Segurem-nos, que ainda não se lhes fez luz!

“O ministro do Ambiente reiterou que o Governo vê com muitos bons olhos os princípios da oferta pública de aquisição (OPA) da China Three Gorges (CTG) à elétrica liderada por António Mexia.”

Com “muitos bons olhos”??? É impressão minha ou ainda não perceberam que até a UE já fez marcha a ré (depois de ter partido um montão de loiça) e está numa de coordenar a análise dos investimentos provenientes de países terceiros em setores estratégicos, a fim de verificar se estes ameaçam ou não a segurança ou a ordem pública.” ???  E que “entre as infraestruturas críticas incluem-se a energia, os transportes, a água, a saúde, as comunicações, os media, (…)?

Alguém que lhes explique!!! E que lhes abra os “bons olhos” todos!!!

P.S. Se for preciso, peçam ao Rio para lhes explicar o que diz aqui.

Eu ajudo um bocadinho:

Com isto quero dizer que não somos ingénuos defensores do comércio livre. Precisamos de controlo sobre as aquisições de empresas estrangeiras que visem os objectivos estratégicos da Europa (…)” prosseguiu Juncker.

A espanholização da banca segue dentro de momentos

Caixabank lança OPA sobre o BPI.

Aguentas Ulrich?

Caixabank lança OPA ao BPI.

PT – até já!

Não querem vender mas pedem para que a Telefónica não retire a proposta! O que é isto?

Com uma maioria de accionistas a votarem a favor da venda e o Sócrates a agitar a “golden share” temos aqui uma confusão “à PS”. Na tal empresa onde o governo não manda, os accionistas maioritários e a administração fazem tudo para mostrar ao governo que este caminho não leva a lado nenhum. Só aos tribunais ou, antes disso, a uma OPA à própria PT!

Percebe-se que Sócrates só não quer sair da confusão chamuscado, já fez o número dele de defesa do interesse estratégico nacional, agora é só arranjar uma saída condigna, mas a Telefónica não está para fazer fretes ao Primeiro Ministro. Por isso, é muito divertido ver a administração da PT a querer ganhar tempo para não deixar fugir a oportunidade de vender e a Telefónica a apertar com o nosso José.

Quem manda o engenheiro técnico meter-se em engenharias de telecomunicações que não domina?

PT – patético!

Temos um negócio em que 75% do capital accionista está a favor da venda e um estado, o português, que junta o que falta e quer impedir o negócio. Pateticamente, Sócrates vem com a golden share, quando já sabe que dia 16 próximo a União Europeia vai anunciar o que já todos sabem há muito tempo. As golden shares não são legítimas nem legais!

Entretanto, com a economia a entrar num período tão mau que ninguem se atrevia a antecipar, os accionistas, os tais do interesse nacional estão prontos para vender. Porquê? Porque os bancos não conseguem financiar-se, não têm dinheiro, e a Telefónica paga muito e bem. Desapareceu o interesse nacional, num golpe de magia!

O estado está a financiar-se, por favor, junto do BCE que nem é da sua missão financiar países e muito menos a tesouraria, empresta para não deixarmos de pagar o dia a dia, estamos vigiados de perto, o FMI anda por aí. Lembram-se quando se dizia aqui no aventar que as obras públicas eram um crime? pois é, agora estamos a pedir dinheiro para pagar à porteira e ao padeiro, longe vão os fumos de grandeza deste atrasado que nos governa.

Mas o Presidente da República tem muitas culpas no cartório, não faz nada, anda por aí a dizer que isto é insustentável, já sabíamos há muito tempo, ele se lesse jornais e visitasse o Aventar já tinha tomado uma atitude, agora está preocupado com a reeleição, já não faz nada e, entretanto, estamos a afundar-nos.

O negócio da PT para quem não quer meter a cabeça na areia é o negócio de ocasião, é como comprar o carro do vizinho que está “sem cheta” e um gajo compra-lhe a bomba por tuta e meia, e vai com muita sorte, se não deixa de pagar ao padeiro, vende quem está teso, compra quem tem dinheiro, e compra barato porque o país bateu no fundo.

Lembram-se do interesse nacional? Podíamos ao menos ter alguma dignidade, não ser o “bombo” da festa, usar a golden share que não vale nada, a Telefónica mantem o negócio até ao fim do mẽs porque sabe que a partir do dia 16 fica o Sócrates a tocar “harpa” e com a golden share a enfeitar-lhe a fronte de engenheiro técnico…

E ainda resta a OPA que pode avançar se e quando o “interesse nacional” estiver resolvido nos bastidores desta opereta bufa…

PS: pode-se usar a categoria “portugal arruinado”?

