especulação de preço sobre os combustíveis, o Governo espanhol entendeu (imagine-se!)  que o que havia a fazer era garantir uma efectiva baixa dos preços de combustíveis para desonerar os consumidores. Fossem eles, aliás, nacionais ou não.

Cá pela terrinha, António Costa sacou da cartola o Autovaucher: a pessoa inscreve-se, indica uma conta bancária, fideliza um cartão multibanco, e lá recebe um estorno mensal até ao limite de € 20,00.

Estou certo que o facto de Medina ter na mão dados acrescidos dos contribuintes fornecidos pelos próprios para poderem receber algum de volta, não passa de uma curiosa coincidência de humor negro.

Numa terra de turismo, também faz sentido que o desconto seja só para nacionais: mais chulice, menos chulice, os estranjas nem notam quando atestam os depósitos dos carros próprios ou de aluguer.

A diferença de opção entre Espanha e Portugal é evidente: por lá mantém-se o dinheiro no bolso das pessoas; por cá dá-se esmola com o dinheiro do próprio empobrecido, à custa de informações bancárias à mistura.

Novo aumento do preço dos combustíveis: a culpa é de António Costa

O barril de Brent, referência para o mercado de combustíveis português, está hoje a ser negociado ao valor mais baixo desde o início do mês, 20 euros abaixo dos 127,98€ que, na semana passada, a 8 de Março, foram usados como justificação para o violento aumento que entrou hoje em vigor.

Quer isto dizer que os preços vão baixar, de forma proporcional aos aumentos das duas últimas semanas, ou será que as gasolineiras vão fazer o que sempre fazem, que é garantir que a redução do preço, ao contrário de qualquer aumento, só se reflecte daqui por dois ou três meses?

Eu disse gasolineiras? As minhas desculpas! Eu queria dizer António Costa. Porque foi o António Costa que ordenou à GALP, BP e Repsol & Cia que aumentassem os preços, imediatamente, caso contrário ia tudo dentro e as empresas seriam nacionalizadas. Agora vou  acabar de comer o meu gelado com a testa, que o gajo está a começar a derreter e eu não quero ter que esfregar o chão com a fronte, que não estamos em tempo de desperdiçar comida.

O preço do petróleo, a ganância das gasolineiras e outras maravilhas do mercado livre

Eu explico-te, Fernando: desde que o mercado dos combustíveis foi liberalizado, as empresas privadas que nele actuam passaram a fixar os preços a seu bel-prazer, sem regulação ou necessidade de responder a quem quer que seja. Maravilhas do mercado dito livre.

Vai daí, somos agora confrontados com uma triste e oportunista realidade, que é esta: quando o preço do barril desce, as gasolineiras esperam meses até reduzir o preço em meio cêntimo, quando reduzem, alegando que a baixa no preço do barril só se reflecte daí a dois ou três meses, porque a compra é feita antecipadamente.

Quando o preço sobe, o discurso muda e a subida, alegam, é urgente e acontece no imediato, para fazer face ao aumento de custos, que, a julgar pelo que nos dizem quando o preço cai, só se reflectirá daí a uns meses. Chama-se ter a faca e o queijo na mão, e meio bloco central sentado no conselho de administração. Ou mercado a funcionar, não tenho bem a certeza. Também há quem lhe chama chulice, ou esmifranço, mas acho que não devemos expor os leitores do Aventar a discursos ordinários. Para ordinarice já nos chega a atitude das gasolineiras e o ISP.

Deixem os impostos em paz

Portugal está em ebulição com os mais recentes aumentos do preço dos combustíveis, que se juntam a toda uma factura fiscal para lá de obscena, que já o era, bem antes das últimas subidas. Não pela sua dimensão, que continua a ser, no global, inferior à de algumas das nações mais prósperas do planeta, mas porque o retorno que os contribuintes recebem do Estado português está longe, a anos-luz, de ser proporcional ao esforço fiscal a que são submetidos.

Em bom rigor, e olhando para os números e para os factos, não para alguma propaganda libertária ou ultraconservadora anti-Estado, parece-me inegável que as democracias mais prósperas do planeta, a todos os níveis, nomeadamente aqueles que verdadeiramente interessam ao grosso das populações, como os sistemas de saúde, a educação, a segurança social, o auxílio a trabalhadores desempregados, o apoio às franjas mais desfavorecidas e/ou excluídas e, claro, o bem-estar geral e índices de felicidade, são aquelas que aplicam taxas mais elevadas sobre os rendimentos do trabalho e/ou de capital, com o caso dos países nórdicos à cabeça. Não há como contornar isto. A diferença, claro está, reside na proporcionalidade e no rigor da gestão da coisa pública.

