Tina Turner (1939 – 2023)

A icónica fotografia de Peter Lindbergh para a capa do single Foreign Affair (1989), o quatro do álbum com o mesmo nome, onde figuram temas como The Best, é a melhor imagem de Tina Turner e daquilo que ela representava: uma artista livre e rebelde, que derrubou barreiras e transbordava talento e coragem, a ponto de subir para a estrutura da Torre Eiffel de saltos altos, sem duplos, truques ou cabos de segurança. Talvez sejam os quase 40 anos a falar, mas já não se fazem divas assim. Que descanse em paz.

A revolução do rock'n'roll existiu mesmo?

O leitor do Aventar vai a passar em frente de um edifício e sabe que no seu interior estão, em boa e pacífica convivência, nomes como Jimi Hendrix, John Lennon, Amy Winehouse, Beatles, Tina Turner, Little Richard, Rolling Stones, Mick Jagger, Kurt Cobain, Bob Dylan, Morrisey, etc. Que faz o nosso leitor? Entra?

Eu entrava, se estivesse em Nova York e passasse em frente ao Museu de Brooklin, onde, até ao fim deste mês, se encontra presente a exposição “Who Shot Rock & Roll: A Photographic History, 1955 to the Present” dedicada aos fotógrafos que acompanharam por dentro e por fora a história do rock & roll, gente que registou para a posteridade o Woodstock e Monterey, e andou tu cá tu lá com  Sex Pistols, Led Zeppelin, Kiss, Prince, Lou Reed, Elvis Presley, Janis Joplin, Frank Zappa e muitos outros.

Entre nuvens de fumos, alucinogénicos químicos e naturais, álcool a rôdos, pós de todas as proveniências e ressacas várias, é legítimo que se pergunte: a revolução do rock & roll existiu mesmo?

Existiu. As fotografias cá estão para o provar.