A Telefónica quer vivamente a PT!

A “road show”, como diria o outro, está na estrada! A fina flor está em Nova Yorque a tentar convencer os accionistas e tudo o que cheire a dinheiro que cá a gente, está para dar e vender, não é nada como nos andam a difamar, que temos problemas, que não vamos conseguir pagar o que devemos, invejosos, é o que é…

A Telefónica quer a VIVO toda( 46 milhões de clientes), já tem metade, a outra metade têm-na a PT, é uma questão de dinheiro, mais tarde ou mais cedo. O que está em jogo é uma empresa, no Brasil, que já é a maior contribuidora de lucros no universo da empresa Portuguesa, cresce num mês, em termos de clientes, o que a PT cresce num ano,  num país que cresce a um ritmo seis vezes superior ao nosso.

A Telefónica, que já é uma das principais accionistas da PT, oferece um preço muito superior à cotação em bolsa, tentando desta forma convencer o Estado português, que tem uma “golden share” que pode travar tudo, a vender e assim ver os seus problemas das contas públicas resolvidos. Mas vender seria vender os dedos e os anéis. Perante isto , a Telefónica lançou uma OPA hostil, sobre 100% do capital da própria PT! Agora quer a PT e a VIVO!

A Telefónica é cerca de quatro vezes maior que a PT e moram ambas num condomínio onde imperam as regras,  que têm que ser cumpridas. Não podem viver nas bolsas de Nova Yorque e Londres com regras próprias, como é essa história das “golden shares”,  em que um accionista ultraminoritário pode decidir se sim ou não a uma OPA!

Mesmo que seja um Estado!

A Cimpor a fazer tijolo…

Uma guerra em que o Governo, como se nada tivesse para fazer e nenhuma preocupação , está a travar como se fosse o dono da empresa.

É esta a política deste governo no que às empresas diz respeito, quer mandar, controlar, ter lá os seus homens de mão, uma vergonha, com a CGD pelo meio, uma OPA falhada e grupos privados sem estratégia perante um Estado de que tanto dependem. Isto só vem dar razão a quem, perante a falta de decoro, já propôs ao Presidente da República que as nomeações de boys e girls, sejam controladas por um comissário independente dos partidos.

O governo, de uma vez por todas, deve sair da economia, deve nomear reguladores actuantes e independentes  e deixar que os mercados funcionem. O que se passa nas empresas públicas está a deixar profundas marcas, tanto nas próprias empresas como na sociedade. É tempo de o governo tirar as mãos de onde não lhe cabem competências , onde não tem obtido bons resultados, em que afunda o nosso dinheiro e deixar de brincar aos empresários .

A OPA à Cimpor

Os accionistas não se entendem, tal como não se entenderam no BCP com as consequências conhecidas. É, pois, natural que se jogue o livre jogo do mercado, como eles gostam tanto de dizer quando lhes interessa e dá dinheiro.

Mas a ladaínha de sempre, logo veio politizar a questão, que é e devia permanecer empresarial, num mercado livre e concorrencial. Vão à Bolsa buscar milhões e ganhar milhões mas deviam aceitar que onde há regras as deviam cumprir. Há ou não gente interessada no preço oferecido pelos empresários brasileiros? Vendem?

Mas não, quando se agita a hipótese da “árvore das patacas” fugir ao controlo, logo se começa a gritar pela necessidade de os centros de decisão económica ficarem nas mãos de portugueses! E como se impede que uma OPA não tenha êxito? Ou por uma “golden” qualquer coisa que o governo tira do baralho ou alguem vai perder dinheiro, porque se não vende por um preço que lhe interessa, alguem o vai compensar mais tarde.

Na OPA da Sonae sobre a PT alguns dos “playeres” eram os mesmos, muito dinheiro dos bancos, especialmente da CGD o que à partida dá uma série de argumentos ao governo, pois há muito dinheiro alinhado, é fácil impedir a OPA por maioria de accionistas que não vendem.

A Cimpor, num país sem indústria, é muito importante, porque é uma empresa de sucesso, a estratégia de gestão de crescimento e de internacionalização tem obtido bons resultados, apesar dos accionistas não se entenderem.

Mas ter accionistas brasileiros impede a boa “performance” da empresa? É um negócio de quatro mil milhões de euros que mais uma vez está nas mãos do governo, apesar das duas empresas interessadas directamente, serem privadas.

Daqui a uns tempos todos vamos conhecer os negócios “finos” que o governo protegeu.