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Silêncio que se vai aumentar o combustível

Em plena pandemia, os combustíveis subiram em flecha. Sobem há 12 meses. GPL incluído.

As pessoas ficaram em casa, e os combustíveis aumentaram. A produção industrial arrefeceu, e os combustíveis aumentaram. Diminuiu o tráfego rodoviário, e os combustíveis aumentaram. Diminuiu o tráfego aéreo, e os combustíveis aumentaram. Há menos turistas, menos carros alugados, menos caldeiras de hotéis a trabalhar, etc., e os combustíveis aumentaram.

Perante a evidente especulação, o barulho é pouco. Muito pouco. Aliás, até soa a silêncio.

O BE não faz grande barulho, porque defender combustíveis não é ser “esquerda moderna”. O PCP também não, porque não são “direitos dos trabalhadores”. O PAN  também, porque não vai defender o consumo de combustíveis, nem o assunto interessa ao bem-estar animal. O PSD também não faz barulho porque… porque, enfim, este PSD não é muito de fazer barulho. O CDS pouco barulho faz, porque não é matéria suficiente para exigir uma demissão ministerial. O mesmo se diga da IL porque, se calhar, ainda não conseguiu arranjar modo de conseguir um bom “soundbite” à custa disso. E o Chega não se rala com o que não pode culpar ciganos, migrantes ou refugiados. E não me esqueci do PS. O PS é que se esqueceu de o ser, e não é de agora.

Enquanto isso, quem tem de trabalhar, de se mover, sem que tenha transportes alternativos excepto o individual, paga cada vez mais caro por isso.

Valha-nos o facto de se estar a salvar a TAP, pois conto com ela para me levar da Areosa à Rotunda da Boavista. A preços módicos, claro.

Como iludir o consumidor

O ministro Moreira da Silva anunciou ontem que a venda de combustíveis simples permitiu uma poupança média de 0,03€ para o consumidor. Pena o aumento de 0,03€ em todos combustíveis previsto para a próxima semana.

Serviços essenciais: mudaram as regras

As tabelas de preços do ensino privado

O  Nuno Domingues  viu o preço das escolas privadas com contrato de associação, quando paga o estado, e foi ver quanto pagam os pais que pagam (é suposto que as turmas subsidiadas sejam à borla) em algumas destas beneméritas instituições.

Nós pagamos 4522 euros, em média, por aluno e por ano, preço de tabela, os pais têm desconto e pagam nalguns colégios 2500 euros, preços de outra tabela.

Ou seja: estava completamente enganado quando, perante o Relatório do Tribunal de Contas, constatei nas suas próprias conclusões como o privado é mais caro que o público, tendo em conta uma maior oferta de soluções e recursos educativos e os cortes recentes na educação perante uma diferença mínima calculada (e note-se que foi impossível isolar todos os custos contabilizáveis do público, inflacionando o resultado médio obtido).

Afinal o ensino privado com contrato de associação fica-nos mais caro mas é mais barato. [Read more…]

A desgraça (II)

Já nem a “Autoridade da Concorrência” consegue mascarar o que já mostrámos aqui. Portugal tem, de forma consistente, o preço dos combustíveis sem taxas acima da média europeia.

O importante é vender a alface

No admirável mundo moderno do João Miranda:

produzir uma alface é mais fácil do que colocar uma alface onde eu a quero comprar, com o aspecto que eu quero, no dia e na hora a que eu quero e a um preço que eu esteja disposto a pagar.

A ideia de que o valor acrescentado pelo distribuidor é mais importante do que a mercadoria produzida é fascinante. Deixem-me incluir nesse valor acrescentado o da publicidade, que me garante ser aquela alface a verdura que eu desejo. E ter em conta que dada a mísera margem de lucro do produtor da alface numa economia com 1,2% de peso da agricultura essa percentagem se pode aproximar do zero.

Em breve atingiremos o nirvana do absolutismo do mercado: um empresário bem sucedido será aquele que coloque à venda um pacote de merda onde ele quer, com o aspecto de uma alface que ele gostaria de comer, e no dia e na hora em que lhe dê o apetite estará então disposto a pagar por uma salada de merda. Regue com óleo de urina e bom apetite João Miranda.

