A caminho de Dublin (faltam 2 dias)


Dublin é música, música e mais música. Uma característica que faz de Dublin uma cidade fantástica.
Em grande parte dos pubs do Temple Bar e do centro da cidade, há música ao vivo todas as noites. Música tradicional irlandesa, entenda-se. Em alguns desses pubs, há música durante todo o dia.
Como a minha cultura a este nível não é grande, ficar-me-ei pelos meus gostos pessoais através de 2 exemplos.
Os Dubliners. Banda mítica, foi fundada em 1962 e, desde então, tem vindo a renovar o seu elenco. Muitos dos elementos fundadores já desapareceram. Têm sido dos principais embaixadores no mundo da música tradicional da Irlanda.
E Davy Spillane. Nasceu em Dublin em 1959 e toca a música tradicional do seu país utilizando como instrumento o uilleann pipe. Conheci a sua música num concerto que deu na Ribeira do Porto no início dos anos 90. Um concerto que marcou um dos momentos mais importantes da minha vida…

A caminho de Dublin (faltam 9 dias)


Dublin é uma cidade de pubs. Centenas de pubs espalhados pela cidade com uma característica em comum: o ambiente que neles se vive.
Os pubs de Dublin são exactamente como a imagem que temos deles: muita alegria, muita música ao vivo, muita cerveja. Os mais importantes ficam no quarteirão do Temple Bar, mas o mais antigo fica algumas centenas de metros adiante, junto ao rio Liffey.
É o Brazen Head. Existe desde 1196 – é obra. O ambiente é semelhante aos da maioria, mas ali respira-se história. Uma história de mais de mais de 800 anos.
Quanto ao Temple Bar propriamente dito, foi «beber» o nome ao quarteirão que aí existia desde o séc. XVI. É composta por diversas salas, fechadas e ao ar livre, e todos os dias apresenta música tradicional irlandesa ao vivo. Deve ser o mais animado pub de Dublin e um dos mais bonitos.

Carta de amor a Dublin


Sabes bem como eu amo Dublin. Não é uma cidade de monumentos. Não é uma cidade linda. Mas é uma cidade fremente de vida. De noite. De paixão.
Em Dublin, amor, fomos felizes e havemos de voltar a ser. Em Dublin, fomos tudo aquilo que tínhamos sonhado. Desde que estivessem cheias as canecas de «Guiness» e de «whiskey in the jar». No mais antigo pub de Dublin, o Brazan Head (1198), lembras-te?, erguemos todos os copos em honra da Molly Malone. Estava na hora de preparar os corpos para a noite do Temple Bar.
E enquanto lemos um livro do Oscar Wilde ou do James Joyce, saboreámos o «Fish & Chips» do Leo Burdock num dos baquinhos do jardim da Christ Church. Lembras-te das paredes? Edith Piaf. Bruce Springsteen. BB King. Tom Cruise. Todos levaram de lá um guardanapo de papel e, se calhar, também se foram sentar no mesmo sítio.
Vamos deixar as compras de lado. As compras naquelas lojas caríssimas que já conheceram melhores dias. Eu sei que é Natal, mas temos tempo para os presentes.
Vamos para o Temple Bar. Ó vamos. Ó vamos. É dali que somos. Daqueles pubs que são exactamente iguais aos que vimos nos filmes. Está a tocar o Patsy Watchorn. O Davy Spillane – lembras-te do Davy Spillane a tocar na Ribeira em 1990?, foi aí que estivemos juntos pela primeira vez. [Read more…]