A Telefónica cerca PT!

…à medida que sobe o preço oferecido pela Telefónica, de 5,7 mil milhões passaram para 6.5 mil milhões e a saída da posição accionista que tem na própria PT de 10%. A Telefónica não desiste dos 50% da Vivo na posse da PT, e a administração desta já reuniu hoje de urgência. Já se ouve dizer, pela administração, que o preço ainda não reflecte o valor estratégico, é preciso mais, o que juntando ao que Faria de Oliveira já afirmou publicamente, palpita-me que “o valor estratégico” é sinónimo de “mais massa”.

Como já disse  aqui, é só o vil metal que está em jogo, o resto é conversa fiada, faz-me lembrar a história dos “centros de decisão nacionais” quando se tratou das privatizações, compradas as empresas por ” tuta e meia” logo venderam os centros de decisão nacionais a quem deu mais (rima e é verdade!).

Nós, por cá, é que caímos uma e outra vez na conversa fiada de quem nos goza a seu belo prazer, o Estado agita a “golden share” como se a maioria accionista aceitar o preço , seja possível impedir a OPA. Vão fazer o mesmo que fizeram com a anterior OPA da Sonae, convencer e comprometerem-se a remunerar “principescamente” o accionista, para isso cá estamos nós a pagar as telecomunicações mais caras da Europa!

É só estratégia e patriotismo!

A Telefónica quer vivamente a PT!

A “road show”, como diria o outro, está na estrada! A fina flor está em Nova Yorque a tentar convencer os accionistas e tudo o que cheire a dinheiro que cá a gente, está para dar e vender, não é nada como nos andam a difamar, que temos problemas, que não vamos conseguir pagar o que devemos, invejosos, é o que é…

A Telefónica quer a VIVO toda( 46 milhões de clientes), já tem metade, a outra metade têm-na a PT, é uma questão de dinheiro, mais tarde ou mais cedo. O que está em jogo é uma empresa, no Brasil, que já é a maior contribuidora de lucros no universo da empresa Portuguesa, cresce num mês, em termos de clientes, o que a PT cresce num ano,  num país que cresce a um ritmo seis vezes superior ao nosso.

A Telefónica, que já é uma das principais accionistas da PT, oferece um preço muito superior à cotação em bolsa, tentando desta forma convencer o Estado português, que tem uma “golden share” que pode travar tudo, a vender e assim ver os seus problemas das contas públicas resolvidos. Mas vender seria vender os dedos e os anéis. Perante isto , a Telefónica lançou uma OPA hostil, sobre 100% do capital da própria PT! Agora quer a PT e a VIVO!

A Telefónica é cerca de quatro vezes maior que a PT e moram ambas num condomínio onde imperam as regras,  que têm que ser cumpridas. Não podem viver nas bolsas de Nova Yorque e Londres com regras próprias, como é essa história das “golden shares”,  em que um accionista ultraminoritário pode decidir se sim ou não a uma OPA!

Mesmo que seja um Estado!

Perspectivas a debater no seio da sociedade portuguesa no particular da gestão da água e da consideração devida ao consumidor, centro de imputação de direitos

PREÇO:
1.      Como é composto o preço da água que consumimos?
1.1. No preço – porque não haver para as moradias que têm jardins um preço para o consumo doméstico e outro para o consumo do jardim (piscinas excluídas)?

DESPERDÍCIOS:
2. Os desperdícios na cadeia de distribuição:
2.1. Em quanto montam? Na rede primária – da fonte até ao local da distribuição: 30%, 40% 60% ou mais?
2.2. Em  quanto montam? Na rede secundária – da distribuição local (rupturas, assistência técnica, desvios) : 30%, 40% 60% ou mais?
2.3. Que valores atingem na utilização pública – regas de praças, jardins, rotundas, etc… com água a jorrar livremente para os passeios, aspersores a regar a rua, quando deviam estar a regar a relva, etc…?
2.4. Que valores se apresentam  para as novas construções – como é pago, como é consumido, etc…?

OBRIGATORIEDADE DA LIGAÇÃO À REDE PÚBLICA E SUSPENSÃO DE FORNECIMENTO:

3.      Há obrigatoriedade de conexão à rede pública. Então como se define o corte unilateral da empresa concessionária ao consumidor? Se é obrigatório, não pode haver exclusões! Qual o regime de exclusões e até onde vai a competência dos concessionários? Onde começa o público e acaba o privado?

PRIVATIZAÇÃO DA GESTÃO E INTERESSE PÚBLICO:
4.      Como são atribuídas as concessões? O regime da privatização da gestão. Como é feita o controle da prestação do serviço das concessionárias? As concessões podem ser revogadas por inadequação manifesta aos devers a que se adscrevem as concessionárias?

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Saber o preço de tudo e não saber o valor de nada

Saber o preço de tudo e, contudo, não saber o valor de nada! Citação anónima.

Há muito tempo que comecei a alertar a mui intelectual Clara Ferreira Alves ( e não só ela) sobre a evolução errônea da CEE e dos seus subsistemas, em cartas que lhe escrevi através do Expresso, juntanto sempre propostas concretas de prevenção e de solução. Mas ela não deu o braço a torcer. A maior parte das pessoas e sobretudo jornalistas adoram vaticinar problemas e falar sobre eles quando materializados, mas da sua prevenção e solução não querem saber. E agora a Dra. Clara Ferreira Alves e muitos outros queixam-se….

Para onde vamos? Não tenho dúvidas: vamos para um novo paradigma, para novos horizontes, uma ordem superior…mas possívelmente primeiro vamos ter que passar por graves turbulências sociais porque – infelizmente – as pessoas só mudam quando começa a doer.

Depois, no novo paradigma e numa ordem superior, numa primeira fase e até a poeira não se assentar, quem quiser morangos que os plante ele próprio. Depois das coisas recuperadas e a correr melhor, porventura, poderemos dar às mulheres (e não só a elas) “uma oportunidade” mas de forma ciberneticamente correcta – lá no Magrebe, no seu próprio habitat.

Sim, strawberry fields forever, mas vendo o mundo com outros olhos e agindo de forma diversa. É tão simples como isso.

Rolf Damher

As empresas que não fazem sentido *

*Sábado , Gonçalo Bordalo Pinheiro

Qual é o sentido de o Estado ser o principal accionista da EDP, decidir um aumento de electicidade cinco vezes superior à inflação, muito acima da média da UE, e pagar o maior ordenado a um CEO em Portugal? E ter lucros de milhões?

Qual é o sentido da Galp praticar preços mais elevados do que a concorrência privada? Qual é o sentido de pagarmos o segundo gasóleo mais caro da UE e sermos o quarto com a gasolina mais cara?

Qual é o sentido de pagarmos a electricidade 2,2 vezes mais cara do que o resto da UE quando o nosso poder de compra é inferior 31%?

Qual é o sentido de o Estado patrocinar empresas que promovem a maior desigualdade social entre funcionários e gestores?

Qual é o sentido de o Estado ter empresas participadas que pagam acima do mercado, cobram acima do mercado e se comportam acima do mercado?

Qual é o sentido de o Estado ser um mau exemplo de gestão e um péssimo caso de justiça?

PS: É isto que se discute quando se fala de empresas públicas ou para-públicas, ou participadas. É mais sério privatizar tudo e não andarem a tomarem-nos por lorpas! Nestas condições qualquer pateta é capaz de dirigir uma empresa! Mexia ,ganha mais que os CEOs da Microsoft, da Goldman Sachs ou do Citigroup, gigantes internacionais que operam em mercados concorrênciais. Então porque ganha tanto ? Porque os accionistas, em lado nenhum da Terra, têm taxas de lucro tão elevadas como nas empresas públicas. E nós pagamos tudo! As razões dessas taxas de rentabilidade absurdas, algumas, estão aí em cima!

O petróleo está a 85 USA dólares /barril

O petróleo com avanços e recuos não cessa de subir, já vai nos 85 dólares e com a desvalorização da moeda verde dos USA, as nossas economias têm aí um factor de perturbação muito forte. Sempre que o petróleo tem uma escalada no preço, não falta quem jure que agora é que se vai investir em energias alternativas,  nos automóveis electricos e na energia nuclear. Logo que o preço dá sinais de estabilidade,  lá vem novamente a ideia que vamos ter petróleo fácil e barato.

As guerras em várias partes do Mundo só se justificam por causa do ouro negro, os novos poços encontrados são de extração dificil e cara e todos, produtores e consumidores, não têm dúvidas que o petróleo vai ( já está)  inclinar o eixo económico para vários países emergentes. Os que têm petróleo e os que para saírem do subdesenvolvimento precisam tanto dele como de pão para a boca de grande parte da sua população faminta. E não se peça a estes países que contenham por mais tempo as legítimas expectativas de melhor nível de vida da população, sob pena de se iniciarem gravíssimas perturbações mundiais. Já há quem aponte o desmembramento da China, a prazo, se o seu sistema não der resposta satisfatória às necessidades da população.

A procura, com as necessidade cada vez maiores da China, do Brasil e da Índia, vai sofrer grandes incrementos com a concomitante subida do preço e a UE, sem matérias primas, vai ter que estar na cabeça do pelotão na inovação, na procura de novas fontes de energia, na tecnologia “massa cinzenta”, nos serviços…

Mas quando o petróleo por algum tempo admite alguma estabilidade no preço, logo aparecem os que acreditam que as energias alternativas ainda são demasiado caras e o nuclear demasiado perigoso!

Caro e perigoso é o petróleo!

Ministra " à dose…"

Que na Saúde não há política nenhuma coerente, já se sabia, mas que os desperdícios dos medicamentos que todos deitamos para o lixo, vão continuar a ser pagos por nós ( utentes) e por nós (contribuintes) é que só ficamos ontem a saber.

A Ministra já quiz emendar a mão, mas a verdade é que a Indústria é que manda juntamente com as Associações das farmácias. Nos outros países mais ricos e mais poderosos há muito que se vendem medicamentos “à dose”, a indústria teve que mudar processos e as farmácias tambem, porque lá há uma economia de mercado a sério .

São as necessidades dos clientes que mandam e os fornecedores que não respondem às necessidades do mercado, fecham a porta!

A mexer no nosso bolso? Rave poupa 40% no TGV

O custo inicial que foi fixado era de 2260 milhões entre o Poceirão e Caia, tendo sido adjudicado por 1359 milhões! Uma redução de 40%!

Onde está a mentira?

No preço inicial, para depois virem com uma notícia destas a fazerem de conta que estão a ser muito rigorosos ?

No preço adjudicado muito abaixo do razoável para depois crescer e mesmo assim, ficar abaixo da primeira estimativa?

Como é que se reduz 40% num projecto que nos dizem que está a ser trabalhado por gente muito bem paga e muito competente?

Depois vêm com explicações técnicas todas elas que, esperavamos nós, fossem as que estivessem a ser utilizadas desde o ínicio .

Ah! e o modelo de financiamento é um case-study a nível mundial ! Anda tudo de TGV a dar aulas por essa Europa fora!

Isto é uma pocilga mas a gente diverte-se muito!

A água do Louçã

A água é, para Louçã, um bem insubstituível  que pertence a todos e não deve ser objecto de negócio.

 

É uma maneira de dizer que a água tal qual os outros bens essenciais à vida devem ser propriedade do Estado. Não é dificil estar de acordo com tal postulado.

 

Mas ,e para mais fácil definição chamemos-lhe negócio da água, o negócio consiste em i) captar a água,ii) transportá-la iii) distribuí-la.

 

Se a propriedade se deve manter como propriedade colectiva, e isso é coisa que não se discute, as outras componentes do negócio podem e devem ser atribuídas a quem 1) o faça com mais competência 2) da forma mais barata .

 

Não está provado que a água chegue a nossas casas em melhores condições e mais barata se for capatada, tratada e distribuída pelos privados ou pelo Estado. A estas questões só concursos públicos (sem Faces Ocultas) podem dar resposta. Ao Estado caberá sempre o papel de regulador e fiscalização, porque com a água não se brinca, não só porque é um bem escasso mas tambem porque influencia, e de que maneira, a nossa saúde.

 

A primeira coisa a fazer é distinguir muito bem qual o papel do Estado, insubstituível no cumprimento das regras, depois definir as várias fazes do negócio a) em alta (captação e tratamento e b) em baixa (transporte e distribuição) e a seguir promover as melhores condições para as diversas fazes.

 

Todos se dizem muito preocupados com o negócio da água, no futuro a sua míngua será uma certeza e a vida não é possível sem ela, mas quando sabemos que 60% da água captada se perde no transporte e na distribuição, por menor manutenção da logística de transporte, percebemos que há muito por onde se trabalhar.

 

E que dizer da utilização abusiva da água, na via pública, nos jardins e nas nossas casas, para não falar da sua utilização em actividades que bem podiam ser efectuadas por água reutilizável.

 

E com estes dados pergunto. O mais baixo preço é mesmo o melhor preço, no caso da água? Não dará azo a uma utilização desregrada que um preço superior pode limitar?

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